Como um cristão encara as provações da vida - Tg 1.1-12
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Introdução
Introdução
Começar tocando violão desafinado.
Não precisamos dançar conforme a música da vida diária nem analisar sua melodia para perceber que muitas de suas notas são dissonantes.
Ofensas, mágoas, decepções, desânimo, doenças, sofrimento, enfermidades e a morte sempre destoam naquilo que todos desejamos que fosse um coro cheio de harmonia.
Por mais que tentemos muitas vezes reger a orquestra em busca de uma harmonia sonora, as notas dissonantes e desafinadas estão sempre doendo em nossos ouvidos.
Essa realidade de sofrimento desperta em nós perguntas que dizem respeito à justiça de Deus e ao sentido da vida.
Há milênios, grandes filósofos e teólogos têm tentado explicar a aparente incoerência entre a fé em um Deus plenamente bom e Todo-poderoso e a presença do mal e do sofrimento no mundo por Ele criado.
No final, muita gente acaba buscando maneiras de esquecer da realidade do sofrimento por meio de prazeres momentâneos: drogas, álcool, entretenimento, excesso de atividades, relacionamentos, estudos, viagens e até atividades religiosas.
Coisas como essas podem proporcionar um alivio temporário, mas que não impedem a chegada do sofrimento.
As provações da vida, ou no fim a morte, chegam a todos. Sem exceção.
Tiago apresenta um argumento inicial que muitos pregadores hoje deixariam para as considerações finais ou nem tratariam — o problema do sofrimento e das provações na vida daqueles que servem a Deus.
Conforme vimos na introdução e na saudação inicial, os leitores de Tiago estavam dispersos em sofrimento, e enfrentando dificuldades para conciliar sua nova identidade como cristãos judeus em uma cultura que desprezava não só judeus, mas também cristãos.
Em um contexto social como esse, e possível entender por que as provações levariam muitos a procurar uma alternativa mais confortável - voltar para o judaísmo ou desistir de viver a fé em Cristo.
Mas sabemos que as provações não afetaram apenas cristãos do passado, afetam você e eu em nosso dia a dia.
Tiago cumprimenta aqueles cristãos perseguidos usando uma única palavra: "Saudações" (chairo). Chairo significa literalmente alegrar-se.
2 Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações,
Assim, sem hesitar, Tiago vai direto à discussão de seu tema mais urgente as provações!
A palavra grega traduzida por "provações" é peirasmos e aparece pela segunda vez em 1.12.
Ela pode denotar as provas que desafiam a integridade da fé como em 1Pe 1.6.
6 Nisso vocês exultam, ainda que agora, por um pouco de tempo, devam ser entristecidos por todo tipo de provação. 7 Assim acontece para que fique comprovado que a fé que vocês têm, muito mais valiosa do que o ouro que perece, mesmo que refinado pelo fogo, é genuína e resultará em louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo for revelado.
Antes de tratar do aspecto dos testes impostos por essas provações, vejamos duas coisas que Tiago nos diz neste versículo sobre as provas da fé.
Primeira, ele nos diz que as provações são inevitáveis.
Observe que Tiago não diz: "Considerem motivo de grande alegria se passardes por várias provações"
Em vez disso ele diz: "Considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações."
À semelhança da própria morte, não há quem consiga escapar das provações nem evitá-las.
Há poucas coisas das quais podemos ter certeza neste mundo, mas não tenha dúvida de que os problemas, as dificuldades e os desafios à fé virão.
Em segundo lugar. Tiago nos diz que "diversas" são as provações.
Podemos achar que estamos perdendo tempo ao olhar para uma palavra que não parece importante, mas pense bem nela.
Embora possamos esperar que as provações virão, não temos ideia da forma que elas podem assumir.
A palavra grega poikilos pode significar muito, variado ou multicolorido.
Trocando em miúdos, as provações nos chegam em todas as formas e tamanhos.
À semelhança de visitas que não convidamos, elas chegam sem avisar e demoram para ir embora!
As provações podem ser frequentes e frustrantes, ou impressionantes, e mudar nossa vida. É impossível prevê-las.
Mas Tiago também afasta o véu e permite que seus leitores vejam como as provações agem em nosso interior, revelando que elas têm um propósito.
Ao traçar o caminho que os cristãos trilham ao longo da vida, Tiago afirma que a presença das provações traz resultados imediatos e extremos.
