QUEM SÃO OS QUE DEUS AMA?

Exposição Carta de Tiago  •  Sermon  •  Submitted
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TIAGO 1.12

INTRODUÇÃO
Perguntas Principais: O que é o amor de Deus e por que ele nos ofende? Qual é a ligação entre a nossa compreensão acerca do amor de Deus e a membresia na igreja?
Principais Respostas: O amor de Deus nos cria e afirma, mas ele o faz com o propósito de ganhar louvores para o próprio Deus. A santidade ou centralidade do amor de Deus em Deus nos ofende porque ela traz tanto salvação quanto julgamento. Por essa razão, a membresia e a disciplina da igreja nos ofendem porque elas exemplificam tanto a salvação quanto o julgamento, trançando uma linha divisória entre essas duas coisas.
Meus irmãos hoje iremos tratar de apenas três pontos:
É um mandamento não uma opção;
2. É a vida (outra opção é a morte);
3.. Porque há uma recompensa.
Vamos iniciar passando pelo A.T no Livro de Deuteronômio capítulo 6 e 8:
É um mandamento não uma opção;
V.4 - Ouça, ó, Israel – veja também 5.1, em que a mesma expressão abre o capítulo que contém o Decálogo. Assim como aqui, elas introduzem uma grande e importante parte do discurso de Moisés. O SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.
Essas palavras, que têm sido chamadas de “dogma monoteísta fundamental do AT”, têm implicações teológicas e práticas. Os israelitas já haviam descoberto as implicações práticas quando celebraram o êxodo, no cântico: “Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses” (Êx 15.11)? – uma pergunta retórica, requerendo uma resposta negativa: Não há deuses como o Senhor!
No êxodo, os israelitas descobriram a singularidade de seu Deus e o fato de que os “deuses” egípcios nada podiam fazer para impedir que o povo do Senhor deixasse o Egito. Precisamente porque haviam experienciado a presença viva de seu Deus na História é que eles podiam chamar o Senhor de nosso Deus. Dessa maneira, a realidade e a singularidade do Senhor eram conhecimento prático para o povo.
Havia, também, implicações teológicas, e o contexto desse versículo indica sua fonte como revelação direta provinda diretamente de Deus (v. 1). A palavra expressa não apenas a singularidade, mas também a unidade de Deus. Sendo um Deus (ou o “Único”), quando ele falava, não havia outro deus que o contradissesse; quando prometia, não havia outro que revogasse a promessa; quando advertia, não havia outro em quem achar refúgio.
Ele não era apenas o primeiro entre os deuses, como:
Baal no panteão cananita,
Amon-Rá no Egito ou
Marduk na Babilônia;
Ele era o um e único Deus, e, como tal, onipotente. Foi esse Deus único, Todo-poderoso, que impôs a Israel a obrigação de amá-lo, revelando, assim, mais um aspecto do seu caráter.
V5. Amarás o SENHOR, teu Deus – este mandamento, baseado na declaração dos versículos anteriores, é central para todo o livro de Deuteronômio. É verdadeiro dizer que o livro inteiro é um comentário sobre o mandamento que está em seu início: Amarás o SENHOR, teu Deus…”
O mandamento de amar é central porque todo o livro se refere à renovação da aliança com Deus e, embora a renovação demandasse obediência, essa obediência só seria possível quando fosse uma resposta de amor para com o Deus que retirou o povo do Egito e o estava conduzindo à terra prometida.
A injunção para amar era baseada no amor precedente de Deus, que havia sido demonstrado aos israelitas principalmente no êxodo, e, em um contexto mais amplo, em sua eleição, no tempo de Abraão. O povo foi chamado para amar a Deus com a inteireza do ser – com todo o seu coração, com toda a sua alma e com toda a sua força.
De todo o coração
לֵבָב (lēbāb), SUBS. coração; mente. Equivalente grego: καρδία. Uso como Substantivo. coração (recurso interno) — o local do pensamentos (mente), vontade, emoções e conhecimento do certo e errado (consciência) de uma pessoa entendida como o coração. Veja também לִבָּה. Tópico Relacionado: Coração. Entidade Relacionada: Coração.
De toda a tua alma
נֶ֫פֶשׁ (nepeš), SUBS. alma; ser vivo; pessoa — um ser humano; às vezes referidas coletivamente como pessoas. Tópicos Relacionados: Povo; Multidão; Humano; Humanidade; Visão da humanidade do Novo Testamento; Antropologia e o AT; Antropomorfismo.
Kol Meod "toda a força". 6:5. O que leva à plena exaustão. A ideia de orgasmo é uma "pequena morte" onde as forças se esvaem.
O todo abrangente amor por Deus devia achar expressão em uma bem disposta e alegre obediência aos mandamentos de Deus. Esse tema é desenvolvido nos quatro versículos seguintes.
V 6-9 - Os mandamentos, que fornecem a estrutura na qual os israelitas podiam expressar seu amor a Deus, deviam estar em seu coração – isto é, as pessoas deviam pensar sobre eles e meditar neles de maneira que a obediência não fosse uma questão de legalismo formal, mas uma resposta baseada em entendimento.
