SL 45 - Ungido de Deus - O Messias e sua Noiva - Salmos dos filhos de Corá - realeza
Salmos dos filhos de Corá • Sermon • Submitted • Presented
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Introdução
Introdução
12 Salmos divididos em 4 categorias:
Lamento / Louvor / Real (reinado) / Sabedoria
Para os Salmos de lamento são os capítulos - 42 / 43 / 44 / 85 / 88 (5)
Salmos de Louvor são os capítulos - 46 / 47 / 48 / 84 / 87 (5)
Salmo de sabedoria - 49 (1)
Salmo de realeza - de amor ao Rei 45 - (1)
Salmo 45 é único, diferente de qualquer outro salmo. É um belo poema foi feito para a ocasião de um casamento real, percebam todas as imagens, sons, movimentos, esplendor e emoção de uma ocasião tão importante. Ao mesmo tempo, é um salmo messiânico, como mostram claramente as palavras "Ó Deus" no versículo 6 e o uso dos versículos 6-7 no primeiro capítulo de Hebreus em referência a Jesus Cristo ( Hebreus 1.8–9 “8 Mas, a respeito do Filho, diz: “O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; cetro de justiça é o cetro do teu reino. 9 Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros.””
Não sabemos sobre qual rei e noiva terrestres esse poema salmodia originalmente, pode se encaixar no casamento de Salomão com a princesa do Egito, como muitos dos primeiros comentaristas supunham. Outras suposições foram Salomão e uma princesa de Tiro, Jorão e Atalia, um rei persa e sua noiva.
No entanto, mesmo como um hino que retrata as glórias do casamento de Salomão, a escolha mais provável, o salmo ainda parece exigir muito mais para sua interpretação, porque a linguagem é tão exaltada.
Como Alexander Maclaren sabiamente escreveu:
"Ou temos aqui uma peça de exagero poético muito além dos limites da licença poética, ou 'um alguém muito maior do que Salomão está aqui'". "Devemos presumir, então, que o poeta está escrevendo sobre um rei judeu específico, cuja identidade é desconhecida, mas que ele também está olhando para frente e para cima, para aquele Rei ideal prometido, cujo reinado perfeito e eterno foi prefigurado pela monarquia judaica.
irmãos temos vários salmos possuem elementos messiânicos, embora não sejam em si mesmos totalmente messiânicos. Exemplos são os Salmos 8 e 40, partes dos quais são aplicados a Jesus em Hebreus (Salmo 8:4-6 em Hebreus 2:6-8, e Salmo 40:6-8 em Hebreus 10:5-7), embora os salmos como um todo tenham outros significados. Os salmos especificamente messiânicos, nos quais todo ou a maior parte do material se refere a Jesus Cristo, aí sim temos os Salmos 2, 16, 22 e 110 e claro esse Salmo 45.
Esse salmo tem uma breve introdução (v. 1) e uma breve conclusão (vv. 16-17) em que o poeta fala na primeira pessoa. Elas dão suporte ao corpo principal do salmo (vv. 2-15), que é dividido entre um discurso para o noivo (vv. 2-9) e um discurso para a noiva (vv. 10-15).
Texto
Texto
Salmo 45 (NAA)
Ao mestre de canto, segundo a melodia “Os lírios”. Dos filhos de Corá. Salmo didático. Cântico de amor
1 O meu coração transborda de belas palavras.
Ao rei consagro o que compus;
a minha língua é como a pena de um hábil escritor.
2 O senhor, ó rei, é o mais formoso dos filhos dos homens;
a graça se extravasou nos seus lábios;
por isso, Deus o abençoou para sempre.
3 Cinja a espada no seu flanco, herói;
cinja a sua glória e a sua majestade!
4 E nessa majestade cavalgue vitoriosamente,
pela causa da verdade e da justiça;
e a sua mão direita lhe ensinará proezas.
