Identidade em Cristo_EBD_04_151023

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Recapitulando
Aula 1 - Quem somos em Cristo? Nossa identidade foi dada pra gente na criação - Gênesis 1.26 “26 E Deus disse: — Façamos o ser humano à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” Não somos fabricantes da nossa realidade, nem de nossa identidade. Se desejamos uma identidade verdadeiramente humana, precisamos nos voltar para Cristo. Ele é o Verdadeiro Ser humano. A única pessoa verdadeiramente real.

Sou uma criatura

Para tentar responder à pergunta “Quem sou eu?”, precisamos começar com a verdade mais básica a nosso respeito: somos seres criados. “E Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27). Embora o fato de termos sido criados à imagem de Deus nos coloque em um plano totalmente diferente de quaisquer animais, ainda somos criaturas. Isso nos torna dependentes de Deus ( Alimento / Vida e respiração / planos / habilidades e quanto somos Frágeis e vulneráveis espiritualmente) responsáveis por nossos atos diante dEle. ( Temos que prestar contas a Deus e desde o início vemos que a obediência é nosso maior dificuldade e devemos prestar conta a Deus das responsabilidades que ele nos deixa)
Então como devemos aplicar a verdade de que somos dependentes, frágeis, vulneráveis e responsáveis? Falamos da Resposta que damos a isso pela Humildade e Gratidão.
Sou uma criatura, criada à imagem de Deus, totalmente dependente dele e totalmente responsável por prestar contas a ele.
E na semana passada falamos de que há muito mais em nossa identidade quando entendemos a representatividade que temos e usamos os textos de Romanos 5.12–19 “12 Portanto, assim como por um só ser humano entrou o pecado no mundo, e pelo pecado veio a morte, assim também a morte passou a toda a humanidade, porque todos pecaram. 13 Porque antes de a lei ser dada havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei. 14 No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir. 15 Mas o dom gratuito não é como a ofensa. Porque, se muitos morreram pela ofensa de um só, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos! 16 O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou. Porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça deriva de muitas ofensas, para a justificação. 17 Se a morte reinou pela ofensa de um e por meio de um só, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um …” e 1Coríntios 15.22: “Pois, assim como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados”.
Para quÊ? para responder a questão “O que significa estar unido a Cristo?”
União representativa. O primeiro é a união representativa pela qual Jesus assumiu toda a nossa responsabilidade de obedecer perfeitamente à lei de Deus e também assumiu nossa pena de morte por não obedecermos. Exploraremos as consequências disso nos próximos dois capítulos.
União vivificante. O segundo aspecto é a união vivificante mediante o Espírito Santo, por meio de quem, pela fé, obtemos o sustento e o poder do Cristo vivo que nos capacitam a viver a vida cristã.
Um desenvolvimento maior desses dois aspectos nos ajudará a responder à pergunta "Quem sou eu?".
POR OBRA DE DEUS JÁ NÃO ESTOU EM ADÃO: ESTOU EM CRISTO, POR UMA UNIÃO VIVIFICANTE E REPRESENTATIVA.
Hoje na nossa 4a aula sobre Identidade em Cristo e estamos compondo a Grande questão de quem Somos em Cristo!?
Como posso tornar a afirmação "Sou justificado" uma realidade com respeito à minha própria questão de identidade?
nessa e nas próximas aulas, a gente vai abordar seis aspectos ou implicações do que significa estar "em Cristo".
O que significa ser justificado? . Como alguém é justificado?
O que significa ser justificado?
Para começar a responder à primeira pergunta, vamos olhar Gálatas 2.15–16 “15 Nós, judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios, 16 sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Jesus Cristo, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois por obras da lei ninguém será justificado.”
Nessa passagem, Paulo diz que somos justificados não pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo. Justificado é um termo avaliativo baseado na obediência de alguém à lei. É uma avaliação legal ou dos tribunais. Ser justificado significa que alguém foi declarado "justo" de acordo com a devida lei. Nos escritos de Paulo, especialmente em Romanos 3 e 4, bem como em Gálatas 2, ser justificado significa ser declarado justo por Deus com respeito à sua lei. Também significa ser aceito e tratado por Deus como tal.
O grande mistério e maravilha da justificação, e o que devemos compreender se quisermos realmente entendê-la, é como Deus pode nos declarar justos com respeito à sua lei, quando na verdade desobedecemos a essa lei e continuamos a desobedecer de forma mais ou menos regular.
A maldição da lei
Para entender como Deus pode justificar pecadores, primeiro precisamos entender que não somos justificados pelas obras da lei - isto é, pela nossa própria obediência à lei de Deus. Paulo é enfático a respeito disso. Observe que, em uma longa frase presente em Gálatas 2.15–16 “15 Nós, judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios, 16 sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Jesus Cristo, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois por obras da lei ninguém será justificado.” , ele repete essa ideia três vezes.
