2ª Parábola - A parábola do joio e do Trigo

Parábolas de Jesus  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Introdução

Nosso Senhor Jesus Cristo foi o maior professor que já passou pela face da Terra. Ele não apenas era a própria encarnação da verdade - e, portanto, o conteúdo de Seu ensino era impecável e de origem divina -, mas também era um mestre pedagogo - O grande professor - Seu estilo de ensino era extraordinário.
Mas os fariseus daquele tempo que perseguiam implacavelmente Jesus atribuiram os milagres do nosso Senhor a Satanás e isso significava dar crédito ao diabo pela obra do Espírito Santo. Visto que os fariseus sabiam disso, seu insulto abominável era uma blasfêmia direta e diabólica contra o Espírito de Deus - Lembram- se : uma das funçoes do Espírito é testemunhar da verdade (1Jo5.6).
E quando rejeitaram deliberadamente a verdade, os inimigos jurados de Cristo perderam o privilégio de ouvir a verdade plena de sua boca. Jesus se referia exatamente a isso quando disse: “A quem tiver, mais lhe será dado; de quem não tiver, até o que pensa que tem lhe será tirado” (Lucas 8:18). A mudança na maneira de ensino de Jesus foi imediata e foi dramática. A partir daquele dia, tudo que ele ensinava em público permanecia oculto de todos com exceção daqueles com ouvido dispostos a ouvir.
E então temos a segunda parábola - vamos ao texto que se encontra em: Mateus 13.24-30
Mateus 13.24–30 (NAA)
24 Jesus lhes propôs outra parábola, dizendo:
— O Reino dos Céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. 25 Mas, enquanto todos estavam dormindo, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e foi embora. 26 E, quando as plantas cresceram e produziram fruto, apareceu também o joio. 27 Então os servos do dono da casa chegaram e disseram: “Patrão, o senhor não semeou boa semente no seu campo? De onde, então, vem o joio?” 28 Ele, porém, lhes respondeu: “Um inimigo fez isso.” Mas os servos lhe perguntaram: “O senhor quer que a gente vá e arranque o joio?” 29 O dono da casa respondeu: “Não! Porque, ao separar o joio, vocês poderão arrancar também com ele o trigo. 30 Deixem que cresçam juntos até a colheita. E, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ‘Ajuntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; mas recolham o trigo no meu celeiro.’ ”
e meus irmãos não podemos deixar de colocar aqui a explicação da parábola que o próprio Jesus fez vamos mais a frente nos versos 36-43
Vamos ao texto:
Mateus 13.36–43 (NAA)
36 Então, despedindo as multidões, Jesus foi para casa. E, aproximando-se dele os seus discípulos, disseram:
— Explique-nos a parábola do joio do campo.
37 E Jesus respondeu:
— O que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38 O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino; o joio são os filhos do Maligno. 39 O inimigo que o semeou é o diabo. A colheita é o fim dos tempos, e os ceifeiros são os anjos. 40 Pois, assim como o joio é colhido e jogado no fogo, assim será no fim dos tempos. 41 O Filho do Homem mandará os seus anjos, que ajuntarão do seu Reino todos os que servem de pedra de tropeço e os que praticam o mal 42 e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes. 43 Então os justos resplandecerão como o sol, no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
Oremos -
Salmo 19.14 “14 As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!”
Após a parábola do semeador, Jesus contou outra parábola com base em uma metáfora agrícola mais uma vez. No entanto, nesta segunda parábola – sobre o trigo e o joio – Jesus introduziu um elemento que, será repetido várias vezes no restante do Evangelho de Mateus. Ele começou dizendo: “O reino dos céus é semelhante a […]”. Desde o início de seu ministério, Jesus pregou sobre tal reino (4.17), e este foi um tema importante no sermão do monte (5.3,10,19–20; 7.21). A partir daqui, entretanto, o reino passa a ser o foco principal das parábolas.