5 As suas flechas são afiadas
e penetram o coração dos inimigos do rei;
os povos caem submissos aos seus pés.
6 O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre;
cetro de justiça é o cetro do teu reino.
7 O senhor, ó rei, ama a justiça e odeia a iniquidade;
por isso, Deus, o seu Deus, o ungiu com o óleo de alegria, como a nenhum dos seus companheiros.
8 Todas as suas roupas cheiram a mirra, aloés e cássia;
de palácios de marfim ressoam instrumentos de cordas que o alegram.
9 Filhas de reis se encontram entre as suas damas de honra;
à sua direita está a rainha enfeitada com ouro finíssimo de Ofir.
10 Ouça, filha, olhe e preste atenção:
esqueça o seu povo e a casa de seu pai.
11 Então o rei ficará encantado com a sua formosura;
por ser ele o seu senhor, incline-se diante dele.
12 A filha de Tiro virá trazendo presentes;
os mais ricos do povo lhe pedirão favores.
13 A filha do rei é toda formosura no interior do palácio;
os seus vestidos são enfeitados de ouro.
14 Em roupas bordadas conduzem-na diante do rei;
as virgens, suas companheiras que a seguem,
serão trazidas à sua presença, ó rei.
15 Serão conduzidas com alegria e regozijo;
entrarão no palácio do rei.
16 Em lugar de seus pais, estarão os seus filhos,
colocados como príncipes por toda a terra.
17 Farei com que o seu nome seja celebrado de geração em geração,
e, assim, os povos o louvarão para todo o sempre.
Costumes antigos de casamento
Walter J. Chantry, autor e pastor da Grace Baptist Church, Carlisle, Pensilvânia, tem um excelente estudo de três salmos messiânicos (Salmos 2, 45 e 110) no qual ele argumenta que, para entender o Salmo 45, precisamos saber algo sobre os antigos costumes de noivado e casamento. Ele usa esse pano de fundo para rastrear a descrição do salmo de uma procissão da casa do noivo para a casa da noiva e vice-versa, nos moldes das procissões tradicionais do dia do casamento.
Nos tempos antigos, o primeiro passo que levava a um casamento era o noivado. Esse era um ato muito formal, geralmente organizado pelos pais da futura noiva e do futuro noivo, embora muitas vezes levasse em conta os desejos de seus filhos. O noivado significava mais do que o noivado é para nós. Era um procedimento legal realizado perante testemunhas e confirmado por juramentos feitos pelo casal. Era um assunto tão importante que o casal podia ser chamado de marido e mulher, mesmo que não houvesse união física. Esse foi o caso de José e Maria na época em que Jesus foi concebido. Era necessário algo como um divórcio para romper essa união pactuada.
Uma característica normal do noivado era o compromisso por parte da família do marido de fornecer um dote. Essa característica, bem como o decoro e a possível pouca idade do casal, significava que muitas vezes havia um longo intervalo entre o noivado e o momento do casamento.
Quando beirava o dia do casamento, os amigos e acompanhantes da noiva se reuniam na casa da noiva, onde ela se preparava com suas melhores roupas e joias. Ao mesmo tempo, os acompanhantes do noivo se reuniam em sua casa. Em seguida, haveria uma grande procissão pelas ruas da cidade quando o noivo e seus acompanhantes fossem buscar a noiva, seguida de uma segunda procissão de toda a festa, tanto da noiva quanto da comitiva do noivo,--- lá da casa da casa da noiva de volta para a casa do noivo. Na casa do noivo, haveria uma alegre festa de casamento, que poderia durar até uma ou duas semanas, dependendo do status e da riqueza da família do noivo. A parábola de Jesus sobre as cinco virgens sábias e as cinco virgens tolas (Mateus 25) tem como cenário essa procissão e festa de retorno.