Por que não podemos ser justificados nem considerados justos por Deus pela obediência à sua lei? A resposta é encontrada em Gálatas 3.10: "Pois todos os que são das obras da lei estão debaixo de maldição. Porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece na prática de todas as coisas escritas no livro da lei". Nesse versículo, Paulo estabelece um padrão absoluto: somente podemos esperar ser justificados pelas obras da lei através da perfeita obediência a todas as exigências da lei de Deus.
Irmãos eram mais de 600 leis no Antigo Testamento, mas Jesus as resumiu a duas: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o en- tendimento [...] E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22.37-39).
Sem dizer que a obediência a esses dois mandamentos possa representar em nossa vida nos dias de hoje, basta dizer que, enquanto Jesus obedeceu completamente a esses dois mandamentos, nenhum outro ser humano jamais chegou perto de obedecer plenamente a nenhum deles. No entanto, Paulo diz que, a não ser que obedeçamos a todas as coisas escritas no livro da lei, estamos debaixo de maldição.
Nenhuma escola que eu conheça exige a média 10 para aprovação. Normalmente, a média 7 é suficiente. A maioria das pessoas naturalmente supõe que Deus "dá nota" de modo semelhante, e mais, que elas provavelmente receberam a nota de aprovação. No entanto, Paulo diz que devemos obedecer a todas as coisas da lei de Deus de forma perfeita, e qualquer resultado abaixo disso nos coloca sob a maldição de Deus. Assim, vemos que todos aqueles que confiam em sua própria obediência à lei como meio de justificação, em vez de ser considerados justos por Deus, estão, na verdade, sob sua maldição.
Portanto, se quisermos ser justificados ou considerados justos por Deus, temos duas opções:
1. podemos confiar em nossa própria justiça;
2. podemos exercitar a fé em Cristo.
Paulo se refere à primeira opção como "obras da lei" e nos garante que ela resultará em sermos amaldiçoados por Deus, pois é claramente impossível fazermos o que Deus exige. Mas a segunda opção de fato resulta em sermos justificados. Por que isso é verdade? A melhor resposta é encontrada em 2Coríntios 5.21 “21 Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” , um dos versículos mais importantes da Bíblia: "Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos jus- tiça de Deus" (NVI).
Há três pessoas mencionadas nesse versículo, tanto coletiva quanto individualmente:
"Deus". Refere-se a Deus Pai - aquele que executa a ação desse versículo.
"Aquele". Refere-se ao Senhor Jesus Cristo o sujeito da ação do Pai.
"Nós". Esse termo refere-se a todos nós coletivamente. E quem somos nós? Você e eu somos as pessoas descritas em Efésios 2.1-3 como espiritualmente mortas, escravas do mundo, do Diabo, das nossas próprias paixões pecaminosas e, por natureza, objetos da ira de Deus. Em Romanos 5.6-10, Paulo nos descreve como impios, pecadores e inimigos de Deus. Essa não é uma imagem bonita. O "nós" aqui não se refere a pessoas boas que procuram obedecer a Deus, mas a pessoas que são inimigas de Deus e objetos de sua ira.
O mais surpreendente nesse versículo é que as ações violentas de Deus Pai, em relação a seu Filho, aconteceram "por nós", ou seja, a nosso favor, para o nosso bem - para o bem dos únicos culpados em todo o cenário. Isso requer uma análise adicional. Mas, antes de vermos o que Deus fez em relação a seu Filho, vamos primeiro olhar essa afirmação de que ele, o Filho, "não conheceu pecado".
Jesus não tinha uma natureza pecaminosa como a nossa, pois não era descendente de Adão. Você e eu somos escra- vos das nossas paixões pecaminosas, mas Jesus não tinha tais paixões. Ele foi tentado externamente pelo Diabo (Mt 4.4-10) e pelo ambiente pecaminoso no qual viveu, mas não houve nenhuma resposta interna a essas tentações. Ele não tinha desejos pecaminosos. Seu coração era totalmente unido a Deus em sua devoção e obediência. Jesus não tinha pecado.
Outros escritores do Novo Testamento defendem a mesma questão. Lemos em Hebreus 4.15 que Jesus, como nós, foi tentado em todos os aspectos, porém sem pecar. Em 1Pedro 2.22 , lemos que ele não cometeu pecado, e 1João 3.5 declara: "... não há pecado nele". Assim, os quatro principais escritores das cartas do Novo Testamento concordam: Cristo não tinha pecado; em todas as oportunidades ele obedeceu perfeitamente à lei moral de Deus. Porém, mais marcantes até que o testemunho desses quatro escritores, são as palavras do próprio Jesus.
