O DEUS QUE CURA

O MILAGRE DE CRER  •  Sermon  •  Submitted
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INTRODUÇÃO

Imagine esta cena: Um casal está saindo do hospital, com semblante tão radiante que não consegue disfarçar tamanha luz. Isso por conta do que a esposa carregava nos braços. Uma linda menina, rostinho rosado, toquinha na cabeça e corpinho bem agasalhado. Estavam felizes pela chegada da primeira filhinha. Na saída do hospital, eles encontram uma amiga sentada na recepção. Ela logo se aproxima e os parabeniza pelo nascimento da pequena. Indagada sobre o que a levara a estar ali no hospital, ela conta que estava preocupada com um incômodo sentido durante aquela semana. O casal deseja melhoras, a amiga deseja felicidades, e eles se despedem.
A história segue de forma distinta. O casal vive os melhores dias de suas vidas. Passam os anos e a fala deles é: “tempo, vai com calma!” Eles querem saborear devagar a alegria da vida. A mulher segue seus dias dizendo: “tempo, passa depressa!” Ela vive dias de dores, marcados por uma enfermidade que não lhe dá trégua, e tira sua alegria.
Doze longos anos se passam, e a pequena menina agora é uma linda jovenzinha, e a mulher uma amarga senhora desiludida. Só que, de repente, a menina sente dores, e é levada às pressas ao hospital. Depois de doze anos, o casal volta ao mesmo hospital, vê sua filha sendo internada, e ali encontra a mesma amiga, aguardando mais uma sessão de quimioterapia. Estão, depois de doze anos, todos juntos no caminho da dor!
Claro que toda essa narrativa é fruto da minha imaginação, para apresentar com um pouco mais de realismo um drama acontecido nos nossos dias, semelhante ao drama verídico ocorrido no texto bíblico que leremos.
lc8.40-44
Lucas 8.40–44 NVI
Quando Jesus voltou, uma multidão o recebeu com alegria, pois todos o esperavam. Então um homem chamado Jairo, dirigente da sinagoga, veio e prostrou-se aos pés de Jesus, implorando-lhe que fosse à sua casa porque sua única filha, de cerca de doze anos, estava à morte. Estando Jesus a caminho, a multidão o comprimia. E estava ali certa mulher que havia doze anos vinha sofrendo de hemorragia e gastara tudo o que tinha com os médicos; mas ninguém pudera curá-la.Ela chegou por trás dele, tocou na borda de seu manto, e imediatamente cessou sua hemorragia.
Jesus e os discípulos retornam de Gadara para Cafarnaum. Em Gadara Ele fora expulso, pois o povo de lá preferiu doer-se pelo prejuízo com os porcos que envolver-se com o lucro da vida com Cristo. A região de Cafarnaum era o centro das atividades do ministério de Jesus. Ali, à beira-mar, Ele realizara vários milagres. Possivelmente isso atraiu um chefe da Sinagoga e uma mulher anônima para junto de Jesus.

DUAS HISTÓRIAS DE SOFRIMENTO

Jairo estava atormentado pela possibilidade de perder a filha que estava à morte. “… Então um homem chamado Jairo, dirigente da sinagoga, veio e prostrou-se aos pés de Jesus, implorando-lhe que fosse à sua casa” (v.41) Do outro lado do mar, imploraram para que Jesus os deixasse. Desse lado, Jairo clamava para que Jesus estivesse dentro da sua casa. O nome “Jairo” significa “Deus ilumina”, porém naquele momento, ele vivia uma mudança que passava da luz com cores vivas para trevas de morte. O iluminado Jairo estava na escuridão, e a alternativa era buscar a luz do mundo para socorrê-lo, pois “sua única filha, de cerca de doze anos, estava à morte” (v.42). Jesus atende ao chamado de Jairo e segue até sua casa. Jesus jamais recusa o clamor vindo de um coração sincero. Só que “estando Jesus a caminho, a multidão o comprimia”, e surge uma mulher anônima que sofria há doze anos de uma doença terrível. Aqui vemos as histórias se encontrarem depois de doze anos. A mulher viu há doze anos nascer uma doença terrível, que lhe tirara o carinho de todos e lhe fizera perder suas riquezas. Jairo viu há doze anos nascer uma menina adorável, que tinha o carinho de todos e era a riqueza da família.
LC8.43
Lucas 8.43 NVI
E estava ali certa mulher que havia doze anos vinha sofrendo de hemorragia e gastara tudo o que tinha com os médicos; mas ninguém pudera curá-la.
Depois de doze anos de alegria, Jairo via sua filha doente, quase à morte. Depois de doze anos de tormentas pela impureza cerimonial que deixava aquela mulher à margem na sociedade, e perdas financeiras, a mulher anônima estava prestes a ter sua vida transformada. Assim são as

