IPVM no Lar | Tiago 5.16-17

Exposição na epístola de Tiago  •  Sermon  •  Submitted
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Estudo bíblico expositivo na Carta de Tiago 1.12, baseado nos comentários: Kistemaker, S. J. (2006). Tiago e Epístolas de João. (C. A. B. Marra, Org., S. Klassen, Trad.) (1a edição). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã. / Grünzweig, F. (2008). Comentário Esperança, Carta de Tiago. Curitiba: Editora Evangélica Esperança. / Calvino, J. (2015). Epístolas Gerais. (T. J. Santos Filho & F. Ferreira, Orgs., V. G. Martins, Trad.) (Primeira Edição). São José dos Campos, SP: Editora FIEL. / Blomberg, C. L., & Kamell, M. J. (2008). James (Vol. 16). Grand Rapids, MI: Zondervan. / Dibelius, M., & Greeven, H. (1976). James: a commentary on the Epistle of James. Philadelphia: Fortress Press.

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O Poder da Oração

Depois da falar sobre a oração de o seu Poder que: Alivia o sofrimento, produz canto, cura, que salva e que perdoa. Agora Tiago nos dá o exemplo.
Tiago conclui sua discussão sobre a oração ao voltar-se para as Escrituras.
Ele se refere ao profeta Elias e apresenta sua vida de oração como um exemplo para seus leitores.

17 Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu.

18 E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos.

Epístolas Gerais Capítulo 5
Há na Escritura inumeráveis exemplos do que ele pretendia provar; mas ele escolheu um que é notável, acima de todos os demais. Pois era algo imensurável que Deus fizesse com que o céu, de certa maneira, se sujeitasse às orações de Elias, a ponto de obedecer a seus desejos.
No século 1o̱, ao que parece, ele recebeu crédito por atributos sobre-humanos.
Os judeus tinham Elias em alta estima, como vemos no Novo Testamento.
Eles o consideravam como antecessor do Messias, conforme havia profetizado o profeta Malaquias, e esperavam sua volta (Ml 4.5).
Além disso, o nome de Elias tem proeminência nos quatro evangelhos.

a. Tiago diz que “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos” (comparar com At 14.15).

Com esse comentário ele revela que o profeta do Antigo Testamento era um ser humano comum, como qualquer outro; tinha que lidar com medos, períodos de depressão e limitações físicas (1Rs 19.1–9), mas Tiago também mostra que nós, como Elias, somos capazes de lançar mão do poder da oração.

b. “e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra"

Inferimos de 1Reis 18.42 que Elias orou pedindo chuva, mas não encontramos indicação em qualquer outra passagem que relate a oração de Elias pedindo seca.
Supomos que Tiago tirou essa informação das tradições orais judaicas.

c. “e, por três anos e seis meses, não choveu. ”.

Encontramos o mesmo dado no sermão que Jesus pregou na sinagoga de sua cidade, Nazaré:
Lucas 4.25 RA
25 Na verdade vos digo que muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou por três anos e seis meses, reinando grande fome em toda a terra;
De qual fonte Jesus e Tiago receberam a informação sobre a duração da seca?
O registro do Antigo Testamento mostra apenas que no “terceiro ano” da seca, Deus disse a Elias para ir falar com Acabe (1Rs 18.1).
Isso não é o mesmo que três anos e meio.
A partir de fontes gregas, sabemos que três anos e seis meses é uma expressão que, devido ao seu uso freqüente, passou a significar “durante um longo tempo”.
Assim, devemos entender a expressão figurativamente, e não literalmente.
Além do mais, o costume judaico de contar parte de uma unidade de tempo como uma unidade completa esclarece ainda mais nossa compreensão do texto.
Um exemplo que nos chama a atenção é, obviamente, a duração da morte de Jesus e seu sepultamento (do final da tarde de sexta-feira até bem cedo no domingo de manhã).
Apesar disso, esse período é contado como três dias e três noites (Mt 12.40).
Do mesmo modo, o tempo da grande fome nos dias de Elias pode não ter sido exatamente três anos e seis meses.

d. “E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos.”.

O homem é capaz de fazer coisas admiráveis, mas não pode mudar as condições do tempo.
Ainda assim, Tiago apresenta o profeta Elias como um homem que, pela oração, influenciou as condições meteorológicas.
O profeta assumiu uma postura que indica que ele orou com dedicação e, presume-se, durante algum tempo (1Rs 18.42–44).
Como resultado da oração de Elias, a seca terminou.
Deus ouviu a oração de seu servo, acabou com o período seco e deu chuvas copiosas que depois produziram uma colheita abundante o suficiente para as pessoas e os animais.
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