GUARDA: QUE HORAS SÃO DA NOITE – IS. 21.11-12

O dia de Cristo  •  Sermon  •  Submitted
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INTRODUÇÃO

Trata-se de uma profecia contra Dumá. Dumá localizava-se ao sul da Palestina, ficando na fronteira de Judá. Era um distrito montanhoso selvagem, habitado por uma raça cujo caráter refletia a natureza acidentada de seus arredores. Eles estavam constantemente em guerra com seus vizinhos, especialmente os judeus e passaram uma grande parte de seu tempo fazendo incursões no sul da Palestina por causa do saque e da conquista. Por causa dessas invasões, e também porque se juntaram aos caldeus contra os judeus, as denúncias mais abrangentes foram pronunciadas contra eles. Com o passar do tempo, essas denúncias foram seguidas por desastres, em consequência das quais os edomitas se tornaram pessoas vencidas, e finalmente foram incorporadas à nação judaica. Então, quando, em um período posterior, toda essa região passou a ser dominada pelos gregos e depois pelos romanos, Dumá passou a ser conhecida pelo nome grego de Idumea - Dumah sendo o antigo nome hebraico. Daí o "a setença de Dumá" significa a profecia sobre o destino da Idumea ou Edom.

Proposição

Essa é uma profecia que chama Edom para discernir o tempo... “guarda, que horas são?”

I. CONSIDERE A PERGUNTA

1. Alguns pedem “as horas” da noite sem se preocupar coma resposta.
2. Alguns pedem as horas com desprezo.
3. Alguns pedem com horror e angústia de coração.

II. CONSIDERE A RESPOSTA DADA

1. Ele não se afastou da questão, respondeu a qualquer um que fosse perguntando.
2. Ele proferiu com igual garantia uma ameaça e uma promessa.
3. Ele pressionou a necessidade de cuidados no estudo e inquérito sincero após a natureza da verdade.
4. Ele resumiu tudo por um convite ansioso, cordial e reiterado ao arrependimento e reconciliação com um Deus ofendido, mas que está disposto a perdoar.

III. CONEXÃO COM O NT

A. Nós como crentes devemos considerar essa pergunta, porque encontramos eco dela em Rm. 13.11-12

Romanos 13.11–12 (BEARA)
E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz.
O vers 11 encontramos o vocábulo “tempo” (ou “época”); parece Paulo estava pensando no tempo presente em que escrevia, como o período que encontra o seu término na consumação. O apóstolo se referia à época final da história deste mundo, o período em que se estava se aproximando alguns acontecimentos complexos que seriam consumadores da história.
Estes são os últimos dias:
Atos dos Apóstolos 2.17 BEARA
E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne ; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos;
2Timóteo 3.1 BEARA
Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis,
Hebreus 1.2 BEARA
nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.
Tiago 5.3 BEARA
o vosso ouro e a vossa prata foram gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por testemunho contra vós mesmos e há de devorar, como fogo, as vossas carnes. Tesouros acumulastes nos últimos dias.
1Pedro 1.20 BEARA
conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós
2Pedro 3.3 BEARA
tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões
1Jo 2.18
João 2.18 BEARA
Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Que sinal nos mostras, para fazeres estas coisas?

1. Com esta perspectiva, é que nós precisamos entender a história e qual o lugar nós ocupamos nela.

A Bíblia nos mostra que este “tempo” que vivemos está acontecendo eventos que caracterizam que a história caminha para consumação, e essa era atual se dirige com rapidez, e esses acontecimentos tem seu foco na “manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2.13).
No vers. 12 diz: “Vai alta a noite, e vem chegando o dia.” Muitas passagens bíblicas se referem à palavra “dia” como uma designação escatológica (cf. 1 Co 3.13; Ts 5.4; Hb 10.25; 2 Pe 1.19).
Este uso de “o dia” é definido por meio das expressões análogas “aquele dia” e “o grande dia” (cf. Mt 7.22; 24.36; 2 Ts 1.10; 2 Tm 1.12,18; 4.8; Jd 6). “O dia” e “aquele dia” podem ser expressões usadas para denotar o dia escatológico, para designar o que é estritamente escatológico — “o Dia do Juízo”, “o último dia”, “o dia da ira”, “o Dia do Senhor”, “o Dia de Deus”, “o dia em que for revelado o Filho do homem”, “o Dia de Cristo” (cf. Mt 10.15; 12.36; Lc 17.24,30; Jo 6.39; 12.48; At 17.31; Rm 2.15-16; 1 Co 1.8; 5.5; Ef 4.30; Fp 1.6,10; 1 Ts 5.2; 2 Ts 2.2; 2 Pe 3.7,10; 1 Jo 4.17).
Portanto, “o dia”, no presente texto, é uma referência ao dia em que Cristo virá trazendo salvação para seu povo (cf. Hb 9.28).

