Gênesis 12.10-20

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O autor bíblico alinha a história de Abrão ligando-a a narrativa de Israel, demonstrando como as promessas de Deus são confiáveis e seguras tendo em vista o que aconteceu na vida do patriarca, que foi alvo da misericórdia fiel do Senhor que lhe aparecera e o chamara para ser propriedade peculiar, assim como Israel o fora, exortando o povo a seguir com confiança da Aliança feita por Deus, que garante-lhes a redenção.

Notes
Transcript
“Este é o livro das gerações ...” (Gênesis 5.1).
Gênesis 12.10-20
Pr. Paulo Ulisses
Introdução
Seguindo a narrativa da sagra de Abrão, a seção em destaque apresenta as ações deste personagem após ter recebido as promessas de Deus. Em que pese essas informações, deve-se analisar o teor teleológico da trama, isto é, tendo em vista que o texto fora redigido por Moisés, como já observado em análises anteriores, a saga patriarcal serve de modelo ou estrutura arquétipica para a história do povo de Israel (tanto no AT quanto no NT).
Após um demonstrativo de fé em Deus, em que se perceber que o foco de Abrão estava inteiramente voltado para as promessas redentoras sacramentadas pelo Criador, a narrativa nos apresenta um lapso ou vacilo nessa fé inicial que Abrão tem em Deus. Tal fé demonstra ainda ser imatura ou vacilante, pois, ao longo da seção dos versos de 10 a 20, nota-se que mesmo tendo Deus prometido sucesso e provisões para a Abrão sendo o próprio Deus sua herança (v. 1-3), o patriarca recorre à sua astucia como meio de sobrevivência.
Contudo, embora a fé de Abrão seja imatura, a divina providência concorre para que mesmo diante da fraqueza, os propósitos divinos sejam atingidos, isto é, Abrão em sua estada no Egito, espolia faraó, multiplicando-se e aos seus bens, saindo desta terra mais rico do que quando entrou.
Porém, para além de apenas uma narrativa de virtudes ou vícios do patriarca, o autor do texto (Moisés) usará essa saga como paralelo da história da redenção conforme ocorre com o povo de Israel, sendo este o cumprimento daquela primeira promessa feita por Deus a Abrão (Gn 12.2).
Assim, a estrutura paralela entre Abrão e Israel é que enleva o texto com toda a carga teológica que servirá de argumento para a exortação que Moisés tenciona aplicar ao povo de Deus.
Veremos então, a partir do texto de Gênesis 12.10-20 como a saga abraâmica serve de modelo para a história redentiva do povo de Deus a partir dos pontos de conexão entre as narrativas.
Elucidação
Os paralelos intensificam a exortação de Moisés ao povo de Israel. Deus havia prometido a redenção a Abrão por meio de ordenanças que também expressavam seu próprio comprometimento em as cumprir. Da mesma forma, Israel foi beneficiada com a ação redentora divina em execução ao prometido, e também viu-se numa aliança através da qual Deus prometia a salvação e redenção do povo, guiando-o para uma terra que "mana leite e mel, como símbolo da benevolência do SENHOR para com eles. Porém, as conexões entre Abrão e Israel, vão além dessas.
Devemos agora analisar os paralelos especificamente.
A narrativa abraâmica e a estrutura paralela com Israel
Há pelo menos 4 paralelos entre Gn 12.10-20 e a história do povo de Israel, sobretudo em relação ao êxodo. Os paralelos são ajustados gradativamente, num crescendo contínuo, que alcançará seu clímax por ocasião da conclusão dos planos redentores de Deus para benefício do seu povo:
Paralelos narrativos entre Abrão (Gn 12.10-20) e Israel
1. Migração para o Egito devido à fome (Gn 12.10) .
1a. Ida ao Egito devido à fome (Gn 41.53-54; 42.1-2; 46.1-7; 50.20).