Vamos manter esses movimentos em mente pra gente se aprofundar aqui no Salmo 45. Nos versículos 2-9, vemos o rei vindo buscar sua noiva. Nos versículos 10-12, encontramos conselhos dados à noiva enquanto ela espera ansiosamente por seu noivo. Nos versículos 13-15, a noiva é conduzida até o rei, a procissão segue para sua casa e a festa de casamento entra no palácio. Os versos finais são a bênção pessoal do poeta sobre o casamento e sua união.
. Vamos explorar mais a fundo verso a verso - falemos do poeta da corte aqui - Poeta de Deus
Irmãos não chama a atenção dos irmãos também o que encontramos nessa introdução única (v. 1). Nela, o poeta da corte do rei conta como o tema que foi dado a ele mexeu com suas emoções. É "um tema nobre", e ele foi movido a colocar toda a sua considerável habilidade no esforço.
E bem que ele poderia! Esse seria um desafio comovente se o casamento fosse apenas o de um monarca e uma noiva terrenos. Mas, como vimos, é ao mesmo tempo um retrato do casamento celestial em que o noivo divino, Jesus Cristo, toma a igreja, sua noiva, para si. Portanto, esse não é apenas um tema nobre; é o tema dos temas. É o significado final de toda a história, a história das eras. Não é de se admirar que o poeta tenha se emocionado ao considerar o que deve dizer em louvor a esse grande Rei e o conselho que deve dar a essa noiva altamente favorecida.
A linguagem nesse verso é tão incomum que alguns comentaristas acreditam que o poeta está reivindicando uma inspiração especial. Herman Gunkel chega a traduzir o verso como Mein Herz wallt ueber von begeisterten Worte ("Meu coração transborda de palavras inspiradas").
.Em louvor ao Rei Jesus
Então do verso 2 ao verso 9 - salmo começa com o louvor ao Rei e noivo divino, que é Jesus (vv. 2-9). Se essas palavras fossem escritas por um mero rei terreno, elas precisariam ser entendidas como bajulação convencional da corte. Mas como uma descrição daquele que é "o mais belo/ excelente / formoso / notável entre", elas são apenas a menor parte do que precisa ser dito.
Há uma espécie de sequência natural nesses temas e vamos falar sobre 4 aqui nesses versos:
O caráter do rei / As palavras do rei / as vitórias do rei / e o casamento do rei
1. O caráter do rei. O Rei divino dessa bela ode nupcial é chamado de "o mais excelente dos homens" (v. 2), engraçado como no mundo antigo a atratividade física e o discurso ou as palavras graciosas, chamavam a atenção. o que há de novo se compararmos hj em dia? Olhe os artistas de hoje em dia.. os políticos.. os youtubers… quão melhores as retóricas de bajulação em cada ambiente conquistam mais público e LIKES - quanto mais mentiras + orgulho e mais ostentação...
Mas esse não é o padrão de Deus que possui os traços de caráter como "verdade, humildade e justiça", que a gente vê nov. 4. Jesus se destaca em todas essas características desejáveis. Não há nenhuma boa qualidade, nenhuma graça que não seja encontrada no mais alto grau possível Nele.
2. As palavras do Rei. Quando Jesus estava na Terra, ele falava com autoridade e charme, tanto que quando seus inimigos enviaram soldados para prendê-lo, os soldados voltaram dizendo: "Ninguém jamais falou como este homem fala" (João 7:46). Lembram-se que aprendemos domingo passado pela manhã como pr Norival?
Em outra ocasião, quando as massas do povo estavam abandonando Jesus e ele desafiou os doze, perguntando se eles também queriam ir embora, Pedro respondeu por todos eles: "Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna" (João 6:68). Quando ele estava na Terra, as palavras de Jesus tinham poder para acalmar a tempestade, expulsar demônios dos que estavam possuídos, conter inimigos e atrair à fé dos homens e mulheres que estavam presos pelo pecado. Elas ainda fazem isso HOJE- CREIA!