3 pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança.
Esse é o resultado imediato. O termo "prova" (dokimion) refere-se a um meio de autenticação de alguma coisa.
À semelhança de um ourives que testa o ouro em altas temperaturas para ver sua pureza e qualidade.
Deus atua de modos específicos por meio de provações na vida de cada um de seus filhos para provar-lhes a fé e revelar o verdadeiro caráter dessa fé.
Observe que o objeto da prova de Deus é "vossa fé".
Nosso Pai celestial não é nenhum cientista maluco que tenta torturar seus objetos de estudo para ver até que ponto eles aguentam.
Ele se parece mais com um preparador físico que sabe quais músculos devem ser desenvolvi-dos, que alimentos devem ser ingeridos e que horários devem ser seguidos para que os melhores resultados sejam atingidos.
O objetivo não é romper nossos músculos da fé, mas alongá-los e fortalecê-los, assim produzindo perseverança, a força para não desistir.
A perseverança é apenas o resultado inicial. Mas ela própria tem um propósito maior, "um resultado perfeito" ou, literalmente, "uma obra perfeita".
4 E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.
É como se Deus estivesse dizendo: "Em meu plano soberano, os eventos virão um após o outro, em uma sequência de testes, e sou eu quem aciona o primeiro deles — a perseverança".
A perseverança, uma vez atingida, leva à maturidade, a qual, por sua vez, conduz a um caráter plenamente maduro.
Podemos nos perguntar, quem são as pessoas donas de um um caráter cristão extraordinário?
Sempre são aquelas que aprenderam a enfrentar a vida dentro da fornalha.
É aquela mãe que perde o filho e consegue dizer a Deus: "Tu o deste, tu o levaste. Bendito seja o teu nome".
É aquele pai que, depois de anos se sacrificando pela empresa, perde o emprego e diz à família: "Hoje à noite, vamos juntos agradecer a Deus a oportunidade que Ele nos está dando para confiarmos nele".
É aquele adolescente que diz: "Não vou abrir mãos dos meus princípios, mesmo que meus colegas de escola transam antes do casamento, namoram, vivem a vida sem pudor. Vou manter meus padrões, mesmo que eu fique isolado e seja tratado como um estranho pelos meus colegas".
Essa maravilhosa qualidade se chama maturidade.
Quando nos mantemos firmes e não desistimos, vemos surgir estabilidade e solidez.
Tiago declara que as provações inevitáveis chegam de diferentes formas à nossa vida e tem propósitos específicos.
Elas desenvolvem a qualidade da perseverança e conduzem os filhos de Deus à maturidade.
O Senhor usa das provações da vida para nos fazer crescer, sair de uma fé infantilizada, que muitas vezes influenciada por uma teologia equivocada.
Ao invés de alegrar-se nas provações, não aceita enfermidades, problemas, decreta a Deus palavras de ordem, repreendem as provações, por isso muitas vezes tem uma fé infantil.
Lembre-se, a perseverança deve ter ação completa, de nos tornar maduros e íntegros, pois o evangelho de Jesus é um chamado a maturidade, para lutar, vencer, crescer e se parecer mais com Cristo.
Como sair de uma fé infantil, de murmurar e lamentar em meio as provações, para conseguir se alegrar enquanto as provações da vida surgem?
O que podemos fazer para lidar com as várias provações que cruzam em nosso caminho?
Nos versos a seguir, Tiago nos oferece conselhos práticos de como um cristão encara com alegria as provações.
5 Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. 6 Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento. 7 Não pense tal pessoa que receberá coisa alguma do Senhor, 8 pois tem mente dividida e é instável em tudo o que faz.
Tiago continua a discussão do tema e responde a uma pergunta recorrente:
Por que as provações nos abatem? Por que às vezes sucumbimos? O que nos impede de ter alegria para perseverar na vida dentro da fornalha?
A resposta é: nossa falta de sabedoria.
Portanto, quando nos sentimos sem condições de lidar com uma provação, temos uma alternativa pedir sabedoria a Deus.
Nesse contexto, sabedoria pode ser definida como a capacidade de ver a vida da perspectiva de Deus.
Tiago nos diz que esse tipo de sabedoria é fruto de oração (1.5). Pode ser uma oração simples como esta:
"Senhor, no meio dessa perda, ou sofrimento, peço que tu me concedas, sabedoria. Ajuda-me primeiro a enxergar o que estou passando pela tua perspectiva e, por favor, dá-me fé para que eu não desista".
