Gênesis 35.16-29

Série expositiva no Livro de Gênesis  •  Sermon  •  Submitted
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O autor expõe o enredo do cumprimento da promessa abraâmica da redenção, através do episódio que enseja a espectativa da totalização do número dos eleitos de Deus, mediante o surgimento - através de dor e sofrimento - do responsável por executar a restauração da criação à comunhão plena com o SENHOR.

Notes
Transcript
“Este é o livro das gerações ...” (Gênesis 5.1).
Gênesis 35.16-29
Pr. Paulo Ulisses
Introdução
Dando sequência à saga patriarcal, o autor prepara-se para concluir o livro das genealogias de Isaque, filho de Abraão, usando como introdução a ocasião do nascimento de Benjamim, filho de Israel, que conclui a linhagem abraâmica completando o grupo dos cabeças das doze tribos de Israel, e assim, os originadores de todo o povo de Deus posteriormente.
A seção está dividida de acordo com a sobreposição da narrativa do nascimento de Benjamim (vs.16-22), ao registro genealógico de Isaque a partir dos filhos de Jacó (vs.23-29). Em face disso a intenção do autor é expor o cumprimento da promessa pactual feita por Deus aos patriarcas anteriores, que lhes garantiam uma descendência. Assim como em Gênesis 25.12-26, o autor narrou as gerações de Isaque, enfatizando o cumprimento da palavra divina à Abraão, demonstrando que a benção redentiva permanecia fluindo na história através da semente deste (por meio da eleição de Jacó em detrimento de Esaú), agora o mesmo fato é exposto em relação ao próprio Isaque, com um diferencial: a multiplicação da semente prometida a Abraão, finalmente acontece.
A importância do registro de exposição dos nomes daqueles que formam as doze tribos de Israel, que por sua vez prefiguram o número do povo de Deus, é mais uma vez uma declaração de fidelidade do SENHOR à sua Aliança. Tal como fora prometido a Abraão em Gn 12.1-3, uma grande nação surgiria, desenvolvendo a linhagem pela fé de todos aqueles que seriam incorporados ao povo do pacto, donde viria o Descendente Prometido: o encarregado de redimi-los e levá-los à presença de Deus de onde saíram (cf. Gn 3.24). A progressão genealógica serve como base expositiva da relação entre o Criador e seus eleitos: a salvação não está ligada à hereditariedade, isto é, o pertencimento à linhagem abraâmica não é algo ligado ao sangue ou carne (Rm 9.6-8), mas todo aquele que crê na mesma aliança redentiva que Abraão, será contado como membro do povo eleito de Deus.
A exortação mosaica dirige-se aos filhos de Israel expondo exatamente esse princípio: aqui estão listados os originadores de todo o povo de Deus, ao qual pertencerão não seus filhos de sangue, isto é, os filhos de Rúben, ou Levi, ou Judá hereditariamente, mas sim aqueles que creem no pacto estabelecido por Deus para sua salvação.
Dessa forma, a tese central exposta no texto de Gênesis 35.16-29 consiste no cumprimento da promessa abraâmica de descendência como referência à obra redentiva.
Elucidação
O autor inicia o episódio relatando a partida de Jacó de Betel, interrompida pelo parto e nascimento de Benjamim, ao qual é dito que "foi a ela penoso" (v. 16). Devido as dificuldades do trabalho de parto, Raquel decide chamar o menino de "Benoni" (hb. "בֶּן־אֹונִ֑י" = "filho do meu pranto/lamento") uma referência às suas dores e agruras, porém, seu pai muda a designação e o chama de "Benjamim" (hb. "בִנְיָמִֽין" = "filho da mão direita"), indicando que aquele filho, por ser de sua amada esposa, teria uma proteção especial vinda da parte de seu pai, ou seria um simbolismo figurando "boa fortuna" ou "poder".