Refletindo sobre os mandamentos, elas estariam refletindo sobre as palavras de Deus (6.1) e, entendendo o caminho de vida colocado pelos mandamentos, elas, ao mesmo tempo, descobririam a maneira como o amor de Deus era expresso.
Havendo entendido os mandamentos, as pessoas eram responsáveis pela sua transmissão aos filhos: vocês os repetirão aos seus filhos (um tema já familiar; veja Dt 4.9). Os mandamentos deviam ser tema de conversa tanto dentro como fora de casa, do começo ao fim do dia. Em suma, os mandamentos deveriam permear cada esfera da vida humana.
2. É a vida (outra opção é a morte);
CAPÍTULO 8
1  Tenha o cuidado de cumprir toda a lei que estou prestes a lhe ordenar hoje, para que viva
O capítulo é introduzido em termos familiares (veja também 4.1); o povo é instado a obedecer o mandamento a ser declarado, para que possa prosperar na terra prometida a seus antepassados. Na porção do discurso a seguir, há dois temas duplos empregados para enfatizar o chamado à obediência: (a) “lembrar/esquecer”; (b) “deserto/terra prometida”. Na estrutura do capítulo, esses dois temas duplos são entrelaçados e eventualmente levam a uma advertência solene, nos v. 17–20, o que indica o perigo básico que ameaça a fé pactual
V 2-6 Lembre-se do deserto e da presença de Deus nele. A desolação do deserto é colocada em marcante contraste com a riqueza da terra prometida. Deus havia conduzido seu povo pelo deserto com um propósito definido:
Os quarenta anos tinham sido um tempo de teste e disciplina, para saber o que estava no seu coração, se cumpriria ou não seus mandamentos (v. 2).
O deserto testou e disciplinou o povo de várias maneiras. Por um lado, a desolação do deserto removeu disposições e suportes de que o homem naturalmente depende e fez o povo voltar a Deus, o único que poderia prover força para a sobrevivência no deserto.
Por outro lado, a severidade do período no deserto solapou as bases rasas da confiança daqueles cujas raízes não estavam verdadeiramente firmadas em Deus.
O deserto pode formar ou quebrar um homem; ele transforma a força de vontade e o caráter. Entretanto, a força que ele pode dar não é uma força de autossuficiência, mas aquela que procede do conhecimento do Deus vivo.
PRESTEM BASTANTE ATENÇÃO AQUI:
Quando o povo teve fome, Deus o alimentou com o maná; tal provisão não foi simplesmente milagrosa, mas foi planejada para ensinar aos israelitas um princípio fundamental para sua existência como povo de Deus. A fonte básica da vida era Deus e suas palavras dadas ao seu povo.
OLHEMOS AGORA O VERSO 3
A declaração de que o homem não vive somente pelo pão, mas por toda declaração da boca do SENHOR (v. 3) era mais básica para o povo de Deus do que o próprio alimento.
Circunstâncias normais envolveriam a aquisição normal de alimento. Mas se a ordem de Deus levasse o povo a fazer alguma coisa ou ir a algum lugar, a ordem devia ser obedecida. Escassez de comida ou bebida, falta de força ou qualquer outra desculpa seriam insuficientes, pois a ordem de Deus continha em si a provisão de Deus.
A completa dependência da Palavra de Deus e da capacidade de Deus para prover é uma lição sempre difícil de ser aprendida, quer em tempos antigos quer em tempos modernos.
O homem sabe que deve trabalhar a fim de prover as coisas essenciais para sua existência física, mas, nesse mesmo trabalho, pode facilmente se esquecer de que, em última instância, é Deus que provê para a vida do homem. Assim, quando vem a ordem divina ou quando chega um período de provação, toda a autossuficiência humana é solapada, pois a capacidade de a pessoa prover para si mesma é removida e ela deve aprender novamente que sua existência, física e espiritual, só pode ser baseada em Deus.
A referência ao maná, no v. 3, é enfatizada também no v. 4: suas vestes não envelheceram sobre você e seus pés não ficaram inchados. Deus providenciou não apenas alimento para a jornada, mas também vestes e força física. Essas lições no deserto ensinaram aos israelitas a natureza do trato de Deus com seu povo: assim como um homem disciplina seu filho, assim o Senhor Deus o disciplinou (v. 5). A ação disciplinar de Deus pode envolver admoestação, correção e severidade, mas é motivada pelo amor de Deus por seu povo.
O período do deserto foi o tempo de adolescência na história de Israel, quando o povo aprendeu a entender, por meio da experiência, a maneira como Deus queria que ele andasse. A adolescência e a educação, da maneira de Deus, pode sempre envolver provações e dificuldades, mas há também a expectativa de que, depois das dores do crescimento, há a boa terra que foi prometida por Deus. Se o povo fosse obediente e tivesse temor do Senhor (v. 6), ele iria da adolescência para a maturidade, que é o tempo previsto nos versos seguintes.
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