2 Pe 3.15-16 | IPVM no Lar

Exposição 2 de Pedro   •  Sermon  •  Submitted
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Todo o conteúdo desse estudo, foi extraído do Comentário Epistolas de Pedro e Judas, da Cultura Cristã. Aqui você encontra um breve resumo de 2Pe 3.15-16

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Exortação

3.14 A. Sejam Irrepreensíveis 3.15,16 B. Aceitem a Verdade de Deus 3.17 C. Rejeitem o Engano 3.18 D. Cresçam na Graça

B. Aceitem a Verdade de Deus

Deus se comunica diretamente com seu povo por meio de sua Palavra.
Ele pede que aceitem sua Palavra pela fé, que se apropriem da salvação através de Jesus Cristo e que guardem as Escrituras.

Salvação

15a e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor,

A fim de ser enfático, Pedro repete o que já disse anteriormente.
Mais uma vez, ele tem em mente a discussão sobre os falsos mestres que escarnecem da vinda de Cristo e do dia do juízo.
Pedro insta os leitores a raciocinarem e pensarem seriamente na razão da demora. Quer que entendam o propósito da paciência demonstrada por Deus.
Para Pedro, a razão é clara: “e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor".
No lugar da palavra Deus, ele usa “Senhor”. A paciência de Deus, portanto, resulta em conceder ao povo um período estendido de graça.
Deus está esperando pacientemente que o pecador se arrependa e herde a salvação.
Pedro chama a graça de Deus que conduz à salvação de “longanimidade” (2Pe 3.9).
2Pedro 3.9 RA
9 Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.
Ele faz a pergunta retórica:
Romanos 2.4 RA
4 Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?
Todavia, quando o período da graça chegar ao fim, a porta que leva à salvação será fechada.

Sabedoria

15b como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada,

a. Paulo e Pedro.

Exceto pelo incidente em Antioquia, no qual Paulo repreendeu Pedro por ceder à pressão dos judeus e não comer com os cristãos gentios (ver Gl 2.11–14), o relacionamento entre Pedro e Paulo era harmonioso.
Gálatas 2.11–14 NVI
11 Quando, porém, Pedro veio a Antioquia, enfrentei-o face a face, por sua atitude condenável. 12 Pois, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, ele comia com os gentios. Quando, porém, eles chegaram, afastou-se e separou-se dos gentios, temendo os que eram da circuncisão. 13 Os demais judeus também se uniram a ele nessa hipocrisia, de modo que até Barnabé se deixou levar. 14 Quando vi que não estavam andando de acordo com a verdade do evangelho, declarei a Pedro, diante de todos: “Você é judeu, mas vive como gentio e não como judeu. Portanto, como pode obrigar gentios a viverem como judeus?
Paulo menciona Pedro com freqüência em 1Co 1.12; 3.22; 9.5; 15.5 .
Ele também passou quinze dias com Pedro em Jerusalém (Gl 1.18).
Além disso, declara que Pedro é um apóstolo aos judeus (Gl 2.8) e uma coluna da igreja (Gl 2.9).
Por fim, os dois se encontram no Concílio de Jerusalém, ambos falando sobre a missão aos gentios (At 15.6–21).

b. Nosso querido irmão.

Pedro não guarda ressentimentos para com Paulo pela correção que recebeu em Antioquia e por ver o incidente registrado na carta de Paulo aos Gálatas.
O apóstolo não tem medo de admitir seus próprios erros.
Pedro considera Paulo um irmão amado.
Temos a clara impressão de que há um relacionamento caloroso entre Pedro e Paulo.
Observe também que Silas, que era companheiro de trabalho de Paulo (At 15.40; 16.22–40), auxilia Pedro como escriba e, possivelmente, como portador de sua carta (1Pe 5.12).

c. As cartas de Paulo.