Logo após ter homenageado sua falecida esposa, construindo a ela uma coluna de pedras, o autor destaca a volta de Jacó à sua peregrinação, entremeando a narrativa com um comentário quanto ao pecado de Rúben. Esse ato incestuoso, poderia significar uma tentativa de usurpação da autoridade de seu pai (WALTON, 2018, p. 84), o que à luz da narrativa, poderia ser visto como uma tensão que poria em cheque a autoridade de Jacó sobre sua casa, e assim, uma ruptura com a narrativa em que a descendência pactual está sendo referenciada, principalmente levando em consideração o fluxo histórico-redentivo empreendido por Deus, tendo determinado que através do filho de Isaque (i.e. Jacó) seus planos salvadores se desenvolveriam. Em face disso, o comentário de que "Israel o soube" (v.22), não seria um indicativo de passividade da parte de Jacó, como no contexto de Gn 34.5, em que o patriarca, frente a possibilidade do despertar da ira de seus filhos, cala-se temendo algo pior. A referência aqui seria uma tentativa do autor de reafirmar a autoridade patriarcal de Jacó, que embora naquele momento não tenha emitido juízo contra seu filho (o que fará em Gn 49.4, omitindo benção sobre Rúben), ainda é o líder de sua casa: o cabeça da linhagem que descende de Abraão, sobre quem repousa a benção divina.
Esse ponto de progressão e continuidade da história da redenção é abarcado pela genealogia de Jacó que é anexada a seu pai, Isaque. Como dito, a listagem dos filhos de Jacó ligadas ao momento da morte de Isaque, assumem a configuração de atestado de cumprimento da Aliança: antes que Isaque morresse, Deus lhe concede a visão que proporciona a certeza de que a fé de seu pai Abraão e sua, estavam fundamentadas na graça salvadora do SENHOR, que não falhara em cumprir aquilo que havia sido predito: uma numerosa nação está prestes a surgir, fruto da benção divina sobre seu filho eleito: Jacó.
Assim, a partir do verso 28, a mesma estrutura genealógica estabelecida em Gênesis 5 é retomada, com o acréscimo conectivo feito pela morte de Abraão, tal como fora prometido por Deus: "Foram os dias de Isaque cento e oitenta anos (cf. Gn 5 - contagem de anos da morte dos personagens). Velho e farto de dias, expirou Isaque e morreu, sendo recolhido ao seu povo (cf. Gn 25.8)".
À luz do contexto canônico, a passagem de Gênesis 35.16-29 ganha contornos mais amplos e complexos, tendo em vista o mesmo fluxo histórico-redentivo do qual faz parte. O contexto de sofrimento no parto de Raquel ao dar à luz Benjamim, tipifica num primeiro momento o anseio de que se complete o número dos filhos de Jacó, que, segundo já exposto, representam a totalidade do povo de Deus. Assim, esse contexto coaduna-se à perspectiva "escatológica" de espera de que o número dos eleitos do SENHOR se complete.
Em dois textos do Antigo Testamento, o cenário narrado em Gênesis 35.16-22 é apresentado dentro dessa perspectiva. O primeiro texto é Jeremias 31.15. O oráculo profético recebido por Jeremias o direciona a contemplar um ambiente de dor e sofrimento que pressagia o estabelecimento da Nova Aliança:
Ouvi a palavra do SENHOR, ó nações, e anunciai nas terras longínquas do mar, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor, ao seu rebanho. Porque o SENHOR redimiu a Jacó e o livrou da mão do que era mais forte do que ele. [...] Assim diz o SENHOR: Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável por causa deles, porque já não existem. Assim diz o SENHOR: Reprime a tua voz de choro e as lágrimas de teus olhos; porque há recompensa para as tuas obras, diz o SENHOR, pois os teus filhos voltarão da terra do inimigo. Há esperança para o teu futuro, diz o SENHOR, porque teus filhos voltarão para os seus territórios. [...] Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá" (Jr 31.10-11; 15-17; 31).
O anúncio da Nova Aliança é precedido por uma menção ao sofrimento de Raquel ao dar à luz, apontando que da mesma forma, a restauração do povo de Deus certamente será antecedida por um episódio de dor e lamento. Ao chegarmos ao Novo Testamento, a mesma citação de Jeremias, que ecoa Gênesis 35.16-22, é referida por Mateus:
Mateus 2.16–18 RA
Vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes grandemente e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos. Então, se cumpriu o que fora dito por intermédio do profeta Jeremias: Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto, [choro] e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável porque não mais existem.