Só um ponto importante aqui que as expressões “reino dos céus” e “reino de Deus” são sinônimas. Por ser judeu, e pregar para judeus - Mateus tinha consciencia quanto ao uso do nome de Deus e, por este motivo, preferia referir-se ao reino dos céus. Por que, entretanto, esta expressão foi escolhida, e não outra? O reino de Deus é o domínio sobre o qual ele reina como Monarca soberano, mas o local original desse reino é o céu.
Quando Jesus veio, ele anunciou a chegada do reino celestial a este mundo. Foi como se ele estivesse invadindo território inimigo, expandindo as fronteiras do céu. Então era muito apropriado falar sobre a chegada desse reino.
Mateus diz: Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se (v. 24–25). Irmãos esse ato sobre o qual Jesus falou aqui – de semear joio, ou erva daninha, no campo de outro agricultor – era uma forma que as pessoas no mundo antigo tinham de se vingar dos inimigos. Além de semear ervas daninhas, elas, às vezes, salgavam o campo; tudo na tentativa de atrapalhar a colheita. Este tipo de atividade era um problema tão grande, que o governo romano estipulou punições para aqueles que fossem pegos no ato.
Em seguida, Jesus disse: E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio (v. 26). Os agricultores vingativos costumavam semear uma espécie de erva daninha cuja semente era quase idêntica à do trigo. No início, todos os brotos aparentavam ser iguais, de modo que não era possível discernir a presença do joio no meio do trigo a olho nu. O joio pode conter toxinas de origem fúngica que tornam as semente de joio venenosas, que, se processadas junto ao trigo podem comprometer a qualidade do produto final. O joio é sugador. Suga água, adubo, mas no final não frutifica. Só serve para ser queimado.
O servos levaram a má notícia ao mestre: Então, vindo os servos do dono da casa, lhe disseram: Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio? Ele, porém, lhes respondeu: Um inimigo fez isso (v. 27–28a). Os servos não conseguiram entender o que estava acontecendo, mas o mestre, sim. Ele sabia que havia semeado boas sementes; logo, as ervas daninhas só poderiam ser obra de um inimigo.
Jesus prosseguiu, dizendo: Mas os servos lhe perguntaram: Queres que vamos e arranquemos o joio? Não! Replicou ele, para que, ao separar o joio, não arranqueis também com ele o trigo. Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro (v. 28b–30). O mestre não fez qualquer tentativa de resolver o problema durante o crescimento da safra, a fim de que as plantas boas não fossem danificadas. Ele resolveu separar as espécies somente por ocasião da colheita, quando armazenaria o trigo e queimaria o joio.
O mundo ou a igreja?
Então, qual é o objetivo desta parábola? Felizmente, não precisamos adivinhar – assim como havia feito com a parábola do semeador, Jesus apresentou uma explicação para a parábola do trigo e do joio. Mateus escreve: Então, despedindo as multidões, foi Jesus para casa. E, chegando-se a ele os seus discípulos, disseram: Explica-nos a parábola do joio do campo (v. 36). Ao que parece, os discípulos ainda estavam se habituando a interpretar parábolas. Por isso, pediram-lhe uma explicação.
Mateus relata: E ele respondeu: O que semeia a boa semente é o Filho do Homem; o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do maligno; o inimigo que o semeou é o diabo; a ceifa é a consumação do século, e os ceifeiros são os anjos. Pois, assim como o joio é colhido e lançado ao fogo, assim será na consumação do século. Mandará o Filho do homem os seus anjos, que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes. Então, os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça. (v. 37–43). O que temos aqui, portanto, é uma imagem da obra de Jesus (“o Filho do homem”), um breve vislumbre de seu conflito com o diabo e algumas informações sobre o fim dos tempos.
