O Galardão

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Nesta noite Jesus nos ensinará que, apesar das perdas necessárias, seus discípulos serão recompensados pela boa obra que realizarem. Assim, o discípulo de Jesus são encorajados a segui-lo com a certeza de uma recompensa eterna.

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Introdução

Mateus 10.40–42 RA
40 Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe recebe aquele que me enviou. 41 Quem recebe um profeta, no caráter de profeta, receberá o galardão de profeta; quem recebe um justo, no caráter de justo, receberá o galardão de justo. 42 E quem der a beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.
Deus não está morto
Conta a história de Josh, um jovem cristão calouro de universidade enfrentando um professor de filosofia ateu.
O drama de Josh começa quando seu professor pede para a turma assinar a seguinte declaração: “Deus está morto”. Josh, como se espera de um cristão, rejeitou a proposta. Contudo, fazendo isso, ele é desafiado pelo professor a provar que Deus existe e, além disso, o professor promete destruir sua carreira acadêmica.
Não preciso dizer que os colegas de turma ridicularizam Josh e que para eles Josh está cometendo suicídio acadêmico.
Josh pode desistir logicamente. Inclusive, ele é aconselhado a fazer isso por seus pais e por sua namorada, Kara. Eles estão preocupados com o futuro acadêmico e profissional de Josh.
- “Bem”, eles dizem, “assine a declaração e siga com sua fé”.
Mas a despeito das preocupações das pessoas que ele mais ama, Josh não desiste de defender sua fé. Em sua mente as palavras de Jesus ditam as regras: Mt 10.32-33 “32 Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; 33 mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus.”
Kara colocou Josh na parede. Ele terá que decidir quem é a pessoa mais importante de sua vida. Josh preferiu ser fiel a Cristo e Kara terminou o namoro.
Josh começou a perceber que, seguir a Cristo e testemunhar sobre Ele, pode trazer perdas significativas.
A história de Josh em “Deus não está morto” ilustra bem o que temos aprendido como Jesus sobre discipulado e suas consequências.
Ser uma testemunha ativa de Jesus no mundo, pregar o evangelho, como temos ouvido, implica perdas importantes: admiração, reputação, liberdade, saúde, amigos, família e a própria vida.
Os que são chamados a seguir a Cristo como discípulos e testemunhas precisam se expor, terão que trocar o conforto pela perseguição ou, como Jesus mesmo diz: terão que negar a si mesmos e tomar a cruz.
A questão, então, que se levanta é: vale a pena? Será que vale mesmo a pena arriscar relacionamentos tão caros e tesouros tão valiosos ou perder a própria vida por Jesus?

Ideia do texto

Jesus ensinou aos doze que a vida de um discípulo no mundo pode ser muito difícil, mas Ele também ensinou sobre recompensas eternas:
Ele irá reconhecê-los e livrá-los no dia do Juízo de Deus.
Ele lhes dará a vida eterna.
Jesus disse em outro momento que eles terão uma grande recompensa nos céus.
Da mesma forma, Jesus também ensinou aos doze que haverá recompensas para os que o rejeitam:
Haverá mais rigor no juízo para eles.
Eles não serão reconhecidos por Cristo no dia do julgamento de Deus.
Ele não terão a vida eterna.

Proposição

Nesta noite Jesus nos ensinará que, apesar das perdas necessárias, seus discípulos serão recompensados pela boa obra que realizarem. Assim, mesmo menor discípulo que realizar a menor das obras de Jesus receberá seu galardão.

Quem recebe um discípulo recebe a Jesus

Mateus 10.40 RA
40 Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe recebe aquele que me enviou.

Primeiro, é importante perceber que o discipulado não é só sobre rejeição e perseguição:

Jesus faz uma afirmação realmente encorajadora: há pessoas que receberão os discípulos em suas casas. Apesar de haver muita rejeição e perseguição, muitos abrirão suas casas e receberão os discípulos. Neste último Jesus chama a atenção dos discípulos para essas pessoas que dão as boas vinda aos discípulos e à mensagem do evangelho (depois de falar das pessoas que rejeitam o evangelho).
Jesus e seus apóstolos experimentaram esse tipo de hospitalidade muitas vezes. Havia famílias, como a Lázaro, que faziam questão de receber Jesus e seus discípulos.
Em Atos, vemos isso de forma ampliada. Casas e igrejas se confundem.
Paulo está sempre agradecendo pessoas que o receberam com seus companheiros em suas casas.
Certamente, foi um consolo e encorajamento saber que o próprio Deus providenciará famílias que abririam suas casas, dispensas e coração para receber os discípulos de Jesus. Portanto, os que pregam o evangelho podem ter a certeza de que sempre haverá que os receba em sua casa.
Nosso tempo em Itu

Segundo, receber um discípulo é igual a receber o próprio Jesus e o próprio Deus:

O ensino de Jesus aqui nos faz lembrar mais uma uma vez a íntima união de o Pai, Jesus e seus discípulos. Anteriormente, Ele havia dito que “Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?” (Mt 10.25). Todo hostilidade do mundo contra Cristo será direcionada sobre seus discípulos. Que odeia a Cristo odeia seus servos. Estamos numa batalha cósmica.
Contudo, o contrário também é verdadeiro, ou seja, os que recebem a Jesus recebem também seus discípulos. Mas aqui as coisas se mostram na ordem inversa. Sabemos que Jesus foi recebi por alguém, quando essa pessoa recebe seus discípulos. As boa vindas a um serve de Cristo são boas vindas ao próprio Cristo e seu Pai.
João 13.20 RA
20 Em verdade, em verdade vos digo: quem recebe aquele que eu enviar, a mim me recebe; e quem me recebe recebe aquele que me enviou.
Por isso, quem recebe um discípulo, recebe o próprio Mestre e consequentemente, recebe a Deus que enviou Jesus. Isso não é um encorajamento para os Doze ou para qualquer pessoa que esteja envolvida em um ministério de tempo integral apenas, mas também para aqueles que abrem suas portas para acolher os apóstolos. Essas pessoas não abrem suas casas para homens apenas, mas:
Para o próprio Reino de Deus.
Estão estão dando as boas vindas para o próprio Filho de Deus e para o Pai Celestial.
Estão acolhendo a graça do evangelho para suas vidas
e estão suportando o missão.
Isso, certamente, não ficará sem recompensa.
Gaio é um exemplo:
3João 5–8 RA
5 Amado, procedes fielmente naquilo que praticas para com os irmãos, e isto fazes mesmo quando são estrangeiros, 6 os quais, perante a igreja, deram testemunho do teu amor. Bem farás encaminhando-os em sua jornada por modo digno de Deus; 7 pois por causa do Nome foi que saíram, nada recebendo dos gentios. 8 Portanto, devemos acolher esses irmãos, para nos tornarmos cooperadores da verdade.

Mesmo um copo de água receberá galardão

Mateus 10.41–42 (RA)
41 Quem recebe (gr. dechomai) um profeta, no caráter de profeta, receberá (gr. lambano) o galardão de profeta; quem recebe (gr. dechomai) um justo, no caráter de justo, receberá (gr. lambano) o galardão de justo. 42 E quem der a beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá (gr. apóllymi) o seu galardão.
Embora, a passagem não traga o termo boas obras, fica claro para nós que Jesus está chamando atenção para a prática delas e o galardão (recompensa) com que elas são recompensadas.
A boa obra que está em foco aqui é a hospitalidade para com os discípulos de Jesus. “Receber” (gr. dechomai) é o verbo que mais aparece na passagem (5x). Seu sentido é dar as boa vindas ou acolher alegremente o companheirismo de alguém, ou seja, acolher um discípulo de Jesus.
A alvo da hospitalidade são os discípulos de Jesus: Profeta, justo, pequeninos são todos termos que Jesus usa para se referir aos seus discípulos (não apenas os Doze).
Galardão:
Biblicamente falando somos salvos para boas obras - Ef 2.10 “10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”
Boas obras são sempre recompensadas (assim como as más): Ap 14.13 “13 Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham.” e Ap 22.12 “12 E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.”
Esta recompensa não é mérito, mas o usufruto da herança que Deus nos prometeu em Cristo Jesus. Assim, os santos são conhecidos por suas boas obras. Estas são realizadas por que a graça primeiro os alcançou e esta mesma graça os recompensará pelas obras que lhes confiou.
O galardão é anunciado ao crente como encorajamento e consolo diante das provas que enfrentamos por causa do evangelho. Eles nos estimulam as boa obras e nos dizem que vale a pena ser fiéis.
Rm 8.18 “18 Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós.”
2Co 4.17 “17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação,”
Porque é…: os discípulos não devem ser recebidos por motivos interesseiros, mas porque são discípulos de Jesus. Alguém pode receber um profeta ou justo e até um pequenino por motivos espúrios: projeção pessoal, bajulação. Mas Jesus dá ênfase à motivação correta. Porque é um profeta ou um justo ou um pequenino discípulo. O centro dessa motivação é o próprio Cristo e o seu Reino.
Sem importar se ele seja tão eminente quanto um profeta ou um homem reconhecidamente justo (segundo a lei do evangelho) ou apenas um pequenino discípulo sem qualquer característica ou ofício que o destaque, aquele que receber um discípulo de Jesus pelo fato de ser um discípulo de Jesus será recompensado por Deus.
Aqui há algo interessante e digno de nota. Jesus fala que a menor obra (um copo de água fria) feita ou menor do Reino será recompensada. Quem realizá-la não falhará em sua missão nem perderá seu galardão.
Lucas 16.10 RA
10 Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito.

Aplicações

O discipulado é chamado para suportar a obra e os obreiros.
Receber (dar as boas vindas) aos crentes é necessário.
Testemunhar implica perdas mundanas sem dúvida, mas certamente dará recompensas eternas.
Cristo e o evangelho jamais nos envergonharão.
Romanos 1.16 RA
16 Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;
Romanos 5.5 RA
5 Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.
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