2. Faraó como antagonista e "ameaça" aos planos redentores (Gn 12.14-15).
2a. Faraó como antagonista e "ameaça" aos planos de união de Deus com seu povo (Êx 1.8,16; 5.1-2).
3. Deus pune com pragas o antagonista (Gn 12.17).
3a. Deus pune com pragas o antagonista (Êx 3.20; 7.14 à 12.36).
4. O servo de Deus sai com riquezas (Gn 12.20).
4a. O povo de Deus sai com riquezas (Êx 3.31-22; 12.36).
1., 1A Primeiro paralelo: a circustância
A circunstância da fome na terra de Canaã, é usada por Moisés como causa eficiente para o deslocamento de Abrão da terra de Canaã para a terra do Egito, assim como o fora com Israel. Temos assim a ligação entre os cenários que proporcionaram os fatos a seguir em ambos os casos.
2., 2a Segundo paralelo: o antagonista
A intersecção do Egito na narrativa também possui um caráter análogo, principalmente levando em consideração a antítese ou "ameaça" que esse povo representa para a história - o drama da redenção - que está se processando através da vida de Abrão, e que também acontece com Israel.
À Abrão fora prometido um descendente vindo de sua mulher, Sarai. Porém, ao deixar sua mulher vulnerável, tendo mentindo a respeito de sua relação com ela, Abrão não se dá conta de que está concorrendo contra os planos do SENHOR, pois tendo faraó a tomado para ser sua esposa, os planos salvíficos, conforme mencionados pelo Criador seriam comprometidos, como comenta Graeme Goldsworth:
"Ele se dispôs a mentir a respeito de sua esposa em duas ocasiões distintas a fim de, pensava ele, preservar sua vida (12.11-20; 20.1-18). Pondo em risco com isso o seu casamento com Sara, ele demonstra falta de fé nas promessas de Deus e efetivamente age para minar as promessas de que Sara seria a mãe dos descendentes prometidos" (GOLDSWORTH, Graeme. Introdução à teologia bíblica (p. 152). Vida Nova. Edição do Kindle).
Assim, apesar da incredulidade de Abrão, Egito e Faraó são personagens antagonistas na narrativa. Contudo, mais uma vez, não podemos deixar de observar que o cenário não está sendo montado para expor o quanto as circunstâncias são favoráveis ou não aos planos de Deus, mas que o próprio Criador molda os acontecimentos para que seu povo (representado por Abrão) seja favorecido. Moisés demonstra por meio desse relato e da justaposição dos personagens, que a intenção divina de abençoar seu povo permanece avançando para a concretude. Quando muitos poderiam supor que os eventos estão fluindo adversariamente àquilo que fora prometido, tudo está ocorrendo exatamente de acordo com os decretos soberanos de Deus.
2b A incredulidade
Israel também incorreu em incredulidade durante o processo, assim como Abrão foi incrédulo, não atentando para que o próprio Deus havia se revelado a ele como sua herança, e por isso, aquele que mantinha a salvo o seu servo, preservando-lhe a vida. Sua fé oscila em crer nas palavras de Deus que lhe garantiam isso, quando quis ele mesmo, providenciar os meios para sua sobrevivência (Gn 12.11-3). Embora Israel não tenha exatamente tentado por seus próprio meios sobreviver ao deserto ou às outras ameaças, foi incrédulo, duvidando da providência divina murmurando contra o SENHOR em várias ocasiões.
3., 3a Terceiro paralelo: a ação punitiva divina
O povo de Deus vira (assim como Abrão) como um Faraó também se levantou contra Deus, opondo-se contra os planos do Criador de estar sempre com o seu povo - o objetivo máximo do pacto (Êx 6.7) - e assim, sendo uma "ameaça" a ser neutralizada. Porém, paulatinamente, para usá-lo como exemplo, pragas são enviadas para ferir "נְגָעִ֥ים" ("nêgaim" hb. lit. "ferir com pragas") o Egito: uma ação prodigiosa de Deus em cumprimento da bênção prometida a Abrão (cf. "amaldiçoarei os que te amaldiçoarem" Gn 12.3) que alcança - pela mesma bênção, tendo em vista que Israel é o povo que descende de Abrão, assim como prometido ("de ti farei uma grande nação" Gn 12.2) o próprio Israel.