Embora já tenhamos esta interpretação, existe um conflito milenar quanto ao verdadeiro significado da parábola. Será que ela se refere ao mundo em geral ou será que ela está falando especificamente sobre a igreja? Quando olhamos para os termos empregados na parábola, entendemos por que é difícil escolher entre estas duas opções. Não há qualquer argumento indicando que o semeador da parábola seja o próprio Cristo. Porém, lemos em seguida que “o campo é o mundo”, o que leva alguns comentaristas a afirmar que Jesus estava falando sobre semear a semente do reino de Deus – a semente que produz o fruto da salvação – ao mesmo tempo em que o diabo semeia sua semente para atrapalhar o reino de Deus e estancar seu crescimento.
Esta é uma interpretação possível, mas o restante da parábola é nitidamente semelhante ao ensinamento de Jesus a respeito de um problema que sempre existirá dentro da igreja nesta era. Nós já vimos este terrível alerta no sermão do monte: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus” (7.21a). A muitos que o chamam de Senhor, ele dirá: “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade” (v. 23). Este alerta foi claramente feito àqueles que professam a fé e, logo, fazem parte da igreja visível. No entanto, embora estejam dentro da igreja, não estão realmente no reino.
O problema passa a ser menos significativo quando nos damos conta de que, seja qual for o caso – mesmo se a parábola fizer referência ao plantio do reino no mundo ou ao plantio dentro na igreja – a aplicação é basicamente igual. A igreja é o lugar onde o reino de Deus é manifesto no mundo. Quando Jesus deixou este mundo e ascendeu ao céu, a última pergunta que os discípulos lhe fizeram foi esta: “Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?” (At 1.6b). Jesus respondeu: “Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade” (v. 7). Em outras palavras, ele falou que a hora exata dos acontecimentos futuros não era da conta deles. A tarefa principal dos discípulos como parte da igreja visível era testificar a presença do reino de Deus (v. 8).
É importante notar que o diabo não precisa plantar novas sementes a fim de frustrar e obscurecer a presença do reino de Deus no mundo. O joio já está cobrindo o mundo. Parece, então, que Jesus quis dizer que o esforço de Satanás é no sentido de minar o reino ao plantar joio dentro da igreja.
Esses dois fatores, então, pesam na balança para mim, a saber:
1. o que a Bíblia diz sobre pessoas na igreja que honram o Senhor com os lábios, mas cujo coração está longe dele, e
2. aquilo que a parábola diz sobre a atividade do diabo.
Creio que a parábola está falando principalmente sobre a presença do trigo e do joio dentro da igreja visível.
Lembram-se o que aprendemos pela manhã com o Lucas relacionado a história da IIgreja onde no século IV o império romana institucionaliza o cristianismo, e o que isso representou . .politicamente

Igreja: um corpo misto

O grande Agostinho afirmava que a igreja presente no mundo é sempre um corpus permixtum, o que significa simplesmente “corpo misto”. Ele estava dizendo que a igreja é uma mistura de cristãos verdadeiros e indivíduos que fizeram uma profissão de fé, mas que não são realmente regenerados ou contados entre os eleitos. Por causa desta realidade, Agostinho também introduziu a importante distinção entre igreja visível e igreja invisível. A igreja visível refere-se a todas as pessoas cujo nome aparece nos registros de determinada congregação. Já a igreja invisível refere-se àquelas que são verdadeiramente salvas.
Na época de Agustinho a igreja as pessoas imaginavam que, ele estava falando dos indivíduos que consideram desnecessário fazer parte de uma igreja local. Há pessoas que alegam ser capazes de adorar a Deus sozinhas e, por isso, nunca são visíveis – isto é, nunca são vistas dentro de uma igreja (Engraçado como até hoje ainda temos pessoas que adoram ao Senhor e insistem que pela internet, por terem ouvido um bom sermão tenham de fato certeza que fazem parte da Igreja - mesmo se não são pastoreadas, não comparecem no corpo, não recebem da benção das liçoes que o ES aplica quando a igreja se reúne, não conseguem ver que ao lado tbm existem pessoas com corações doentes que clamam por um salvador, esse tamanho desprezo pela igreja local, certamente trará consequencias graves para si, por não discernir o corpo. Meus irmãos é impossível amar o cabeça e não amar o corpo!
