Porque pessoas boas sofrem?

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Qual a razão de pessoas boas sofrerem? A justiça de Deus não é retributiva, coisas boas acontecem a pessoas ruins e coisas ruins acontecem a pessoas boas.

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Uma das questões mais profundas do livro de Jó é: quem causou o sofrimento de Jó? Há uma resposta clara, dada ou assumida por Jó, por seus três “confortadores”, e pelo narrador inspirado por Deus. Essa resposta é expressa claramente no final do livro, onde o narrador descreve como a família e os amigos de Jó “o consolaram acerca de todo o mal que o Senhor lhe havia enviado ” (Jó 42:11).
O Senhor, Deus do pacto, é quem trouxe esses sofrimentos sobre Jó. Ele não simplesmente os permitiu; Ele os causou (o verbo em Hebraico aqui indica causalidade). Jó mostra que ele sabe que é verdade quando ele diz: “…e o Senhor o tomou” (Jó 1:21). Ele reitera essa convicção quando diz para sua esposa: “receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal?” (Jó 2:10). Dizendo isto, o narrador inspirado indica que “Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma….Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” (Jó 1:22; Jó 2:10). Jó acredita que Deus fez isso; e Jó está certo em acreditar nisto.
O livro de Jó apresenta, no mínimo, três possíveis explicações para o sofrimento dos justos. Em primeiro lugar, Deus não é justo e bom. Os fiéis passam por sofrimentos porque Deus é, pelo menos, parcialmente mau.
Bíblia de Estudo Nova Tradução na Linguagem de Hoje INTRODUÇÃO

Os amigos de Jó, nas suas falas, refletem o pensamento corrente naquele tempo, segundo o qual o sofrimento é sempre resultado de pecado. Se Jó está sofrendo, é porque pecou. A justiça de Deus, diziam eles, se manifesta nisto: ele castiga as pessoas más e cobre de bênçãos as pessoas boas

Bíblia de Estudo Nova Tradução na Linguagem de Hoje INTRODUÇÃO

Jó também acreditava na justiça de Deus. Mas, no seu modo de pensar, Deus estava sendo injusto para com ele. Por ser um homem bom, que “procurava não fazer nada que fosse errado” (1:1), ele não merece ser castigado. De outro lado, em outras partes do AT estão registradas queixas de uma aparente injustiça cometida por Deus quando deixa de punir pessoas que têm cometido maldades (Sl 73; Ec 3:16–4:3; Jr 12:1–4; Hc 1:2–4).

Segundo, os justos sofrem porque Deus não é soberano, e o sofrimento está além do seu controle.
Terceiro, Deus é bom e soberano, mas meras criaturas nem sempre podem entender as obras de sua soberana bondade. Seus caminhos fogem tanto à análise humana que não se podem sondá-los plenamente. No caso de Jó, o primeiro capítulo nos dá um vislumbre das razões de Deus para o sofrimento de Jó. Deus e Satanás travam um desafio que implicava testar a fé de Jó. Contudo, como na maioria dos casos, Jó sofre sem ter um mínimo sinal que seja do que está acontecendo no céu.
Bíblia de Estudo Nova Tradução na Linguagem de Hoje INTRODUÇÃO

Tanto Jó como os seus amigos não sabiam que os sofrimentos dele estavam sendo causados por um desafio que Satanás tinha feito a Deus. Satanás diz que Jó é fiel a Deus enquanto vive na prosperidade e é coberto de bênçãos. Mas, se lhe acontecerem desgraças e sofrimentos, ele amaldiçoará a Deus. E cabe a Satanás provar se a fidelidade de Jó é ou não uma questão de interesse próprio. Jó passa pelas provas e não amaldiçoa a Deus. Depois, na conversa com os amigos, ele reclama contra Deus (6:4; 13:25), mas, no final, se arrepende (42:6) e volta a confiar inteiramente nele.