Não há dúvida de que pode ser difícil ter fé quando estamos abatidos.
Assim como a falta de sabedoria pode ser a causa de nosso abatimento, a falta de fé pode nos fazer desmoronar.
Em 1.6, Tiago não está se referindo à fé que salva.
Ele está pensando na fé que nos sustenta o tipo de fé que nos permite perseverar no meio das provações, que alinha nossa vontade e nossa postura com a perspectiva divina e nos entrega à poderosa mão de Deus.
O contrário de fé é dúvida. Tiago compara aquele que duvida com a "onda do mar" levada pelo vento.
A palavra "onda" (klydon) é usada no Evangelho de Lucas na passagem em que os discípulos pensaram que iam morrer no meio da tempestade no mar da Galiléia.
Eles acordaram Jesus, que imediatamente "repreendeu o vento e a fúria da água (klydön)" (Lc 8.24). É interessante notar que a primeira coisa que Jesus disse depois de acalmar a tempestade foi: (Onde está a vossa fé?" (Lc 8.25).
Uma pessoa que vacila — é assim que Tiago se refere a alguém com dúvidas tão profundas (1.8).
A palavra usada por ele é dipsychos , que, ao pé da letra, significa alguém "com duas almas".
Ela remete à ideia de impureza em nosso interior. Onde deveria haver um só pensamento, objetivo, postura ou devoção, encontramos dois pensamentos que competem entre si.
Uma pessoa vacilante é alguém que deseja atender à sua própria vontade e à vontade de Deus.
Esse tipo de pessoa é inconstante em tudo o que faz.
Pare por um momento e imagine o que acontece quando uma pessoa vacilante se encontra frente a frente com uma provação que a coloca entre a cruz e o punhal!
Charles Swindoll ao comentar este versículo, conta uma história que nos ajuda a entender o que significa ser vacilante, instável.
Uma das maneiras mais fáceis e baratas de capturar um macaco é pegar uma cuia com gargalo, enchê-la de arroz e amarrá-la a uma árvore. Faminto, o macaco enfiará sua mãozinha através do gargalo para pegar o arroz.
Ele então pegará o arroz, fechará a mão e tentará puxá-la para fora, mas o punho do macaco é maior que o gargalo da cuia.
Com fome e sem capacidade de resolver o problema, ele está capturado, pois não abrirá a mão para conseguir tirá-la do gargalo.
Ele simplesmente não tem sabedoria para decidir que é melhor ser livre sem o arroz do que cativo com ele.
Assim é o cristão vacilante. Dentro da cuia está a minha vontade.
Uma parte de mim deseja viver segundo a vontade de Deus, mas a outra parte quer viver de acordo com minhas vontades.
Quando chegam as provações, eu me recuso a abrir a mão e confiar que o propósito e o plano de Deus me darão a verdadeira liberdade e alegria.
As provações atingem todo mundo, todas as classes sociais, e é importante pensarmos nisso, pois por vezes, quando possuímos recursos, nos apegamos neles na esperança de se livrar dos problemas.
Por outro lado, aqueles que não possuem recursos, não devem se vitimizar, e tão pouco murmurar.
9 O irmão de condição humilde deve orgulhar-se quando estiver em elevada posição. 10 E o rico deve orgulhar-se caso passe a viver em humilde, porque o rico passará como a flor do campo. 11 Pois o sol se levanta, traz o calor e seca a planta; cai então a sua flor, e a sua beleza é destruída. Da mesma forma o rico murchará em meio aos seus afazeres. 12 Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida, que Deus prometeu aos que o amam.
Para o pobre que continua a suportar os desafios de uma vida sem prosperidade material, a sabedoria de Deus pode fazê-lo se lembrar de sua alta posição.
Mas que alta posição seria essa?
Tiago está pensando na posição que os crentes têm em Cristo. E assim que Paulo a descreve:
6 Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, 7 para mostrar, nas eras que hão de vir, a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus.
Para o rico, as piores provações são aquelas que tiram sua riqueza ou as situações em que seu dinheiro não pode evitá-las.
Ele também acaba se lembrando da fragilidade da vida (Tg 1.10).
