As Recompensas, Punições e o Custo do Discipulado de Jesus

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As Recompensas, Punições e o Custo do Discipulado de Jesus

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Introdução

A didática da Supernanny - recompensas e castigos;
Haveria recompensas e castigos no discipulado de Jesus?
Jesus traz aos seus discípulos algumas dessas recompensas e castigos.

I. A recompensa do discipulado (v. 41; cf. 9.38-40)

Jesus promete aos seus discípulos recompensas por receber todo aquele que professava o seu nome
Jesus repreende os discípulos pelo seu exclusivismo e sectarismo (v. 38-40);
Jesus nos ensina a receber todas as pessoas (referência ao v.37, quando fala das crianças);
Nenhum ato de bondade e gentileza feito a um discípulo de Jesus - como o simples ato de dar um copo com água - passará em vão ao Senhor;
“O que é feito para um seguidor de Jesus é recebido por Cristo como algo feito por ele mesmo”. James Edwards
Essa característica distingue os cristãos (Mateus 10.41-42);
Paulo aplica esse princípio também aos perseguidores (Romanos 12.17-21);
Aplicação 1: Precisamos tratar com bondade e gentileza a todos (os que professam a Cristo e os que também não), recebendo-os e servindo-os humildemente.

II. As punições do discipulado (vs. 42-48)

Se alguém fizer tropeçar um dos pequeninos, receberá a sua punição;
Pequeninos - uma referência às crianças
Pedra de moinho - pedra que era girada por um boi ou jumento, algumas tinha mais de dois metros ou diâmetro;
Hipérbole que mostra a severidade daqueles que por suas atitudes fazem os filhos de Deus tropeçar;
O que seria esse tropeçar?
Causar alguém a pecar, frequentemente com uma ideia de caráter definitivo ou apostasia; concebido como causando alguém tropeçar e cair;
Destruir a fé de um companheiro cristão ou causar um cristão a se desviar do caminho do Senhor - James Edwards;
Se há algo que faça você mesmo tropeçar;
Três hipérboles são utilizadas por Cristo para descrever a punição daqueles que fazem a si mesmos abandonarem a fé;
Essas hipérboles são típicas no ensino de Jesus e não devem ser levadas ao pé da letra - Jesus não está pedindo para ninguém mutilar o próprio corpo;
As metáforas os olhos, as mãos e os pés incluem tudo o que vemos, fazemos e aonde vamos;
Justino, o Mártir - castidade (arrancar os olhos)
Talmude judaico - transgressões sexuais (arrancar a mão)
O Reino de Deus deve ser mais valioso do que qualquer coisa - a glória de Deus em primeiro lugar;
O termo grego usado aqui para inferno, geenna, é uma transliteração da frase hebraica para o "Vale de Hinom". Este vale, localizado perto de Jerusalém, foi associado a sacrifícios idólatras no passado de Israel (por exemplo, 2Crônicas 33: 6). No tempo de Jesus era usado como uma metáfora para a ira de Deus.
Jesus utiliza dessas hipérboles para enfatizar que, a fim de vencer o pecado, é necessária uma rejeição violenta da tentação.
Aplicação 02: Cuidado para inibir, causar danos ou destruir a fé dos discípulos de Jesus.
Aplicação 03: Afaste-se o máximo possível do pecado e da tentação que conduz a rebelião e apostasia.
O inferno é uma realidade para todo aquele que rejeita a Cristo;
Essa é uma séria admoestação para os discípulos de agora, e não apenas uma predição do futuro.
Jonathan Edwards proferiu um sermão famoso sobre a ira Deus, que ao final, fez com que as pessoas se agarrassem às colunas das igrejas, com medo do inferno se abrir e tragá-los.
“Sim, Deus está muito mais irado com muitos que estão agora na terra; sim, sem dúvidas, com muitos que estão agora nesta congregação, que podem estar tranquilos, do que com muitos que estão nas chamas do inferno. Portanto, não é porque Deus ignora suas impiedades, e não se ressinta delas, que não afrouxa suas mãos e os elimina. Deus não é de forma alguma como eles, embora possam o imaginar assim. A Sua ira arde contra eles, sua condenação não dorme; o abismo está preparado, o fogo está pronto, o forno já está quente, pronto para recebê-los; as chamas ora rugem e brilham. A espada reluzente está afiada e suspensa sobre eles, o abismo abriu sua boca debaixo deles.”
“O pecado é a ruína e a miséria da alma. É destrutivo em sua natureza, e se Deus o deixasse sem restrição, nada mais seria necessário para tornar a alma perfeitamente miserável. A corrupção do coração humano é ilimitada e desmedida em sua fúria. Enquanto os ímpios vivem aqui, é como o fogo preso pelas restrições de Deus, de outro modo, se fosse deixada livre, poria em chamas curso da natureza. E assim como o coração agora é um poço de pecado, se este não fosse restringido, imediatamente tornaria a alma em um forno ardente, em uma fornalha de fogo e enxofre.”

III. O custo do discipulado (vs. 49-50)

Três ditos sobre o sal encerram esse conjunto sobre recompensas e punições e enfatizam não a condenação, mas a purificação, conservação e comunhão dos discípulos:
Salgado com fogo - purificar a vida do discípulo por meio de testes e provações;
Como tornar salgado novamente - o sal era utilizado para conservar os alimentos, mantê-los frescos e lhes dar sabor - se ele perder sua essência, perderá também a sua utilidade;
Tenham sal em seu meio - mantenham e conservem a comunhão em vocês
Fogo e sal são dois elementos utilizados nos sacrifícios que nos remete o custo e o preço do discipulado.
Simbolizam as tribulações e os custos de ser discípulo de Jesus;
Romanos 12.1 nos lembra do sacrifício vivo, da cruz que precisamos carregar.
Aplicação 04: As tribulações e sacrifícios desempenham um papel importante no processo de discipulado.

Conclusão

“O discipulado é de graça, mas lhe custará a sua vida.” - Dietrich Bonhoeffer.
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