O derramamento de pragas como punição divina sobre faraó e o Egito julgando seu pecado contra o servo de Deus, para libertação e benefício deste, é uma conexão que alinha de maneira ainda mais intensa os acontecimentos narrados sobre a vida de Abrão com o povo de Deus. Tal ocorrência (ou padrão) serve também como ilustrativo de que o socorro ou salvamento promovido e executado por Deus em favor de seu povo não poderia acontecer de outra forma que não extraordinariamente, numa que, aos homens é impossível salvar-se (Mt 19.26).
O julgamento divino contra o pecado cometido por Faraó de ter se posto entre Deus e seu eleito, é o esquema que clarifica o compromisso pactual do SENHOR em resgatar seu povo, é o argumento usado pelo autor para intensificar sua exortação: a incredulidade dos homens, ou mesmo a perseguição dos inimigos contra o povo de Deus, não interromperão a marcha da história de atingir seu clímax: a redenção do cosmos através da chegada do Descendente.
4., 4a Quarto paralelo: a libertação
Por fim, a libertação do cativeiro (no caso de Israel, mas prefigurado pela estada de Abrão no Egito), resulta numa espoliação realizada por Deus, quando dos inimigos retira bens transmitindo-os ao seu favorecido (Abrão - Gn 12.16, 20/ Israel (Êx 3.21-22; 12.26).
Todo esse paralelismo une ambos os personagens como sendo desdobramentos de uma mesma história: a história da redenção do povo eleito do SENHOR, que momento após momento é encaminhado para o cumprimento derradeiro de todas as promessas feitas por Deus, ao longo de cada fase do progresso de sua revelação.
A exortação final é a de que assim como Deus fora com Abrão em seu percurso, sendo seu redentor, dando-lhe livramento dos inimigos, e preservando-o até que o cumprimento fosse chegado (i.e. Cristo viesse ao mundo), Israel deveria descansar e crer nas palavras pactuais de Deus, obedecendo-o como seu Deus e Senhor, para que testemunhasse e experimentasse as bênçãos reservadas àqueles que foram agraciados com o amor eletivo e soberano de Deus.
Transição
O texto de Gênesis 12.10-20 traça o paralelo histórico da ação divina em favor dos que serão redimidos segundo a fidelidade do SENHOR em cumprir o que prometera através do pacto da graça, conforme exposto em Gn 3.15. Assim, a exortação franca do texto é a de confiar no SENHOR Deus, crendo que assim como ele foi fiel a si, beneficiando nosso pai na fé - Abrão - assim, será também com Israel (segundo a aplicação de Moisés) e conosco (sendo nós povo de Deus assim como Israel), guiando-nos em nossa jornada até a glorificação.
Entretanto, há outros pontos no texto que merecem nossa atenção.
Aplicações
1. Devemos vigiar nosso coração, pois muitas vezes, achando que estamos fazendo a coisa certa, nossas obras demonstram incredulidade.
Abrão, mesmo após ter dado um passo de fé, obedecendo a ordem de Deus de sair de sua terra, dando às costas a riqueza de seu pai - que viria a ser sua (entendendo que o SENHOR era a sua herança), vacilou, e em determinado momento não creu que Deus mesmo é quem havia de o preservar a vida, até que fosse cumprida a palavra a ele direcionada: "de ti farei uma grande nação" (Gn 12.2).
Frente ao perigo, ao invés de confiar no Criador, o patriarca optou por resolver a situação "à sua maneira", e acabou expondo sua esposa ao perigo de quase ter sido tomada por mulher do faraó, o que implicava numa oposição ao plano redentivo do SENHOR.