Pedro introduz a oração "como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu", relacionando-a à palavra igualmente, que se refere ao versículo anterior (v. 15a).
Por esse motivo, os estudiosos procuraram nas cartas de Paulo uma referência clara à paciência de Deus como a salvação do homem.
Tendo em vista que Romanos 2.4 é um paralelo do versículo 15a, eles sugerem que a carta de Paulo aos romanos deve ter sido enviada aos leitores de 2 Pedro.
Alguns estudiosos entendem, pelas informações indiretas dessa carta, que se tratava de uma epístola enviada para todas as igrejas (ver Rm 16.4).

Escrituras

16 ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles.

Fazemos os seguintes comentários:

a. Escrever.

“ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas”.
Apesar de uma tradução literal trazer a palavra falar, o sentido pede que o verbo seja escrever.
Mais importante do que isso, porém, é que Pedro e Paulo estão dizendo a mesma coisa sobre o dia do Senhor e a paciência de Deus para com o pecador.
Podemos concluir que, na época de Pedro, a igreja tinha uma coleção de cartas paulinas que eram aceitas como canônicas (ver v. 16b).

b. Entender.

“nas quais há certas coisas difíceis de entender”.
Pedro informa aos seus leitores que ele tem dificuldades de entender os ensinamentos de Paulo (algumas passagens das epístolas de Pedro também não são assim tão fáceis de se explicar), mas a questão é que Pedro reconhece que Paulo informa os crentes sobre a vinda de Jesus Cristo, a revelação sobre a iniqüidade do homem.
O próprio Paulo está ciente do conteúdo difícil de suas cartas. Assim, ele relata o que o povo de Corinto está dizendo sobre ele: “As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes; mas a presença pessoal dele é fraca, e a palavra, desprezível” (2Co 10.10).

c. Distorcer.

“ que os ignorantes e instáveis deturpam”.
Mais uma vez Pedro fala dos falsos mestres. Ao longo de toda a história da igreja, pessoas têm distorcido os ensinamentos de Paulo.
Pedro repete seus comentários sobre esses proclamadores do engano que seduzem as pessoas instáveis e desinformadas (2Pe 2.14,18).
Juntos, eles distorcem o significado das Escrituras, de modo que a verdade da revelação de Deus é transformada em uma mentira.
Assim como torturadores fazem uma vítima sofrer até dizer o oposto da verdade, também os falsos mestres tomam as Escrituras e distorcem sua mensagem.

d. Destruir.

“como também deturpam as demais Escrituras”.
Falsos mestres que não têm nenhuma consideração pela santidade das Escrituras e que distorcem a intenção de seu sentido “apressam-se rumo à sua própria ruína”.
No final das contas, deparam-se com Deus, que se revelou na sua palavra e que volta às Escrituras contra seus adversários para sua própria destruição.
Do ponto de vista do Novo Testamento, o termo Escrituras aplica-se a todo o Antigo Testamento e é entendido como a Palavra inspirada de Deus.
Assim, Jesus e os apóstolos apelavam para a autoridade das Escrituras, usando com freqüência a expressão está escrito (ver, por exemplo, Mt 4.4).
Pedro coloca as epístolas de Paulo no mesmo nível das Escrituras.
Ele expressa não apenas sua avaliação pessoal das cartas de Paulo, mas também a opinião da comunidade cristã da época.
O próprio Paulo diz aos seus leitores que está consciente da inspiração e de que suas epístolas são revelação de Deus. Assim, Paulo escreve: “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito” (1Co 2.10), afirma que “em mim Cristo fala” (2Co 13.3) e observa que os tessalonicenses aceitaram seus ensinamentos “não como palavra de homem, e, sim, como em verdade é, a palavra de Deus” (1Ts 2.13).
Por último, o próprio Pedro escreve de maneira decisiva sobre as Escrituras como obra de Deus e do homem: “homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (1.21). Por isso, Michael Green faz a pergunta retórica: “Como pode alguém negar a aplicabilidade igual do termo [Escritura] aos autores proféticos e apostólicos quando a autoria final do Espírito de Deus é afirmada por ambos?

"para a própria destruição deles."

para a salvação nossa.
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