Todos os cristãos são chamados a ser membros de congregações, a se envolverem no corpo visível de Cristo. Naturalmente, há casos extremos de pessoas que fazem parte da igreja invisível, mas que não podem estar presentes na igreja visível. Um exemplo disso é alguém que se converte sozinho em um campo de prisioneiros, onde nenhuma expressão da igreja visível é permitida, ou se está acamado, debilitado, e nessa hora a igreja clama ao Senhor. No entanto, Agostinho argumentava que a igreja invisível existe substancialmente e principalmente dentro da igreja visível.
A igreja invisível é chamada de invisível porque o verdadeiro estado do coração, a verdadeira condição da alma – seja ela regenerada ou não – está além da nossa visão, é vista apenas por Deus. Nós enxergamos as aparências, mas Deus vê o coração (1Samuel 16.7 “7 Porém o Senhor disse a Samuel: — Não olhe para a sua aparência nem para a sua altura, porque eu o rejeitei (falando de Eliabe). Porque o Senhor não vê como o ser humano vê. O ser humano vê o exterior, porém o Senhor vê o coração.” ). Ele conhece os que são seus. Logo, Agostinho afirmou que a igreja invisível é composta pelos eleitos de Deus, a quem ele ajuntou para si quando o Espírito Santo os regenerou e passou a transformá-los em conformidade com o Filho.
Se nós fazemos parte da igreja invisível, Deus ordena que demonstremos isso. Lemos: “Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.20). Podemos gerar frutos que indiquem nossa verdadeira presença no reino de Deus, mas, às vezes, o fruto produzido é falso. Todos nós conhecemos alguém que, embora parecesse ser um cristão dedicado, acabou se desviando da fé e rejeitando tudo relacionado a ela. Como João diz fortemente la na sua carta (1João 2.19a“19 Eles saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos. Porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco. Mas eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.” . A possibilidade de decepção sempre existe, pois não temos como saber o que há na alma dos outros.

Arrancar o joio?

Se a igreja é, de fato, composta por trigo e joio, logo nos deparamos com a questão da disciplina. Os oficiais da igreja - presbitério e diaconato, têm um trabalho grande a ser feito, olhar para a comunidade entender as necessidades a membresia é colocada em discussão, não a prova, mas aos cuidados, e eventualmente vemos irmãos descuidados com suas vidas diante do Senhor, procuramos trabalhamos as vidas, sondamos naquilo que é transparente em seus corações, orientamos, mas ás vezes não é mais possível manter e comprovar sua visivel profissão de fé e algumas vezes a exclusão vem!
Talvez você esteja coçando a cabeça neste momento e dizendo: “Eu achava que só a Igreja Católica Romana excomungava pessoas.” Eu mesmo já ouvi de uma pessoa que foi excluída - COMO PODE AQUELE PASTOR TIRAR ALGUÉM DA IGREJA?” Na verdade, toda igreja é responsável perante Deus por praticar tanto a autodisciplina quanto a disciplina interpessoal (veja Mateus 18). Quando a disciplina particular falha, a disciplina da igreja deve ser exercida, mesmo em igrejas protestantes e especialmente nos casos que envolvam um pecado muito público, escandaloso e prejudicial tanto aos próprios pecadores quanto às outras pessoas e ao corpo de Cristo.
Naturalmente, a disciplina da igreja não deve ser aplicada a cada transgressão ou falha dos membros. A igreja é feita de pecadores, então já se espera a ocorrência de um pecado ou outro. Além disso, somos informados, no Novo Testamento, de que “o amor cobre multidão de pecados” (1Pe 4.8). Nós devemos exercer tolerância e paciência uns em relação aos outros, sem aplicar a disciplina da igreja de imediato por sermos contenciosos e críticos (Aqui entra a função primária de termos um presbitério…). Estamos aqui para encorajar uns aos outros, orar uns pelos outros e edificar uns aos outros, não para destruir uns aos outros.