Em João 8, Jesus participa de um diálogo cada vez mais hostil com alguns judeus. Eles alegam ter Deus como Pai, mas Jesus lhes responde: "O vosso pai é o Diabo..." (8.44). Essa contradição da arrogante alegação dos judeus os enfureceu. Então, Jesus perguntou: "Quem dentre vós me acusa de pecado?" (8.46). Quando Jesus proferiu essas palavras, ao seu redor não estava apenas um grupo de judeus que o odiavam e nada mais procuravam do que encontrar nele algum pecado, mas também estavam doze discípu-los que acompanhavam Jesus dia e noite, sete dias por semana. Ele só ousou fazer essa pergunta porque já sabia a resposta. Jesus sabia que não tinha pecado algum. Ele estava absolutamente certo e confiante de que nem seus raivosos adversários nem seus amigos mais íntimos poderiam fazer qualquer acusação de pecado contra ele.
Isaías viu Deus Pai em seu trono e ouviu os serafins clamando: "Santo, santo, santo..." (6.3). A língua hebraica utiliza a tripla repetição para falar de alguma coisa em termos ilimitados. Em sua pureza absoluta, em sua perfeita obediência a Deus e à lei de Deus, o Jesus que caminha nas páginas do Novo Testamento é infinito em santidade, precisamente da mesma maneira e exatamente na mesma proporção que Deus Pai. Jesus, em sua humanidade, era tão santo quanto Deus sentado em seu trono. Sem nenhuma diferença.
Agora considere o que Deus fez àquele que era absolutamente perfeito, àquele que viveu uma vida perfeita de obe- diência por 33 anos. Deus o tornou pecado..
Essa palavra "tornou" não tem o sentido de transformar, pois Deus, o Filho, sempre foi e sempre há de ser, totalmente imutável. Esse "tornou" também não tem o sentido de forçar a ser, pois Jesus sempre obedeceu à vontade do Pai de bom grado. Esse "tornou" tem o sentido de fazer ser considerado. Com essa expressão estranha, "tornou pecado", Paulo está dizendo que Deus fez Jesus suportar o peso e a culpa do nosso pecado. Segundo seu plano e propósito, Deus Pai fez Jesus pecado por nós-novamente, com a cooperação de Jesus, a despeito da inimaginável agonia e tormento envolvidos. Deus tomou todos os nossos pecados coletivos através dos séculos, todos eles, e os imputou a Cristo. Cada pecado que cometemos em pensamento, palavra, ação e motivação foi atribuído a ele. Ele foi feito sacrifício pelo pecado.
A passagem de Isaías 53.6 diz: "Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair a maldade de todos nós sobre ele".
Todos somos pecadores. Todos nos desviamos, todos nos voltamos para os nossos próprios caminhos; no entanto, Deus tomou todos os nossos pecados e os atribuiu a Cristo. Como Pedro diz: "Ele mesmo levou nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro..." (1Pe 2.24).
Irmãos Preste bem atenção no que a Bíblia está dizendo aqui. Para o bem de pessoas como nós, que somos pecadores, que somos impios e inimigos de Deus, o Pai puniu o Filho. Pelo nosso bem, Deus tomou todos os nossos pecados e os imputou a Cristo, o Senhor Jesus. Considere Isaías 53.5: "Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões e es- magado por causa das nossas maldades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e por seus ferimentos fomos sarados". O versículo 10 diz: "Contudo, foi da vontade do Senhor esmagá-lo...". O versículo poderia ser traduzido por "ao Senhor agradou moê-lo" (ACRF). surpreendente.
Jesus não foi para a cruz e morreu de forma involuntária. Ao contrário, ele mesmo declarou: "Por isso o Pai me ama, porque dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou espontaneamente" (Jo 10.17,18). E Paulo, em Gálatas 2.20, diz: "... vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim". O que Deus, o Pai, fez a Jesus, foi cumprido voluntariamente por Cristo para nossa salvação.
Tornamo-nos justiça de Deus
Voltemos a 2Coríntios 5.21 “21 Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” é que nele nos tornamos "justiça de Deus". Deus tornou Jesus pecado para que pudéssemos nos tornar justiça de Deus. Isso levanta a questão: "O que significa essa justiça de Deus?". A resposta
a essa pergunta é encontrada de forma mais clara em Filipenses 3.9 : "... e ser achado nele, não tendo por minha a justiça que procede da lei, mas sim a que procede da fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé...".
Essa justiça em nada se relaciona com o esforço pela justiça, através da lei, que Paulo com razão declara ser uma busca inútil. Antes, é a perfeita justiça de Cristo, vivida por mais de 33 anos, que vem a nós por meio da fé.