3. As vitórias militares do Rei. Embora expressas em linguagem gráfica de batalha, devemos nos lembrar de que as vitórias de Jesus durante sua vida e nesta era atual não são conquistas militares, mas vitórias obtidas em nome da "verdade, humildade e justiça" (v. 4) e por essas qualidades. Essa foi a maneira como Jesus triunfou durante seu ministério terreno. De um ponto de vista puramente físico, os inimigos de Jesus foram vitoriosos, pois conseguiram condená-lo e executá-lo. Mas em termos de verdade, humildade e justiça, Jesus foi o vencedor, - ELE MANTEVE tudo isso durante as injutas acusações e agressões.
Os cristãos devem se lembrar de que suas vitórias devem ocorrer da mesma forma, não por força ou coerção. Sempre que a igreja sucumbiu ao uso da força como forma de afirmar a verdade ou os valores cristãos, como aconteceu na Idade Média, ela perdeu a batalha espiritual e se tornou como o mundo, adotando os mesmos males aos quais se opõe. (Podemos olhar para as cruzadas)
Em outras palavras, a única espada que devemos usar é a espada de Jesus, que é a verdade da "palavra de Deus", a Bíblia (Efésios 6.17 “17 Usem também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.” ).
4. O casamento do rei. Os versículos finais dessa seção (vv. 8-9) passam das qualidades pessoais e das vitórias militares do Rei Jesus para o casamento, que é a ocasião para o salmo. Jesus está vestido com vestes "perfumadas com mirra, aloés e cássia" e veio de "palácios adornados com marfim" (v. 8).
Irmãos Jesus entrou nesse "mundo de infortúnio" por amor à noiva que ele desposou. O casamento, esse evento há muito esperado, é obviamente ampliado no Novo Testamento como a ceia das bodas do Cordeiro.
O versículo 6 merece um comentário especial.
esses versículos provam as coisas que foram ditas, pois não são verdadeira e perfeitamente relacionados a Salomão, mas a Cristo. Eles não se referem ao reino terreno e ao rei terreno, mas ao reino celestial e ao rei celestial. O primeiro é sua frase “o teu trono, ó Deus”, que chama esse rei de Deus. Algumas vezes o título Deus é atribuído também aos príncipes do povo nas Escrituras, como lemos sobre Moisés: “Vê que te constituí como Deus sobre Faraó”… Ainda que essas passagens admoestem aqueles que têm poder nas questões terrenas sobre como devem agir com as pessoas que são sujeitas a eles, as circunstâncias do reino nesse salmo indicam firmemente que tudo o que acontecerá será com Cristo, não com Salomão. Esse homem que virá, não Salomão, é o verdadeiro Deus, pois é o Verbo do Pai, sobre quem João 1 fala. Ainda assim, ele é também o Filho do Homem, levado pelo Pai à majestade divina e sentado à direita do Pai, Deus bendito acima de todas as coisas para sempre.
outro ponto aqui é q ele afirma que o trono desse rei é perpétuo e eterno. Alguma dúvida que esse que esse reino é celestial? Não é terreno. Quanto tempo durou saalomão.. quanto tempo durou imperio medo persa / grego / romano/ bizantino ?
Em Lucas 1 lemos sobre esse reino de Cristo: “Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim”. Isso também deve ser entendido sobre o reino de Cristo, como se recebesse o reino do Pai como Filho do Homem, não como Verbo do Pai, cujo poder não tem início.
Irmão quando lemos aí “cetro de equidade é o cetro do teu reino”, ou seja, seu reino é um reino de igualdade e justiça. Até mesmo o próprio rei é justo, um verdadeiro amante da justiça e aquele que despreza a impiedade.
Meus irmãos o o salmista aqui estabelece que um rei deve amar somente a justiça e odiar apenas a impureza. é um reino eterno, perpétuo, nenhum reino terreno pode ser atribuída ao começo do mundo. Portanto a integridade do cetro não pertence a nenhum desses reinos, mas ao reino de Cristo.
