CALMA NA TEMPESTADE

O MILAGRE DE CRER  •  Sermon  •  Submitted
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SÉRIE “O MILAGRE DE CRER” (TEMPESTADE)

APRESENTAÇÃO AUTOR E LIVRO
Nossa série se baseará nas narrativas de Lucas sobre alguns milagres de Jesus. Sempre é bom conhecermos um pouco sobre o escritor da narrativa e sobre o Livro em questão. Do autor pouco se sabe, e o que se fala sobre ele não é exatamente a expressão de quem ele foi. Ele não foi discípulo, não andou com Jesus, não foi testemunha ocular dos fatos. O que se sabe dele é que era médico, muito amigo de Paulo, e que esteve com Paulo em algumas viagens missionárias (Lucas, o médico amado, e Demas, enviam saudações. Colossenses 4:14).
Como um Doutor, podemos pressupor que era um pesquisador, e usou essa habilidade para investigar acuradamente os fatos concernentes à vida de Jesus e da Igreja, pois escreveu o terceiro evangelho, podendo ser denominado mais assertivamente de médico-evangelista, e também o livro de Atos, ambos direcionados a um destinatário somente, um certo Teófilo (Eu mesmo investiguei tudo cuidadosamente, desde o começo, e decidi escrever-te um relato ordenado, ó excelentíssimo Teófilo, para que tenhas a certeza das coisas que te foram ensinadas. Lucas 1:3,4 e Em meu livro anterior, Teófilo, escrevi a respeito de tudo o que Jesus começou a fazer e a ensinar, Atos 1:1). MÉDICO-EVANGELISTA, AMIGO DE PAULO, ESCRITOR DO TERCEIRO EVANGELHO E DE ATOS.
Lendo o livro por essa ótica, vemos claramente características de alguém vocacionado para a medicina. Vemos a misericórdia presente ao incluir nos relatos pessoas discriminadas na sociedade. A quantidade de mulheres relatadas é impressionante (Ana, Isabel, Suzana, Maria Madalena, Joana, Viúva de Naim, as filhas de Jerusalém, Marta e Maria), doentes (mulher encurvada, dez leprosos, o hidrópico), os odiados coletores de impostos são representados por Zaqueu, além dos malfeitores da cruz, que que têm vez e voz só em Lucas.
Uma característica dos médicos que é muito vista em Lucas, é a habilidade de ilustrar situações, ora para esclarecer, ora para ocultar um diagnóstico complicado. Por isso, em Lucas vemos o maior registro das parábolas, que são as histórias que Jesus contava. Parece que ele se identificou com aquela bela forma de ensino do Mestre, tanto que algumas das mais conhecidas estão somente em Lucas, como o BOM SAMARITANO, A MOEDA PERDIDA E O FILHO PRÓDIGO. Nossa série vai falar sobre MILAGRES sob a ótica de um médico. Isso dá ainda mais credibilidade ao que estudaremos. Veremos pessoas com as vidas totalmente destruídas, encontrando cura e salvação em Cristo, pois “O Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”.
Nossa abordagem de hoje se baseará no tema O MILAGRE DE CRER em um Deus que acalma as tempestades. Depois veremos O MILAGRE DE CRER em um Deus que liberta, cura e ressuscita. Espero que tenhamos uma intensa visitação de Deus operando milagres em todo aquele que ousar crer Nele.
Texto básico
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Lucas 8.23–27 NVI
Enquanto navegavam, ele adormeceu. Abateu-se sobre o lago um forte vendaval, de modo que o barco estava sendo inundado, e eles corriam grande perigo. Os discípulos foram acordá-lo, clamando: “Mestre, Mestre, vamos morrer!” Ele se levantou e repreendeu o vento e a violência das águas; tudo se acalmou e ficou tranqüilo. “Onde está a sua fé?”, perguntou ele aos seus discípulos. Amedrontados e admirados, eles perguntaram uns aos outros: “Quem é este que até aos ventos e às águas dá ordens, e eles lhe obedecem?” Navegaram para a região dos gerasenos, que fica do outro lado do lago, frente à Galiléia. Quando Jesus pisou em terra, foi ao encontro dele um endemoninhado daquela cidade. Fazia muito tempo que aquele homem não usava roupas, nem vivia em casa alguma, mas nos sepulcros.
INTRODUÇÃO
Os dias de Jesus e seus discípulos eram intensos. O ministério exigia trabalho árduo no ensino através da Palavra e das ações. Jesus estava em um desses dias de incrível luta. No Evangelho de Marcos nós vemos que Jesus estava desde cedo ensinando a beira-mar a uma enorme multidão.
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Marcos 4.1 NVI
Novamente Jesus começou a ensinar à beira-mar. Reuniu-se ao seu redor uma multidão tão grande que ele teve que entrar num barco e assentar-se nele. O barco estava no mar, enquanto todo o povo ficava na beira da praia.
Depois, Marcos fala de uma reunião de Jesus com os Doze explicando-os o significado das parábolas.
mc4.10
Marcos 4.10 NVI
Quando ele ficou sozinho, os Doze e os outros que estavam ao seu redor lhe fizeram perguntas acerca das parábolas.
Aquele dia cansativo passou rápido e chegou a noite, em que Jesus, ao invés de ir descansar, resolve atravessar para o outro lado do mar.
