VERDADEIRO AMOR

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O amor de Deus é o padrão do verdadeiro amor

Notes
Transcript
1João 4.10 RA
Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.
Introdução
1jo 4.1
Amor: uma palavra desgastada. Normalmente associada a um sentimento romântico, à afeição profunda. O amor dos filmes, dos contos de fada. Amo chocolate.
Problema: nem sempre com o compromisso que o amor exige. Relacionamentos superficiais e passageiros. Amor que não gera ação.
“Eu amo a Deus” - o que isto significa?
Pior quando pensamos no nosso relacionamento com Deus: um relacionamento utilitário, frio, sem compromisso. Egoísta, no sentido de que eu amo a Deus enquanto isto me serve - sem cobranças, enquanto ele faz tudo o que quero, o que me agrada.
O nosso “eu te amo”, seja usado para Deus ou para o nosso próximo, é carregado de insinceridade. Nós não sabemos amar e precisamos aprender.
Explicação
João está escrevendo a pessoas influenciadas por uma falsa ideia: Jesus não pode ter vindo em carne, porque o corpo para nada aproveita. E se o corpo para nada aproveita, o que faço com ele não importa. Logo, sem comprometimento ético, inclusive em amar.
Ponto central: o amor de Deus, revelado em Cristo, é o padrão do verdadeiro amor

VERDADEIRO AMOR

As características do amor de Deus: é incondicional, toma a iniciativa, é exigente.

É incondicional

“Não que nós tenhamos amado a Deus”
Originalmente, um pacto de obras: Deus cuidaria do homem e o homem, em resposta obedeceria livremente a Deus. Deus não impõe condições, exceto que o homem o obedeça e confie nele
O homem escolhe a rebelião, a independência - o desejo de que Deus morra. A Lei, evidência que o homem é incapaz de cumprir sua parte.
Eu nada tenho a oferecer a Deus pelo seu amor. Inclinação ao mal, que leva à cobiça e por fim à prática do pecado.
Estou morto, pobre, cego e nu. Sou um miserável diante de Deus, um mendigo espiritual
A falsa ilusão de que a religião pode me aproximar dele, como se eu pudesse manipular a Deus por meio de rituais ou ofertas (magia)
A ilusão moderna: o homem nasce bom, a sociedade o corrompe. A verdade bíblica: o homem nasce corrupto, e por isso a sociedade é má. Faltam exemplos da maldade humana?
Mas o que temos de bom? Vem do Senhor, fruto de sua graça comum, que preserva o mundo apesar de nós
Como então solucionar o problema do relacionamento?
A obediência perfeita de Cristo, para que Deus pudesse me amar independentemente dos meus méritos. Sou suprido pela riqueza de Cristo.
Não conseguimos amar a Deus abrangentemente
2Coríntios 8.9 RA
pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.
Por causa de Cristo, Deus pode dedicar a mim um amor que não depende de mim mesmo, um amor que é incondicional.
Como eu posso viver agora?
Vida com confiança, que não busca obedecer por medo, mas por se saber amado.
Se é incondicional:
Posso me achegar a ele como estou, sabendo que este amor irá me acolher, me perdoar, me transformar
Não preciso viver com a culpa do passado. O amor de Deus cobre uma multidão de pecados.
Posso experimentar um relacionamento verdadeiro na adoração, não por medo ou por constrangimento, nem tentando manipular a Deus pela religião, pois sei que ele não pode ser manipulado
Posso aprender a amar os outros como são, decidindo amar o meu próximo incondicionalmente, como Deus me ama
Vida com confiança, que não busca obedecer por medo, mas por se saber amado - ainda mais por sabermos que ele toma a iniciativa de vir até nós

Toma a iniciativa

“… mas em que ele nos amou...”
Ele nos a
Como deveria ser?
O relacionamento com Deus: planejado como um encontro, um movimento de duas partes uma em direção da outra. O encontro ao final da tarde no Éden.
O pecado: uma das partes foge, se esconde, nega o relacionamento. Culpa, vergonha, medo.
Por isso o homem passa a ver o Senhor como um inimigo temível e terrível, não como um Pai
Por isso o homem, ciente da sua indignidade, reluta em se aproximar de Deus
Por isso o homem, carregado de culpa, quer negar a existência de Deus - pois ele sabe, ainda que inconscientemente, que precisa prestar contas de seus atos.
“A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros nesta vida” (Vinícius de Moraes). Parafrasear no relacionamento com Deus.
Mas a outra parte vem em direção, se move em socorro
No Éden: “Adão, onde você está? O que você fez?”
No Egito: “ouvi o clamor do meu povo”
Na época dos juízes: “o Senhor ouviu a aflição do seu povo e levantou...”
Jesus, a evidência maior de que Deus se move em direção ao homem caído.
Jesus, a evidência maior de que Deus se move em direção ao homem caído
Deus entra na história para mudar a história do homem.
Identificação, miséria, sofrimento. Um de nós para sermos como ele
Livre iniciativa em oferecer-se para a cruz. Ninguém o obrigou, ninguém tomou a sua vida - ele a deu espontaneamente.
Se Deus tomou a iniciativa em se aproximar de nós
Tomemos a iniciativa de nos aproximarmos dele. Entrega de vida (enfatizar). Oração, comunhão com ele, sabendo que o caminho ao trono da graça está aberto.
Tomemos a iniciativa de nos aproximarmos dos irmãos. Empatia - a dor do outro como dor minha.
Tomemos a iniciativa de nos “encarnarmos” no mundo, exibindo a luz de Cristo que afasta as trevas, sendo o sal que dá sabor e conserva. Uma igreja não mais de “torre de cristal”, mas povo de Deus entre os povos. A tragédia da cracolândia é a minha tragédia.
Tomar a iniciativa de ir em direção a ele. Coração transformado, que se inclina a obedecer.