O objetivo da disciplina na igreja é duplo. Por um lado, ela é praticada a fim de purificar a igreja do escândalo. Mas, ainda mais importante, ela é praticada para recuperar irmãos que caíram em pecado grave por muito tempo. Muitas transgressões diferentes podem exigir disciplina na igreja, mas existe apenas um pecado pelo qual alguém pode ser excluído do corpo de Cristo: a impenitência. Sempre que uma pessoa é disciplinada, há etapas ao longo do processo, e ela recebe oportunidades de se arrepender e ser restaurada a uma situação positiva na igreja. Caso não se arrependa durante as etapas da disciplina ou após múltiplas advertências, então – e somente então – ela é excluída. É claro, entretanto, que nem mesmo uma exclusão é definitiva. Se a pessoa eliminada do corpo de Cristo vier a se arrepender, ela poderá ser restaurada.
Podemos traçar a disciplina à igreja de Corinto, na época do Novo Testamento, a fim de saber como o processo se dava. Certa vez, houve um escândalo no qual um homem estava tendo relações sexuais com a mulher de seu pai, mas a congregação nada fez a respeito (1Coríntios 5.2–3 “2 E vocês andam cheios de orgulho, quando deveriam ter lamentado e tirado do meio de vocês quem fez uma coisa dessas. 3 Eu, na verdade, ainda que fisicamente ausente, mas presente em espírito, já sentenciei, como se estivesse presente, o autor de tal infâmia.” ). Aparentemente, não houve qualquer exortação, admoestação ou exercício de disciplina. Quando o apóstolo Paulo ficou sabendo disso, escreveu aos coríntios e mandou-os lidar com a questão. Então, o homem incestuoso foi disciplinado. Ele foi entregue a Satanás; isto é, foi eliminado da igreja visível. Em outras palavras, foi excluído (v. 4–5). Depois disso, o homem se arrependeu, mas os coríntios proibiram-no de voltar à igreja. Então Paulo, teve que escrever outra carta. Ele disse, (parafraseando 2Co 2.5-11): “Primeiro, vocês foram frouxos demais; agora, estão sendo muito duros. O propósito da exclusão já foi alcançado. O homem arrependeu-se. Agora, restaurem-no à comunhão”.
Esse é como se fosse um resumo da história da igreja. Às vezes, a igreja torna-se permissiva e faz vista grossa a qualquer tipo de comportamento. Em outras épocas, ela aperta as rédeas e executa uma verdadeira caça às bruxas. Foi por isso que, na parábola de Jesus, o proprietário proibiu os servos de separar o trigo e o joio antes do tempo da colheita: ele não queria que o trigo fosse prejudicado. Apenas em circunstâncias extremas é que arrancamos o joio. Nós não procuramos arrancá-lo, muito embora saibamos que ele está ali.
O fato de haver tanto salvos quanto não salvos nos bancos da igreja aos domingos é um dilema para os pastores. Eles se perguntam em qual grau deve haver evangelismo na pregação e em qual grau deve haver alimento. Algumas igrejas fazem apelo todos os CULTOS (e sobre isso o pastor Norival nos falou um pouco essa manhã, de como lidamos com os apelos, simplesmente não o fazemos, pois entendemos que o tempode restaurar é do Senhor pela palavra DELE, não minha, não no meu pressionar, não no meu empurrãozinho, nós apontamos o chamado de Cristo ao arrependimento e fé Nele somente). No entanto, a finalidade da adoração nesse momento é a comunhão dos santos.