2. Por isso, que Paulo afirma que o dia de Cristo está às portas.

O Novo Testamento ensina que o dia do Senhor está às portas (cf. Fp 4.5; Tg 5.8; 1 Pe 4.7; Ap 22.10-12,20).
Porém, isso não significa iminência. Significa que está próxima a vinda do Senhor (2 Ts 2.1-12; 11.12,15,26; 2 Pe 3.8 – esses textos fazem objeção a iminência)
É importante observarmos essa perspectiva no tocante ao conceito do Novo Testamento a respeito da proximidade do advento de Cristo. O que está em foco é a proximidade do cumprimento da profecia a respeito da vinda de Cristo, e não a de nossos cálculos cronológicos. No desdobramento do propósito redentor de Deus, o próximo grande acontecimento, correlato à morte de Cristo, à sua ressurreição e ascensão, bem como ao derramamento do Espírito no dia de Pentecostes, será o advento de Jesus, em glória.
Com os olhos da fé devemos está olhando para esse grande acontecimento. Não existe nada tão glorioso e espetacular que acontece no tempo presente que possa ser comparado com esse evento redentor. Neste sentido, ele está próximo. E isto é tão verdadeiro hoje quanto na época em que o apóstolo escreveu esta carta.

3. Está tão próximo que Paulo afirma dizendo que “vai alta a noite”.

O “o dia” e “a noite” aqui são contrastados; “o dia” é caracterizado pela luz, a noite é pelas trevas. “O dia” torna manifesto (cf. 1 Co 3. 13), a noite esconde. A vinda do Senhor é representada como algo que “trará à plena luz as coisas ocultas das trevas” (1 Co 4.5), sendo associada à luz porque o panorama inteiro dá História será colocado sob a pura luz do juízo divino (cf. Rm 14.10; 2 Co 5.10).
Tudo que antecede o glorioso advento de Cristo é constituído de trevas, por isso é chamado de “a noite”. Esse tempo presente em que vivemos, “este século” é aquilo que antecede a segunda vinda de Cristo, em contraste com “o século vindouro”; e “este século” é mau (cf. Rm 12.2; 1 Co 1.20; 2.6-8; 2 Co 4.4; G1 1.4; 2 Tm 4.10).
Isto indica outro motivo pelo qual aquilo que antecede o segundo advento de Cristo deve ser chamado de “a noite”, estando associado às trevas. Por isso a advertência contra a sonolência.

4. O Dia de Cristo, embora ainda não tenha chegado, já está lançando a sua luz sobre o presente. É nessa luz que nós devemos agora viver.

É chegada a hora de despertarmos para a realização desse fato, acordarmos do torpor espiritual, nos despirmos das vestes apropriadas ao sono e nos revestirmos das armas que convêm às tarefas deste “período” da história da redenção.
Cada dia do calendário nos aproxima mais e mais do dia da salvação final; e, também, uma vez que a vida no corpo é o elemento decisivo quanto às questões eternas, o evento da morte física indica a cada indivíduo que é muito breve esse “ período” que antecede a vinda de Cristo.
A Bíblia diz que importa que “todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo” (2 Co 5.10; cf. Rm 14.10) e que Ele está pronto para “julgar vivos e mortos” (2 Tm 4.1; cf. 1 Pe 4.5; Tg 5.9), ser indulgente às obras da carne contradiz a fé e a esperança do crente.
4. Em Rm. 13. 13-14 — Paulo enumera os excessos que eram comuns no império romano:
Romanos 13.13–14 BEARA
Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.
Os termos usados indicam o abandono à libertinagem e às contendas que desta resultam.
A exortação positiva, no versiculo 14, destaca o contraste que o senhorio de Cristo estabelece e requer. A figura simbólica é a de nos revestirmos de Cristo.
“revesti-vos do Senhor Jesus Cristo”: Revestir-se de Cristo é identificar-se com Ele, não somente em sua morte, mas também em sua ressurreição. Significa estar unido a Ele na semelhança de sua vida ressurreta.
O título completo, “o Senhor Jesus Cristo”, enfatiza a inclusividade envolvida nesta exortação. Nada menos do que o ato de rejeitar completamente o pecado com a perfeição de virtude e de pureza exemplificadas em Cristo, constitui a atitude exigida de um crente.
Não devemos nos envolver em qualquer atitude que satisfará as concupiscências da carne. A “carne” - deve ser equiparada ao corpo físico, mas inclui todas as inclinações pecaminosas:
Romanos 7.5 BEARA
Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte.
Rm. 8.5-8
Romanos 8.5–8 BEARA
Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.
Gálatas 5.19–21 BEARA
Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.
Gálatas 6.8 BEARA
Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna.
Efésios 2.3 BEARA
entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.
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