É exigente

É exigente

“… e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”
Como deveria ser?
O relacionamento com Deus deveria ser, com todos os homens, um relacionamento de amor filial, com toda a afeição, honra e respeito que filhos devem aos seus pais. Um relacionamento de liberdade, com consciência sobre com quem estamos lidando.
O pecado faz perder de vista o caráter de Deus, tanto como Pai quanto como Senhor. Irreverência (Stalin, sacudir os punhos), destemor (não das consequências do pecado, mas de desonrar a Deus), blasfêmia (ao afirmar crer em Deus como maioria, mas sem viver de acordo com a fé). Deus seria justo se nos inocentasse, se não exigisse o que lhe é devido como Pai, como Senhor?
A ira de Deus contra o pecado humano é justa. Reconhecer, o primeiro passo para entrar em um relacionamento com ele
Somos por natureza réus que esperam uma condenação certa
O amor de Deus é um amor exigente, um amor firme, que demanda uma atitude correta diante de Deus. Deus não é um pai permissivo, que tolera tudo o que o filho faz.
O amor de Deus reverte a expectativa de condenação. Era preciso, entretanto, conciliar amor e justiça - alguém necessitava satisfazer a justiça ferida de Deus. Jesus ofereceu-se em propiciação por nós (explicar o conceito).
Sobre ele derramou-se toda a ira de Deus contra o pecado do seu povo, para que Deus pudesse nos receber como filhos sem ofensa à sua santidade.
Estamos plenamente reconciliados (). Por Cristo temos paz com Deus ().
Romanos 5.1 RA
Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;
2Coríntios 5.18–19a RA
Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.
2Coríntios 5.18–19a RA
Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.
Romanos 5.1 RA
Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;
Se Jesus satisfez a exigência do amor de Deus em nosso lugar:
Não nos cabe acrescentar outra exigência para que Deus nos ame. Obedecemos porque somos amados, não para que Deus nos ame.
Devemos exercitar voz profética diante do mundo, revelando ao mesmo tempo a rejeição do Senhor ao pecado, mas a sua aceitação de todo aquele que abraça a Cristo como propiciação
Devemos corrigir uns aos outros em amor, a fim de nos portarmos como filhos do mesmo Pai, que ama e disciplina a quem ama.
Conclusão
O Senhor não entregou a Jesus para poder nos amar. Ele nos amava e por isso nos deu o seu Filho, para que pudéssemos ser perdoados. A cruz revela tanto a grandeza quanto a santidade do amor de Deus.
Busquei o Senhor e só então vim a saber
Que ele transformou a minha alma ao me procurar
Não é que encontrei o verdadeiro salvador
Não é que encontrei o verdadeiro salvador
Fui, sim, encontrado pelo Senhor
Fui, sim, encontrado pelo Senhor
Que ele transformou a minha alma ao me procurar
Encontro, caminho, amo; mas todo esse amor
Que ele transformou a minha alma ao me procurar
Encontro, caminho, amo; mas todo esse amor
É só minha resposta a ti, Senhor!
É só minha resposta a ti, Senhor!
Não é que encontrei o verdadeiro salvador
Pois desde muito antes, com minh’alma estavas
Pois desde muito antes, com minh’alma estavas
Fui, sim, encontrado pelo Senhor
Sempre, sempre eras tu quem me amavas.
Sempre, sempre eras tu quem me amavas.
Encontro, caminho, amo; mas todo esse amor
É só minha resposta a ti, Senhor!
Pois desde muito antes, com minh’alma estavas
Sempre, sempre eras tu quem me amavas.
Aplicação
Aplicação
Conhecer o tamanho do amor de Deus por nós nos leva a um novo comprometimento em amar também, a ele e ao nosso próximo.
Não depender de provas adicionais deste amor: Jesus é a prova definitiva. Ainda que em dificuldades, eu sei que sou amado por Deus. Pare de murmurar na dificuldade que Deus não ama você.
Não condicione o amor de Deus às suas ações - o que leva ao medo e à insegurança. Deus não pode ser movido no seu amor por você - nem mesmo pelo seu pecado. O amor de Deus não é volúvel, dependendo das condições (ILU: a namorada ciumenta). Ele não depende da sua santidade para te amar.
Responda ao amor de Deus com obediência. Quem ama quer ver a satisfação do outro, e o coração do Pai se alegra em ver filhos que buscam obedecê-lo.
Nós falamos do que amamos. O impacto do primeiro amor - fascinação, alegria, deleite. Partilhe o amor com pessoas que precisam ser amadas e aprender a amar.
Trégua de Natal é o termo usado para descrever o armistício informal ocorrido ao longo da Frente Ocidental no Natal de 1914, durante a Primeira Guerra Mundial. Durante a semana que antecedeu o Natal, soldados alemães e britânicos trocaram saudações festivas e canções entre suas trincheiras; na ocasião, a tensão foi reduzida a ponto dos indivíduos entregarem presentes a seus inimigos. Na véspera de Natal e no Dia de Natal, muitos soldados de ambos os lados - bem como, unidades francesas ainda que em menor número - se aventuraram na "terra de ninguém", onde se encontraram, trocaram alimentos e presentes, e entoaram cantos natalinos ao longo de diversos encontros. As tropas de ambos os lados também foram amigáveis o suficiente para jogarem partidas de futebol.
O amor é a arma mais poderosa deste mundo - une pessoas, reverte a miséria humana, põe fim aos conflitos. Aprendamos com Deus a amar cada dia mais e melhor.
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