O versículo em 2Coríntios 5.21 é muitas vezes chamado a grande troca e funciona mais ou menos assim. Imagine sua vida como um grande livro contábil, no qual cada ação, cada pensamento, cada palavra e cada motivação estão registrados. Isso não é muito bom, pois até mesmo nossas melhores ações são como trapos de imundícia aos olhos de Deus (Is 64.6). Mas Deus toma seus pecados, os retira de seu livro e os coloca no livro do nosso Senhor Jesus Cristo. O Salvador recebe a pena por todos os pecados que você cometeu.
Desse modo, seu livro fica limpo, mas vazio; Deus, então, faz mais uma coisa. Ele toma a perfeita obediência e a perfeita justiça de Cristo do livro dele e as transfere para o seu. No vocabulário da computação, você pode pensar em "copiar e colar", no sentido de que a mesma justiça, em- bora tenha sido dada a você, está disponível para qualquer outro cristão e para qualquer um que se converter a Cristo no futuro.
Agora você tem um livro que não tem mais registro dos seus pecados, mas, em vez disso, registra apenas os 33 anos de justiça absolutamente perfeita. Como Deus pode fazer isso? Como pode um Deus justo apagar completa- mente todos os pecados de seu livro e substituí-los pela perfeita justiça de Cristo?
Ele o faz porque estamos em Cristo. Jesus, como nosso representante, é acusado do nosso pecado, de modo justo, e paga a pena por ele com sua morte. E, por ele ser nosso representante, Deus pode, de forma justa, creditar sua perfeita justiça a nós. Portanto, podemos dizer, da mesma forma que Paulo em Gálatas 2.20 “20 logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” , que, quando Jesus morreu na cruz, nós morremos na cruz. E, quando ele viveu uma vida perfeita, nós também a vivemos. Porque estamos nele.
Resumo. Isso é o que significa ser justificado:
1. nossos pecados são perdoados porque são imputados a Cristo;
2. a perfeita justiça de Cristo nos foi totalmente creditada.
3. pela fé em Jesus Cristo.
Irmãos vamos olhar um ponto interessante sobre a Justificação olhem esse 2 versos:
Rm 5.1 Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus / Gl2.20 E esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim
Paulo está falando no tempo presente: "essa vida que vivo agora". Entretanto, a justificação é um acontecimento em um ponto determinado no tempo. No momento em que se crê em Jesus ocorre a justificação. E porque a justificação é um acontecimento em um ponto determinado no tempo, é um acontecimento passado, quer tenha ocorrido há cinco minutos, quer há cinquenta anos. Esse é o motivo de Paulo poder falar de justificação como um acontecimento passado em Romanos 5.1:
Assim, vemos que, para Paulo, a justificação não era apenas um evento passado, mas também uma realidade presente. Todo dia Paulo olhava para fora de si mesmo, para Cristo e sua obra completa e via a si mesmo justo aos olhos de Deus, porque estava em Cristo.
Todos precisamos aprender a viver como Paulo. Todos os dias devemos também olhar para fora de nós mesmos, para Cristo, e nos vermos justificados diante de Deus em virtude da nossa união representativa com Cristo. A maioria de nós tem "dias bons"- nos quais a vida segue como queremos e não temos lutas sérias contra o pecado - e "dias ruins"-nos quais, de uma maneira ou de outra, estamos conscientes de lutar contra o pecado ao longo do dia. Pode ser o pecado de uma imaginação pecaminosa, o ressentimento em relação a alguém, falta de confiança em Deus ou outras inúmeras maneiras pelas quais nossa carne (natureza pecaminosa) tende a assumir o controle.
Em nossos dias bons, acreditamos que Deus está contente conosco e certamente sorrindo para nós. Esque- cemo-nos, como vimos antes, de que todas as nossas justi- ças são como trapo de imundícia aos olhos de Deus (Is 64.6). Em nossos dias ruins, tendemos a pensar que perdemos o favor de Deus por causa do nosso pecado. Esquecemo-nos de que ele não leva mais em conta nossas transgressões, pois Jesus já carregou esses pecados em seu corpo na cruz.
Isso não quer dizer que não devemos levar nosso pecado a sério. Devemos confessá-lo e nos arrepender dele. Mas a maior motivação para agir assim é refletir sobre o fato del que Jesus carregou nossos pecados em seu corpo, na cruz, e Deus nos perdoou porque Jesus foi esmagado por esses pecados.
"Pregue o evangelho para você mesmo todos os dias". Isso é o que devemos aprender a fazer, se quisermos apreciar a reali-dade presente de nossa justificação. Foi isso que Paulo fez dois mil anos atrás, quando escreveu: Gálatas 2.20 “20 logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.”
Sou Justificado, Sou Justo diante de Deus, porque Deus imputou meu pecado a Cristo e creditou a mim sua justiça perfeita.
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