E Pra mim - Guilherme e com acordo de meus colegas pastores e presbíteros - eu enfatizo a exposição bíblica em minha pregação, a fim de que o trigo que está sob meus cuidados possa crescer em santificação e compreensão das coisas de Deus.
Contudo, à luz desta parábola, eu reconheço que há joio presente na igreja todos os domingos e que ele precisa ouvir o evangelho. Por esta razão, procuro incluir elementos de evangelismo em minha pregação - apontando para Cristo o único meio pelo qual teremos paz com Deus. Se o Senhor quiser, espero conseguir tanto alimentar o trigo quanto ver o joio ser convertido.

Aplicação

A igreja é o local onde o reino dos céus é manifestado na terra. Não falamos que a igreja é a embaixada de Deus. O reino de Deus chegou, mas ainda não está completado/consumado. Existirá, até essa consumação, a mistura de bem com o mal neste mundo.
A igreja não se diferencia muito do mundo quando ela não está crescendo e frutificando. É necessário granar [criar grão] para que se perceba a diferença.
Como no Getsêmani, enquanto dormimos, o inimigo não dorme. A igreja é ameaçada não apenas pelos corações não preparados [disposições interiores], mas pelo mundo [disposição exterior] que milita enquanto descansamos. Estejamos atentos!
Jesus semeia a semente que produz salvação ao mesmo tempo que o diabo semeia sua semente com o intuito de atrapalhar e estancar o crescimento do reino dos céus. O mundanismo, ou a falsa religião, estão lá fora e estão [aqui dentro] contaminando as igrejas locais, uma realidade que sempre existirá até o retorno de Cristo (Mt 7.21-23). Não provocamos cruzadas*, nem montamos exércitos para a batalha neste mundo, mas confiamos na ordem do Filho do Homem de, no tempo propício, convocar os eleitos e toda a parte e julgar as nações.
Irmãos ja falei claramente sobre a disciplina na igreja, porém, tem muitas pessoas nesse mundo caído andando em desgraça, mas que um dia serão alcançadas pelo Evangelho de Cristo. Bem como, há, infelizmente, pessoas que estão hoje nos bancos das igrejas e que estarão outra vez entregues totalmente aos seus próprios pecados. Além disso, a disciplina da igreja deve ser exercida em casos que envolvam pecados impenitentes e públicos, prejudiciais aos próprios e ao corpo de Cristo. Disciplina eclesiástica faz distinção, não condenação final de não convertidos.
O semeador tem o controle de sua colheita. No tempo certo, ele fará a ceifa. Não fiquemos ansiosos, a boa semente foi plantada e o joio não irá impedir a grande colheita do Senhor
A Deus seja a honra e a Gloria para todo sempre!
Nessa parábola e em sua interpretação, diferentemente da parábola do semeador, a boa semente representa os filhos do reino - um lembrete saudável de que as imagens podem simbolizar coisas diferentes em contextos diferentes (veja o v. 33). Mas "filhos do reino" também mudou de significado em relação ao seu uso em 8:12. Lá, ele se refere àqueles que, por nascimento na raça judaica, têm o direito de esperar pelo reino messiânico, mas que, de modo geral, estão perdendo esse direito. Aqui se refere àqueles que realmente são objetos do favor messiânico e participantes do reino messiânico. Por causa deles, o "joio" agora é preservado e, na "colheita", por causa deles, o "joio" será destruído. Esse joio é "os filhos do maligno". (Sobre "filhos do", veja 5:9; e compare a expressão completa com João 8:44; 1 João 5:19). O próprio demônio é o inimigo (Mt 13:39); a colheita é o fim da era (ver 9:37; cf. Jr 51:33; Os 6:11; Joel 3:13; 4Ezra 4:28-29; 2Bar 70:2); e os colhedores são anjos (24:30-31; 25:31; cf. 18:10; Lucas 15:7; Hb 1:14; 1 Pedro 1:12; cf. também 1 Enoque 63:1).
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