No prólogo nós temos uma análise da perspectiva divina, enquanto nos cápitulos seguintes nós temos uma perspectiva humana.
Como a maioria das pessoas que no conselho divino. Ele confronta o uso indevido que seus amigos fazem da sabedoria, proverbial, uma vez que eles declaram que todo o sofrimento é resultado direto do pecado humano “E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” Jo 9.2. Os conselheiros de Jó acreditavam que a aflição de Jó era proporcional ao seu pecado. Porém, como explica o livro, eles estavam errados. Eles comumente interpretavam e aplicavam mal as Escrituras - até o próprio Jó caiu nessa armadilha. Consequentemente, nem Jó e nem seus amigos eram confiáveis como fontes independentes do Antigo Testamento ou da teologia cristã. Quando Jó ou os conselheiros estão de acordo com a teologia normativa, suas afirmações podem ser aceitas. Mas quando as suas doutrinas teológicaas opõem-se às do restante das Escrituras, elas devem ser rejeitadas como falsas doutrinas.
Jó se queixa a Deus usando a linguagem de uma disputa legal. Jó luta com Deus e compartilha abertamente com ele todas as suas dúvidas e temores.
Jó não é repreendido como alguém que está sofrendo por causa dos seus pecados, mas é humilhado na presença do Senhor como alguém que luta demais pela sua própria justificação e não o suficiente pela justificação de Deus. Jó nunca descobre exatamente por que está sofrendo, somente que a sua dor está dentro da vontade soberana de Deus e que Deus espera a sua confinça e lealdade. Depois de seus olhos terem visto o Senhor e ele ter-se arrependido no pó e nas cinzas, Jó chega a compreender a boa notícia de que Deus está assentado soberanamente no seu trono e que, no final, recompensa os que se apegam a ele nos momentos de aflição.
Bíblia de Estudo Nova Tradução na Linguagem de Hoje Capítulo 1

O sofrimento das pessoas boas é um mistério. Os amigos de Jó pensavam, erradamente, que ele sofria porque havia pecado, mesmo em segredo, e que o resultado disso era o castigo divino. Jó, por sua vez, pensava que, no seu caso, Deus estava cometendo uma injustiça. Mas, nas respostas de Deus a Jó, o autor do livro torna claro que a sabedoria e as ações do Deus Todo-Poderoso não podem ser compreendidas pelo ser humano, que é limitado. Há mistérios, como, por exemplo, o sofrimento de certas pessoas, que nós não podemos entender. Os que sofrem assim têm de se conformar com o que Deus faz. Ele dirige todas as coisas, embora suas decisões, às vezes, estejam além da nossa capacidade de entender. Assim, Jó, no final, tem um encontro com Deus. E, quando Deus fala, a palavra divina leva Jó a adotar uma atitude de humildade e de aceitação de uma situação que o seu limitado entendimento não pode compreender nem explicar.

*

“O pai quer que nós, a quem escolheu por filhos, sejamos conformados a Cristo, o Primogênito, como se fez necessário que ele primeiro sofresse, e então por fim entrasse na glória a si destinada (Lc 24.26), assim também nós, por meio de muitas tribulações, nos importa entrar no reino dos céus [At 14.22]. […] somos conformados a seus sofrimentos, para que cheguemos plenamente à semelhança da ressurreição dos mortos.“
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 1

7 para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo;

Nem toda curiosidade será satisfeita, porque quer que a gente saiba, apenas aquilo que a Bíblia nos revela e não tem muita coisa a respeito daquilo que você quer saber (Rev. Heber Carlos de Campos Jr.)
Satanás é o estranho servo para fazer a vontade de Deus, afligindo Jó. Satanás faz isso por malícia; O Senhor  faz por amor a Sua glória.
Tiago
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 1

2 Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, 3 sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. 4 Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.

Almeida Revista e Atualizada Capítulo 12

8 Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. 9 Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo

Perfurado para um Propósito Assim como os de Paulo, nossos espinhos nos enfraquecem. Às vezes eles são visíveis para os outros, mas muitas vezes estão escondidos da visão pública, conhecidos apenas por aqueles que nos conhecem melhor. O espinho machuca, humilha, entristece, por isso pedidos pra Deus removê-lo.
Mas é assim que nossos espinhos devem ser. Porque, se fossem nobres e heróicos, se aprimorassem nossa reputação, não nos ajudariam em nada nos proteger de nosso orgulho difundido. É por isso que, como com Paulo, Deus frequentemente responde aos nossos pedidos de libertação com um “não”. Porque sem o espinho, nunca experimentaríamos que “a graça [de Deus] é suficiente para [nós]”, que o seu “poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12:9).
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 24

32 E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?

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