Não podemos ser tolos achando que Abrão é um caso isolado, e que não somos capazes de repetir os mesmos atos. Há incredulidade suficiente em nosso coração para nos opormos aos planos do Criador para nós, agindo como imaturos e até incrédulos com relação às promessas de Deus. Além do mais, a incredulidade contra o SENHOR é um traço de rebeldia: aversão aos propósitos do Criador de providenciar os meios para que a sua salvação nos beneficie. E ainda pesa em razão disso o fato de que, se duvidamos da providência de Deus em termos do cuidado diário, duvidamos também de que ele tenha poder para de fato garantir nossa segurança eterna.
Além do mais, a falta de fé pode acarretar em danos sérios, não somente para nós, mas também para as pessoas a quem amamos e com quem estamos também comprometidos, como pode ser o caso de um marido, que duvidando da divina providência, expõe sua casa (mulher e filhos) a uma situação desastrosa, ou um filho que, não crendo (obedecendo a Deus), é vitimado por suas escolhas, atraindo sobre e si e talvez sobre toda a sua casa, caos e desordem, além de tantos outros casos que poderíamos usar como exemplo.
Estar alerta contra a incredulidade é uma obrigação, mas além disso, é uma prova de que amamos ao Deus que nos chamou para sermos seu povo. O Criador prometeu-nos redenção, e isso indica que ele também nos garante o fornecimento de tudo o que é necessário até que obtenhamos da parte dele, o cumprimento da promessa.
Porém, como diz o cântico 68 do nosso hinário (Novo Cântico):
Bem sei que nas preces eu posso buscar-te,
Jamais dessa bênção na vida eu descri;
Contudo, é possível que eu dela me afaste;
Por isso, Senhor, eu preciso de ti (Hinário Novo Cântico, n. 68).
O SENHOR também sabe que embora vigiemos, é possível que falhemos com ele, e por essa razão, às vezes, nos faz lembrar quem somos e à quem pertencemos, usando inclusive nossos "fracassos na fé". O que nos leva ao segundo ponto:
2. Deus se vale até mesmo de nossos fracassos, para nos lembrar de que não pertencemos a esse mundo para esperar que dele (ou de nossas próprias forças) obtenhamos a salvação ou provisão.
Segundo sugere Robert Jamieson, em relação ao versículo 18, quando faraó chama Abrão e o desmascara:
Aqui está a mais humilhante repreensão, e Abrão a mereceu. Se Deus não tivesse interferido, ele poderia ter sido tentado a ficar no Egito e se esquecer da promessa. Frequentemente, Deus ainda lembra seu povo por meio dos inimigos que esse mundo não é o descanso final deles. (JAMEISON, FAUSSET, BROWN, 1997, p. 24).
Faraó era o adversário, estava se opondo frontalmente aos planos de salvação que Deus havia revelado a Abrão, quando tenta tomar Sarai por sua mulher. Mas, para além de um inimigo, faraó é um instrumento de Deus para maturar a fé de Abrão, mostrando-lhe que aquilo que fora dito a ele (conforme vemos alguns versículos antes) não era brincadeira ou palavras vazias.
"A vida de Abraão destaca em particular a sua fé oscilante a respeito da capacidade de Deus em cumprir suas promessas" (DILLARD, 2006, p. 54). Contudo, em que pese toda essa oscilação, é preciso perceber que a intenção divina está concorrendo para que a fé do patriarca (assim como de todo povo de Deus) está num processo de maturação: a cada novo episódio em que as palavras de Deus parecem ser postas em "xeque", o Criador amadurece a fé de seu servo (assim como ocorre com todo eleito) para que firmemente creia na redenção executada pelo Deus Triuno, e assim, "guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel"(Hb 10.23).