A compreensão neotestamentária do escritor elucida ambas as passagens (i.e. Gn 35.16-22 e Jr 31.15), interpretando tanto o fato primeiro (i.e. as dores de Raquel e o nascimento de Benjamim), quanto a própria profecia de Jeremias, como se referindo ao Messias e seu nascimento. O clímax da obra redentiva é exposto pelas Escrituras desde aquele primeiro momento em que Raquel sofre para dar a luz seu filho. O fato que consuma a nova aliança e consequentemente o momento final da história que desfechará a totalização dos filhos eleitos de Deus e seu ingresso ao povo da aliança é chegado: Cristo Jesus vem a este mundo em meio a dor e sofrimento da perseguição dos que desejam impedir seu nascimento e sua inevitável coroação como Rei.
A confirmação dessa conexão é feita pelo segundo texto que, da perspectiva canônico-linguística, está ligado a Gn 35.16-22: Miqueias 5.2:
Miquéias 5.2 RA
E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
A profecia entregue através de Miqueias aponta para o cumprimento da promessa feita por Deus, de redimir seu povo através do envio de seu Messias. Miqueias referencia a cidade de Belém-Efrata como o lugar donde virá o Salvador, Rei de Israel, a mesma localidade onde ocorreram os fatos de Gn 35.16-22. O evangelista Mateus lê essa conexão e a expõe, textos antes da citação da profecia de Jeremias:
Mateus 2.4–6 RA
então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. Em Belém da Judeia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel.
Cristo, tendo nascido em Belém, estava cumprindo tanto a profecia de Miqueias, quanto a tipificação referencial feita por Moisés ao redigir as agruras do parto de Raquel, e assim, as exortações feitas pelo autor, direcionam-se aos ouvintes/leitores do seu texto, convocando-os a aguardarem com expectativa o cumprimento da aliança da redenção que os reunirá como um só povo, mediante o surgimento do Messias no cenário histórico, para garantir a fruição dos benefícios do pacto, tal como prometido,e completar o número dos eleitos de Deus, assim como prefigura pelo nascimento de Benjamim: o último filho de Jacó, e cabeça das doze tribos de Israel.
Transição
Moisés traça a conclusão do livro da genealogia de Isaque, demonstrando novamente (assim como fizera na conclusão da saga abraâmica) a fidelidade do SENHOR em cumprir seu pacto. Porém adiciona uma compreensão além desta: por meio da aliança divina da redenção o povo de Deus atingirá sua completude numérica, formando a nação eleita, donde virá o Messias, aquele em quem os eleitos de todo o mundo (cumprindo a promessa de que em Abraão seriam abençoadas todas as nações da terra (cf. Gn 12.3)), seriam reunidos como um só povo, através de seu sacrifício (rf. dor e sofrimento (Gn 35.16)).
O autor ergue os olhos do povo para contemplar no futuro a plenitude dos tempos que reservam a consumação da aliança da salvação, os exortando à fé e no Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Porém, alguns outros princípios exortativos também são exposto pelo autor divino/humano por meio deste texto.
Aplicações
1. Nosso pecado nos priva de receber bênçãos muito maiores do que aquelas que receberemos por naturalmente sermos filhos da Aliança.
Num contexto de confirmação da fidelidade divina e ampliação do conceito histórico-redentivo da obra do SENHOR, Moisés traça uma advertência os filhos de Israel: Rúben subiu ao leito de Jacó seu pai, e o desonrou, deitando que Bila, concubina dele. Neste momento, Jacó não emite juízo contra Rúben, porém, ao contrário de um apatia e disciplina retardada, o que ocorre ao filho rebelde de Jacó é algo muito pior: ele perdeu seu posto como filho primogênito:
Gênesis 49.3–4 RA
Rúben, tu és meu primogênito, minha força e as primícias do meu vigor, o mais excelente em altivez e o mais excelente em poder. Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porque subiste ao leito de teu pai e o profanaste; subiste à minha cama.
No momento em que Jacó abençoa seus doze filhos, pouco antes de morrer, a devida sentença é aplicada sobre Rúben: ele não mais será o líder da casa de Israel: José subirá ao trono, e seus filhos assumirão a primogenitura.