H. J. Selderhuis, Timothy F. George, e Scott M. Manetsch, Salmos 1–72, trans. Heber Carlos de Campos Jr., Paulo José Benício, e Vagner Barbosa, 1a edição., Comentário Bíblico da Reforma (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2018), 377–378.
Uma dúvida que me surgiu quando eu estava estudando esse salmo será que o autor desse salmo sabia o que ele estava escrevendo? É difícil saber o quanto os escritores do Antigo Testamento entendiam as verdades que o Espírito Santo os levava a expressar.
Tem um teólogo Mas J. J. Stewart Perowne século XIX, cita o seguinte: " ao usar essa linguagem, o salmista foi levado além de si mesmo, e que ele foi levado a empregá-la por uma dupla convicção em sua mente, a convicção de que Deus era o Rei de Israel, combinada com a convicção de que o Messias, o verdadeiro Rei, que seria na realidade o que os outros eram apenas em figura, era o filho de Davi".
Não há dúvidas que aponta para o Messias!
Conforto para a noiva do rei
Enquanto o noivo estava a caminho da casa da noiva com seus acompanhantes, a noiva estava esperando com alegria, mas também com um toque de ansiedade, pois a chegada do noivo significaria deixar sua família e seu lar ancestral para sempre. Portanto, no que certamente é um dos toques mais envolventes desse salmo, o escritor se dirige à noiva de maneira paternal para assegurar-lhe que o futuro é brilhante. Há três partes em seu conselho (vv. 10-12).
1. Esqueça o passado. As primeiras palavras de conselho do escritor para a noiva nos lembram imediatamente do chamado de Deus a Abraão para "Deixar a sua terra, o seu povo e a casa de seu pai e ir para a terra que eu lhe mostrarei" (Gênesis 12:1). Eles dizem: "Esqueça seu povo e a casa de seu pai" (v. 10). Palavras fortes! No entanto, essa é a mesma coisa que os cristãos são chamados a fazer. O Senhor Jesus Cristo disse: "Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me" (Lucas 9:23), e "Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Lc 14.26. - sim, até a sua própria vida - não pode ser meu discípulo" (Lucas 14:26). Mesmo admitindo uma certa dose de hipérbole semita na última declaração (ódio por parentes próximos, até mesmo pela própria vida), o ponto é claro: não se deve permitir que nenhum relacionamento humano nos impeça de seguir Jesus de todo o coração, se quisermos ser dele.
Falando de casamento, a Bíblia diz: "Por isso deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher" (Gênesis 2:24). Se quisermos ser a noiva de Cristo, devemos deixar todas as outras lealdades para trás.
Você mesmo ouve esse conselho? Consegue segui-lo? Aqui está a maneira como Walter Chantry faz a aplicação:
É doloroso deixar para trás mãe e pai, filho e filha. Estamos apegados às belezas e amizades deste mundo. "Esqueça" todos eles! O Rei mais do que compensará tudo. Algum dia você olhará para trás, para a separação das coisas temporais e pensará que sua hesitação foi tola e infundada. Quando estiver sentado no palácio de marfim, vestido com o ouro de Ofir, à direita do Rei eterno, você se perguntará o que viu naquelas coisas antigas. Jamais se arrependerá.... Siga em frente com sua escolha criteriosa.... O Rei deve ser seu único amor a partir de agora.
2. Honre (obedeça) a seu senhor. A segunda palavra de conselho do escritor para a noiva desse salmo é "honre seu senhor". A palavra honra aqui significa literalmente "curvar-se". Isso está muito longe das histórias de amor populares e geralmente imorais que tão frequentemente enchem a cabeça das pessoas hoje em dia. Esse é um relacionamento sagrado no qual o amor sublime do noivo pela noiva e a humilde reverência da noiva pelo noivo são mantidos de forma bela (cf. Efésios 5:22-33).