Se essa pessoa deixar de confiar na obra de Deus e, à semelhança do macaco agarrado ao arroz, teimar em fazer prevalecer sua própria vontade.
11 Pois o sol se levanta, traz o calor e seca a planta; cai então a sua flor, e a sua beleza é destruída. Da mesma forma o rico murchará em meio aos seus afazeres.
Porque as provações vem?
Para que possamos ser provados, aprovados, tendo os músculos da perseverança aumentados, para sermos maduros
Porque aquele que permanece em pé sob o peso das provações será abençoado.
12 Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida, que Deus prometeu aos que o amam.
Ele será verdadeiramente "feliz" (makarios).
A palavra makarios é empregada nove vezes por Jesus no início do Sermão do Monte (Mt 5.1-11).
É bem provável que as duas últimas bem-aventuranças tenham inspirado as palavras de Tiago:
10 Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus. 11 “Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. 12 Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.
Tiago refere-se a essa recompensa no céu como a coroa da vida.
Sem negar a recompensa futura reservada aqueles que perseveram nas provações, creio que existe também uma coroa para esta vida.
A pessoa que de fato vive o cristianismo na prática é aquela que persevera debaixo das provações.
Ela é recompensada nesta vida com maturidade, sabedoria e discernimento dos propósitos de Deus.
Essa é a vida que verdadeiramente vale a pena ser vivida!
Podemos extrair deste texto, duas verdades práticas para encarar as provações.
Primeira, quando os problemas chegam, é essencial reagir com sabedoria.
Esse entendimento das provações não é algo que adquirimos automaticamente.
A sabedoria para lidar com as provações vem somente de Deus, e o principal veículo que ele usa para nos dar sabedoria é sua Palavra.
Trazer à mente declarações específicas das Escrituras que tratam exatamente dessa questão nos ajudará a reagir de modo adequado nos momentos de dificuldades.
Permita-me apresentar três passagens para que as possamos examinar.
28 Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito.
1 Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, 2 tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus. 3 Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem desanimem.
Este texto chama nossa atenção para Jesus e outros que sofreram antes dele como exemplos de perseverança.
6 Nisso vocês exultam, ainda que agora, por um pouco de tempo, devam ser entristecidos por todo tipo de provação.
Este texto nos lembra de que, no fim, a perseverança resultará em louvor, glória e honra a Cristo.
Medite nessas passagens e ore para ter a sabedoria de Deus no meio das provações.
Em segundo lugar, quando os problemas chegam, devemos reagir com fé.
No contexto das provações, fé significa confiança absoluta nas promessas de Deus a despeito das circunstâncias que aparentemente contradizem essas promessas.
No meio de uma provação, podemos ter a impressão de que Deus permitiu que tudo viesse abaixo.
Os que não têm sabedoria e fé para enxergar além das circunstâncias podem achar que a vida entrou em parafuso e não há como evitar a catástrofe.
Mas a fé constante e focada e Cristo, diz respeito à capacidade de nos rendemos completamente a Deus porque confiamos nele e resistimos à tendência natural de perder a esperança.
É nesse ponto que devemos valorizar a vida comunitária e ajudar uns aos outros. O Espírito de Deus fortalece a fé pessoal dentro da comunidade da fé.
2 e, assim, enviamos Timóteo, nosso irmão e cooperador de Deus no evangelho de Cristo, para fortalecê-los e dar-lhes ânimo na fé,
Lembre-se de que Deus não nos deixou sozinhos para enfrentar essas coisas.
Ele nos deu uma comunidade inteira de irmãos para nos fortalecer e dar ânimo na fé. Aceite o presente que Deus lhe deu.
Se você está sofrendo e atravessando períodos de profunda dor e tristeza, que você nunca se esqueça da importância da perseverança e da firmeza resoluta.
Que Deus lhes conceda, por seu Espírito e por meio de sua Palavra, sabedoria e fé para colher as bênçãos da maturidade que Ele esta desenvolvendo nessas vidas.
POr meio do fogo das provações o Senhor está trabalhando em você, permaneça firme.
Mas por outro lado, se você está sofrendo, porque vive distante de Deus e em pecado, corra para Cristo, arrependa-se e creia no Senhor como Salvador da sua vida.
Melhor é sofrer aqui com alegria tendo Cristo eternamente, do que ter migalhas de alegria aqui por meio de prazeres momentâneos, e sofrer eternamente no inferno sem Deus.
SDG
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