Embora o patriarca não seja "desculpável" por sua incredulidade, o que vemos é a mão providente de Deus usando até a fragilidade da fé de Abrão para lembrar-lhe quem é o seu Deus e quem é Aquele que o redime. De igual forma acontece em nossas vidas. Falhamos, e não poucas vezes, mas cada erro, cada oscilação em nossa fé, é convertido em uma lição que o SENHOR repetidamente nos ensina: não é pela força de nosso braço que a salvação é adquirida, nem mesmo o quanto somos esforçados é a causa de nosso sustento, mas sim, 'a fidelidade de Deus' que nos garante a subsistência.
Isso não deve nos encorajar à fraqueza, mediante o pensamento de que "se Deus usa minhas falhas, então posso falhar mais, e assim, serei mais fortalecido". Tal postura só revelaria que somos ímpios, e não justos, pois, a fé também compromete-se com aquele de quem esperamos o cumprimento das promessas, esse compromisso nos encoraja sim, a sermos fiéis à Deus, obedecendo e crendo da salvação. É por confiar que Deus governa a história, que caminhamos firmes, aguardando a conclusão dos planos salvadores do Criador.
O que por sua vez nos leva ao terceiro ponto:
3. Assim como nos mostra o paralelo entre a história de Abrão e Israel, Deus nos exorta a confiar no cumprimento de suas promessas, sendo ele o Autor e Consumador da nossa fé.
Abrão e Israel foram testemunhas do estabelecimento de um Aliança através da qual Deus se comprometia em redimir sua criação demonstrando isso por meio da salvação de um povo, que teve origem no patriarca, cuja a própria história demonstrou esse comprometimento. Moisés usou a saga de Abrão para exortar o povo de Israel de que a espera em Deus e no cumprimento de suas promessas não era tolice ou perda de tempo, como propunham outros povos, cujos deuses não passavam de ídolos, e cuja vida era regrada por um código moral superficial, que os colocava cada vez mais distantes do verdadeiro Deus.
Olhando para o percurso tenebroso e árduo do deserto, o povo de Deus poderia sentir-se também tentado a usar outros meios para alcançar a terra prometida, ou ainda poderia cogitar a possibilidade de fixar residência em outras terras, convivendo com outros povos estranho ao conhecimento de Deus. Mas Moisés adiantou ao povo de Israel por meio da narrativa de Gn 12.10-20, que essas ações ao invés de benéficas, seriam contrárias a intenção divina, e que a ordem do Criador é que seu povo confie na Aliança e em suas promessas.
No mesmo sentido, o Espírito Santo conecta-nos a essa narrativa, pois somos a continuação daquela menção feita por Deus à Abrão de que através dele, todos os povos da terra seriam abençoados (Gn 12.3) com a salvação. Frente às ameaças desse mundo, podemos achar que vias mais "fáceis" podem ser uma opção viável para encurtar o caminho entre nós e a salvação, que muitas vezes confundimos simplesmente com sobrevivência às próprias ameaças. Incertezas políticas, caos econômico, perseguição ideológica, as ameaças parecem ser tão sérias quanto um faraó que pode querer nos matar, como foi no caso de Abrão. Mas a resposta esperada do povo de Deus, como nos mostra o texto, não são os atalhos possíveis mas a fé certa no Deus que nos prometeu salvo-conduto até a chegada na terra prometida.
As paradas que a igreja faz durante sua jornada nesse mundo, não podem nos encantar mais do que a Canaã Celestial que nos fora prometida. O caminho é longo difícil, nossa fé às vezes esmorece, mas a certeza da chegada não depende do quanto nossa fé é forte, mas de que Deus é fiel, e nos prometeu que chegaríamos.
Conclusão
Gênesis 12.10-20 nos mostra com Israel foi exortado pela história de Abrão a não esmorecer na fé nas promessas de Deus, assim como nós somos lembrados hoje de que, aquele que prometeu a redenção está nos levando debaixo da sua providência para lugar que ele designou: a mansão celeste preparada por Cristo. Hoje habitamos em tendas, peregrinando, mas logo logo, fixaremos residência da Cidade cujo arquiteto e artífice é o SENHOR Jesus, Deus de Abrão.