NOSSAS HISTÓRIAS DE SOFRIMENTO

Cada um de nós carregamos nossas histórias, e em todas elas temos um personagem certo, mas que não sabemos lidar com ele: o sofrimento. Tim Keller escreveu um livro chamado “Caminhando com Deus em meio a dor e sofrimento”. Na apresentação do livro em um vídeo para a Editora Vida Nova, ele disse: “conheço alguém que uma vez fez sua dissertação de PhD sobre o mal e sofrimento na vida de Jó, mas quando coisas ruins aconteceram com ele, não soube como aplicar os ensinamentos em sua vida”. Sofrimento não fica no campo teórico, mais cedo ou mais tarde ele nos alcança. Na mulher veio cedo, na menina mais tardiamente, mas veio! O que fazer quando o sofrimento nos alcança, subtrai nossos recursos, nossa força, nossa esperança, nosso chão? O que fazer quando o sofrimento vem através de uma enfermidade física, e o delivery mais frequente é o da farmácia? Quando as buscas no google são sobre a doença, e o trajeto no GPS é do hospital? E quando as doenças emocionais como depressão e ansiedade gritam dentro de nós suplicando o fim da vida? Muitos aqui podem estar enfrentando um momento de trevas espessas, ou sabem de alguém que está enfrentando. É hora de exercitar o milagre de crer.
ILUSTRAÇÃO: Um amigo meu chamado Zazo Araújo tem uma história de sofrimento que ele compartilha há anos. Ele era Sargento da aeronáutica, e deixou tudo para servir integralmente no Reino de Deus, que era seu maior desejo. Começou a viajar com sua banda em vários projetos missionários, gravou vários cd´s e estava feliz servindo a Cristo apesar das dificuldades. Certo dia, em 2007, quando estava em férias no sul do país, começou a sentir dores, parecida com gastrite. A médica disse que a região era no abdômen, e o enviou para um especialista. Antes de ser atendido, ele sentiu uma dor mais forte ainda, durante a madrugada, que parecia que iria morrer. Foi levado ao hospital e sua esposa conta que ele entrou em coma no centro cirúrgico. Ao abrirem para a cirurgia, viram que não tinha o que fazer, pois o câncer havia perfurado o intestino, os órgãos estavam entrando em falência. Fecharam e comunicaram que a morte do Zazo era questão de horas. Foi tudo muito rápido!
E você? Há quanto tempo convive com uma doença física, emocional ou espiritual? Doze dias? Doze meses? Doze anos? Não importa o tempo. Importa que devemos ter fé que

JESUS INTERVÉM NO SOFRIMENTO

A mulher anônima do nosso texto sabia que era cerimonialmente impura, que não poderia estar naquela aglomeração e corria risco de ser descoberta e expulsa dali. Mas ela tinha uma fé intrínseca, que a moveu a correr riscos para alcançar a cura. Ela trama um plano e parte para a execução. “Ela chegou por trás Dele, tocou na borda de seu manto” (V.44a). Sua intensão era tocar Nele e sair despercebida, mas curada. Era uma grande fé escondida! Tão grande que alcançou seu objetivo: “ e imediatamente cessou sua hemorragia” (v.44b). Tão grande que não poderia ficar escondida. Por isso Jesus a expõe diante de todos:
lc8.45-46
Lucas 8.45–46 NVI
“Quem tocou em mim?”, perguntou Jesus. Como todos negassem, Pedro disse: “Mestre, a multidão se aglomera e te comprime”. Mas Jesus disse: “Alguém tocou em mim; eu sei que de mim saiu poder”.
Ele deixa claro que alguém o tocou diferente, pois o dynamus saiu Dele. Aquela fala do Mestre, de certa forma levou coragem à mulher para se manifestar no meio da multidão. A impura, sem voz e sem vez, se aproxima e relata o que aconteceu:
lc8.47-48
Lucas 8.47–48 NVI
Então a mulher, vendo que não conseguiria passar despercebida, veio tremendo e prostrou-se aos seus pés. Na presença de todo o povo contou por que tinha tocado nele e como fora instantaneamente curada. Então ele lhe disse: “Filha, a sua fé a curou! Vá em paz”.
Ela prostra-se aos pés de Jesus e proclama com a boca o que Ele fez. Essa expressão de prostrar-se a Seus pés repete-se ao longo da nossa série. É o lugar mais propício para estarmos sempre em gratidão, louvor, adoração, reconhecimento ao Deus que é nosso Senhor. Ela está proclamando com a boca as maravilhas do Senhor, como fez o homem liberto em Gadara. Fomos libertos também, e não podemos ficar com nossa fé escondida. Temos que proclamar que

JESUS NOS LIBERTA DO SOFRIMENTO ETERNO

Ele nos liberta da enfermidade mais terrível que a humanidade conheceu: o pecado! A Cruz é o símbolo da nossa libertação! Ali Ele viveu o mais cruel e doloroso sofrimento, levando nossas enfermidades e nos dando a paz. Segundo Tim Keller, “na cruz, Ele foi além do pior sofrimento humano, experimentou rejeição cósmica, e uma dor que excede nossas dores tão infinitamente quanto Seu conhecimento e poder excedem os nossos” .
Ele sentiu a nossa dor, sofreu nosso sofrimento, morreu nossa morte e nos deu vida. Como não confiar em um Deus assim? Ele curou a mulher anônima e curou o Zazo. O Brasil orou pelo Zazo, e um grande milagre aconteceu. Jesus pode te curar. Espera Nele, quantos anos forem necessários, e saiba que Ele realiza é o Senhor do tempo, sabendo exatamente quando e como agir. Que Ele nos abençoe!
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