Para que a união matrimonial seja duradoura, o marido deve expressar seu amor à esposa, estimando-a com ternura como parte de seu próprio corpo, com consideração e compartilhando com ela toda a bondade de Deus em sua vida. Ela, por sua vez, deve expressar seu amor tendo seu marido em alta estima e submetendo-se a ele em todas as coisas. Assim, a igreja deve se curvar a Cristo tanto porque ele é seu Senhor e Soberano quanto porque ele é seu Senhor e Marido. Como a noiva ama seu Senhor, é agradável servir aos interesses dele. Ela deseja trazer honra a Cristo, cumprir sua vontade e adorar seu nome.
3. Olhe para frente. O último conselho desse sábio conselheiro para a noiva do salmo é olhar para o que o futuro lhe reserva como noiva desse grande rei, sabendo que a escolha que ela fez dele foi a escolha certa. O escritor vê três coisas em seu futuro: primeiro, o amor de seu rei (v. 11); segundo, a honra que lhe será dada por causa de seu relacionamento com ele (v. 12); e terceiro, a "alegria e o regozijo" que será dela com ele para sempre.
Então, depois de aconselhá-la a olhar para frente, o próprio poeta olha para frente, voltando à descrição da procissão do casamento. Nesses versículos (vv. 13-15), ele descreve a noiva sendo conduzida até o rei e depois acompanhando-o, juntamente com seus muitos assistentes, de volta ao palácio do rei, onde entram com alegria. Esse clímax é tratado com modéstia pelo poeta, pois ele mesmo parece parar na porta, já que "nenhum olho viu, nenhum ouvido ouviu, nenhuma mente imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam" (1 Cor. 2:9).
."Sim, estou chegando em breve"
No verso 16, os pronomes você e seu são masculinos, o que significa que, nesse ponto, o escritor volta sua atenção novamente para o rei, oferecendo uma espécie de bênção sobre o casamento: "Seus filhos tomarão o lugar de seus pais" e "você os fará príncipes em toda a terra". Se pensarmos nisso em termos do Messias, isso deve se referir aos "muitos filhos" que serão levados à glória como resultado de sua união frutífera (Hb 2:10, 13).
Quanto ao próprio poeta, "perpetuarei a tua memória por todas as gerações; por isso as nações te louvarão pelos séculos dos séculos", diz ele (v. 17).
Isso nos leva a pensar:
Será que estamos fazendo como o salmista?
Louvamos aquele que nos comprou para sermos sua noiva?
Estamos trabalhando para que as nações também venham a honrá-lo? Mais ainda, será que estamos aguardando a sua vinda, como a noiva desse salmo?
Jesus veio uma primeira vez para nos unir a ele em um noivado espiritual. Ele virá uma segunda vez para nos levar para si mesmo para sempre. Você está pronto para essa vinda? Está ansioso por essa vinda? Lá em (1 Tessalonicenses 1:9-10) A Bíblia descreve os cristãos como tendo "abandonado os ídolos para servir ao Deus vivo e verdadeiro e esperar dos céus o seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos resgata da ira vindoura" .
Se você estiver esperando por ele, você se purificará em preparação para a sua vinda (1João 3.3 “3 E todo o que tem essa esperança nele purifica a si mesmo, assim como ele é puro.” ). Jesus disse: "Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Eu vou lá para preparar um lugar para vocês. E se eu for e preparar um lugar para vocês, voltarei e os levarei para estar comigo, para que vocês também estejam onde eu estiver" (João 14:2-3). Você está esperando por esse retorno?
Apocalipse 1:7 diz: "Vejam, ele está vindo com as nuvens, e todo olho o verá". Então, no final do mesmo livro, lemos: "Aquele que testifica estas coisas diz: 'Sim, em breve virei'". "A igreja responde corretamente: "Amém. Venha, Senhor Jesus" (Apocalipse 22:20). Que assim seja! Amém.