Marcos 4.35 NVI
Naquele dia, ao anoitecer, disse ele aos seus discípulos: “Vamos para o outro lado”.
Até aqui usei Marcos para termos maior clareza de como foi o dia de Jesus, e agora seguimos em Lucas para vermos o problema que chega a eles.
DISCÍPULOS EM MEIO À TEMPESTADE
LC8.23
Lucas 8.23 NVI
Enquanto navegavam, ele adormeceu. Abateu-se sobre o lago um forte vendaval, de modo que o barco estava sendo inundado, e eles corriam grande perigo.
Como vimos, Jesus estava exausto e, tão logo partiram, Ele adormeceu. Logo veio sobre eles um forte vendaval, inundando o barco e deixando os experientes navegadores apavorados. Pavor pela intensidade jamais vista, e pela forma repentina e enfurecida que a tempestade se apresentou. Os homens que se imaginavam donos da situação pela experiência no ofício da pesca, estavam totalmente vulneráveis e certos que o pior estava por acontecer. O que fazer? A quem recorrer? Todas as tentativas de fuga são vãs, e o medo toma conta de todos. Os DISCÍPULOS EM MEIO À TEMPESTADE estavam cercados por um grande perigo.
NÓS, EM MEIO À TEMPESTADE, também estamos cercados por um grande perigo. E as tempestade nos acometem da mesma forma repentina e furiosa. Momentos em que imaginávamos “donos da situação”, mudam repentinamente e chegam com fúria, levando nossos remos, nossa prática, nossa bússola, nosso chão. Realidade doída, presente em qualquer faixa etária, em qualquer lugar, independente da classe social.
Imagine o que passou uma moça chamada Alessandra, sobrevivente do rompimento da barragem em Brumadinho. Um dia normal, controlado, em que estava pronta a mais um almoço tranquilo com a família. De repente, absolutamente tudo mudou: “A única imagem que a gente tem é como se você estivesse dentro de um liquidificador gigante, sendo girada de um lado e para o outro, e sendo esmagada por pedra, pau, ônibus, veículo, porta, tudo que estava vindo para baixo, esmagando as pessoas, quebrando tudo".
Estamos propensos a ventos, fortes ventanias e terríveis tempestades. A vida nos traz não só tempo firme e brilhante, como também negros e cruéis. Essa é a realidade da vida, e os discípulos estavam experimentando o medo e o pavor da morte, mas CRISTO ESTAVA PRESENTE NA TEMPESTADE.
LC8.24
Lucas 8.24 NVI
Os discípulos foram acordá-lo, clamando: “Mestre, Mestre, vamos morrer!” Ele se levantou e repreendeu o vento e a violência das águas; tudo se acalmou e ficou tranqüilo.
Os discípulos tentaram controlar a situação pela experiência no mar, mas não tiveram outra alternativa senão recorrer ao Cristo que estava no barco. Lucas descreve a cena com drama ao repetir o vocativo “Mestre, Mestre”, mostrando a urgência e aflição do momento. Além de clamar com aflição, eles afirmam: “VAMOS MORRER”! Logo, Ele se levantou e repreendeu o vento e a violência das águas; tudo se acalmou e ficou tranqüilo.
A certeza dos discípulos era da morte, mas Jesus é a vida que repreende o ambiente de morte em meio às tempestades. Ele tem o poder para apaziguar qualquer ambiente de guerra em nossa alma, pois CRISTO ESTÁ EM NOSSAS TEMPESTADES, E NOS CHAMA A TERMOS FÉ
LC8.25
Lucas 8.25 NVI
“Onde está a sua fé?”, perguntou ele aos seus discípulos. Amedrontados e admirados, eles perguntaram uns aos outros: “Quem é este que até aos ventos e às águas dá ordens, e eles lhe obedecem?”
A pergunta é para nós hoje: “onde está a nossa fé?” Depositamos nossa fé em várias coisas: fé na fé, nas nossas habilidades, recursos, influências, e pouco ou nada no que realmente devemos crer, ou seja, em Jesus Cristo nosso Senhor. Temos fé pequena, e só nos damos conta disso quando somos provados em meio às tempestades da vida. Onde está a prova do que esperamos?
HB11.1
Hebreus 11.1 NVI
Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.
Onde está aquilo que vem pelo ouvir?
rm10.17
Romanos 10.17 NVI
Conseqüentemente, a fé vem por se ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo.
Essa mensagem é mais uma oportunidade de Deus para que seja gerada fé em sua vida. Uma fé forte, prática, autêntica e transformadora. Própria daqueles que creem no autor e consumador da nossa fé.
hb12.2
Hebreus 12.2 NVI
tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus.
A verdadeira fé deve estar firmada em Cristo Jesus, que por amor suportou a cruz,a vergonha, o desprezo, a tempestade de uma culpa que era nossa. Ele é o poder que até os “ventos e o mar”, ou seja, os elementos da natureza o obedecem. Ele tem o controle sobre tudo! Só com Ele no barco da vida, teremos paz real.
Que ao ouvir essa mensagem, sua fé seja aquecida e fortalecida. Saiba ainda que existem muitos necessitando dessa fé, e cabe a nós proclamarmos a mensagem do evangelho para que ouçam e creiam Naquele que até os ventos e mar Obedecem.
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