Ecoando a mesma sentença o texto de 1Cr 5.1, exibe o mesmo quadro, e as palavras de Jacó ao seu filho, foram aplicadas à toda sua descendência depois dele:
1Crônicas 5.1–2 RA
Quanto aos filhos de Rúben, o primogênito de Israel (pois era o primogênito, mas, por ter profanado o leito de seu pai, deu-se a sua primogenitura aos filhos de José, filho de Israel; de modo que, na genealogia, não foi contado como primogênito. Judá, na verdade, foi poderoso entre seus irmãos, e dele veio o príncipe; porém o direito da primogenitura foi de José.),
Seguindo a lógica do Texto Sagrado, Rúben deveria ter tido esta honra: prefigurar ou ser o cabeça da tribo encarregada de ser a originadora direta do Messias, porém, devido seu pecado, isso lhe foi tirado. Precisamos compreender, que as consequências do pecado que Rúben cometeu são severas, porque o teor do que está em jogo no texto de Gênesis em questão é o cumprimento da Aliança através da benção divina que percorre a casa de Abraão.
Jacó foi o escolhido por Deus para, mediante a instrumentalidade divina, dar continuidade aos planos redentivos. Ao ter afrontado a autoridade de seu pai, Rúben se colocou contra esse desenvolvimento redentivo, e embora não tenha sido cortado do povo de Deus, teve a glória da primogenitura tirada, e com isso, assumiu um papel menos evidente no plano da salvação.
Precisamos compreender que mesmo que a benção da salvação seja permanente - jamais será tirada de nós - devido nosso pecado, nós poderemos deixar de desfrutar de benção melhores e maiores da parte de Deus, se transgredirmos seus mandamentos. A benção que recebemos por naturalmente sermos filhos de Deus certamente é maravilhosa, mas poderá ser ainda mais excelente, se honrarmos ao SENHOR guardando seus mandamentos.
2. A história redentiva referencia a conclusão da obra salvadora, instigando em nós a bendita expectativa (que simultaneamente traz dor e sofrimento) de que o número dos eleitos de Deus se totalize, mediante a consumação da obra redentora.
O sofrimento de Raquel prefigurava as dores que o povo de Deus sofreu enquanto aguardava a chegada do ente prometido, vindo da parte de Deus, para executar o sacrifício substitutivo que cumpriria a aliança redentiva. No momento devido, Cristo veio ao mundo, assumindo a natureza humana, e já sofreu os terríveis flagelos que se intensificaram na cruz, quando levou sobre seus ombros as nossa iniquidades (Is 53.4).
Porém, mesmo tendo concluído tudo o que era necessário para nossa salvação, o fim não aconteceu imediatamente, e por uma razão muito simples: o número dos eleitos de Deus ainda não foi completado. Eis a única razão para o fato de Cristo Jesus ainda não ter voltado. Entretanto, a marcha imparável do Evangelho avança todos os dias, e por meio da igreja o chamado do Supremo Pastor ecoa, chamando as ovelhas desgarradas ao pasto verdejante da salvação.
Dessa forma, a igreja novamente se vê como uma mulher grávida que sofre dores de parto, não para que nasça o Messias, e sim para que o número dos filhos de Deus se complete. No livro de Apocalipse, João contempla a saga da mulher que, mesmo após ter dado à luz, é perseguida pelo dragão (Ap. 12.13). Vendo que não podia mais impedir que nascesse o Varão, o dragão ira-se contra a mulher e "foi pelejar com o restante da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" (Ap 12.17). Contudo, o mesmo João, recebe uma visão que é conectada à saga do povo de Deus, representado pelas doze tribos de Israel (i.e. os filhos de Jacó listados em Gn 35.23-29). Capítulos, o apóstolo vê o inevitável desfecho da história redentiva:
Apocalipse 7.4–10 RA
Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel: da tribo de Judá foram selados doze mil; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil; da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; da tribo de Zebulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim foram selados doze mil. Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.
As dores que a igreja sofre possuem a finalidade de nos fazer aguardar com grande expectativa pelo cumprimento da salvação, através da reunião de todos os nossos irmãos espalhados pela face da terra, incluindo o alcance daqueles que ainda não foram trazidos à fé pelo testemunho do Evangelho. Devemos nos empenhar em fazer conhecido o nome de Cristo através de nossas vidas, esperando o nascimento do último filho de Deus, para que sejamos reunidos com nosso SENHOR, para sempre.
Conclusão
O povo de Deus aguarda ansioso o momento em que o último dos nossos irmãos abraçará a verdade do Evangelho, sendo trazido à família da Aliança, pois nesse momento, ouviremos o alarido das trombetas, que convocará o povo eleito de Deus, para a reunião com seu cabeça, e assim, as doze tribos de Israel, entrarão na herança dos patriarcas para a glória de Deus.