Obra do SENHOR: Descrição [1 Co 16.1-12]

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Paulo aplica e utilidade da Obra do SENHOR exposta no capítulo 15

Notes
Transcript

Introdução

Captação

Contexto

Após expor a realidade essencial e irrefutável da ressurreição e aplicar essa verdade teológica a “obra do SENHOR” que não é em vão de modo bem inteligente Paulo em suas considerações finais descrevem e explicam como essa obra deve se manifestar no meio da igreja. Ou seja, visto que eles compreenderam o que é ser uma igreja madura (1-14) e perceberam o fundamento essencial da ressurreição que torna nosso esforço na Obra do SENHOR útil (15) agora em sua despedida de forma muito perspicaz ele descreve a obra do SENHOR e demonstra como ela deve ser executada.
Ao se despedir e falar do amor de irmãos pela igreja Paulo continua ensinando de forma inteligente e prática como os coríntios deveriam proceder em meio a obra do SENHOR.
Paulo inicia esse ultimo trecho da carta explicando aos coríntios o que era essa obra do SENHOR tão necessária e relevante que era motivada pela ressurreição.

Obra do SENHOR: Suporte Financeiro [16.1-7]

Primeiro aspecto da Obra do SENHOR que Paulo descreve é o aspecto financeiro. Aqui Paulo escreve de forma resumida. Elemento que ele começa a dar cada vez mais atenção, talvez por seu compromisso com os apóstolos de se lembrar dos pobres
Gálatas 2.9–10 NVI
9 Reconhecendo a graça que me fora concedida, Tiago, Pedro e João, tidos como colunas, estenderam a mão direita a mim e a Barnabé em sinal de comunhão. Eles concordaram em que devíamos nos dirigir aos gentios, e eles, aos circuncisos. 10 Somente pediram que nos lembrássemos dos pobres, o que me esforcei por fazer.
Esse tema é melhor desenvolvido em 2 Coríntios em que 2 capítulos são dedicados ao tema na tentativa de motivar os coríntios e evitar que, apesar de eles tomarem a iniciativa, não desanimassem.
2Coríntios 8.10 NVI
10 Este é meu conselho: convém que vocês contribuam, já que desde o ano passado vocês foram os primeiros, não somente a contribuir, mas também a propor esse plano.
A introdução “quanto as ofertas” sugere que Paulo vinha respondendo a mais perguntas dos coríntios, provavelmente “como proceder quanto a coleta?” Ele demonstra que Corinto não era a unica e a semelhança da questão do véu eles deveriam agir de modo parecido com o que vinha acontecendo nas igrejas ao redor do mundo.
Qual seria esse padrão? No primeiro dia da semana, provavelmente o dia do culto, apesar de não ficar claro se era um momento do culto público ou simplesmente o dia de encontro da igreja, esse valor deveria ser economizado, separado e guardado de casa.
Não era algo repentino, mas planejado. Eles não seriam pegos de surpresa e deveriam estar preparados para esse momento. Isso fica evidente também na quantia de “acordo com a renda” pode ser melhor traduzida como seu lucro, economia ou prosperidade. Paulo deixa claro que precisaria ser tudo absolutamente planejado ninguém poderia ser pego de surpresa. A igreja deveria fazer esse procedimento de forma organizada e generosa, de modo que aquele que contribui não ficasse em prejuízo, mas pensasse bem antes de fazer a sua oferta e se preparasse para ela. Mais uma vez destacando a organização da igreja como ele fez a respeito do culto público em 1 Co 14.
Tanto esse texto quanto 2 Coríntios 8-9 não falam a respeito de dízimos, mas de uma oferta especial a outras igrejas para superarem um momento de grande fome e necessidade. Em que muitos de fato de modo generoso abriram mão sacrificialmente de recursos em prol do reino.
A NVI traduz por “povo de Deus” mas a expressão mais precisa seria “os santos” (1Co 16.1; 2Co 8.4; 9.1, 12) parece descrever uma distinção com os gentios “santo” alguns comentaristas afirmam que isso se da pelo fato de israel ser o povo original de Deus e os gentios terem sido enxertados. Assim “Os santos” seriam os judeus convertidos e santos os gentios, destacando a distinção mínima que há entre esses dois povos.
A ajuda nesse momento destacava como esses “dois povos” agora viviam unidos em Cristo não havendo mais separação entre judeus e gentios, ambos unidos em Cristo na Igreja e agora irmãos e juntos na batalha.
Em seguida Paulo demonstra o cuidado que era necessário com os recursos doados, envolvendo a carta de referencia para os delegados para a tarefa que os coríntios escolheriam, nessas cartas seria demonstrado a quantia original enviada e o propósito da doação.
Paulo avalia se acompanharia ou não essa delegação, em uma primeira leitura pode parecer que Paulo estaria desconfiando desses homens escolhidos pela igreja, afinal era uma igreja desafiadora. Entretanto é justamente o oposto, Paulo provavelmente se preocupa se seria prudente ele ir a Jerusalém e arriscar ser preso ou ainda deixar a porta aberta que havia em Éfeso 1Co 16.8-9
1Coríntios 16.8–9 NVI
8 Mas permanecerei em Éfeso até o Pentecoste, 9 porque se abriu para mim uma porta ampla e promissora; e há muitos adversários.
Assim a possibilidade de não acompanhar os delegados dos coríntios era um voto de confiança demonstrando a percepção de Paulo que mesmo aqueles cristãos complicados ainda era convertidos em Cristo e Deus é soberano sobre a igreja.
A palavra usada para oferta é “graça” expressão que permeia todo o capítulo 8 e 9 de 2 Coríntios ela demonstra a generosidade independente do mérito. A oferta era um presente.
Essa expressão destaca que a oferta não é apenas uma doação financeira, mas destaca o amor de Deus, comunhão, serviço. Assim demonstra o elo que unia a igreja ao redor do império, a graça de Deus que se manifesta na graça que abençoa.
A obra de Deus no aspecto financeiro é um reflexo da obra de Deus Espiritual que transformou o pecado em povo de Deus em Cristo Jesus chamado por Paulo de Santo.
A declaração de Paulo “onde quer que eu vá", utilizada pelos corintios para acusá-lo de consubstancia não são adequadas, afinal Paulo deseja passar o inverno em corinto, mas entende que o fará “se Deus permitir”, afinal ele é soberano.
Ainda pensando em termos de planejamento isso é bem relevante, visto que Paulo tem os seus planos, mas entende que Deus pode mudar os planos e ele não tem problemas com isso.
Até a possibilidade de receber o suporte financeiro dos coríntios parece ser uma “oferta de paz” quanto ao problema de se recusar a ser sustentado por eles, ainda que de forma pontual.
Paulo descreve o tempo extenso que teria com eles demonstrando seu profundo amor por eles apesar dos desvios éticos e teológicos.

Conclusão

Paulo destaca dois elementos extremamente importantes
Cada membro deve participar de acordo com a sua renda
Organização e supervisão são fundamentais
Paulo destaca aqui como não era a tarefa dos mais ricos, cada membro independente das suas posses deveria participar de acordo com a sua renda.
Paulo organiza e planeja assim como monitora todo o processo destacando a importância da organização e prestação de contas na vida de uma igreja.

Obra do SENHOR: Suporte Espiritual [16.8-12; 4.17]

Em seguida Paulo descreve aspectos espirituais da “Obra do SENHOR” por meio do seu ministério e do serviço que ele delegou para Timóteo e chamou de “Obra do SENHOR”.
O motivo de Paulo não ir direto aos coríntios é que uma porta se abriu em Éfeso, ele compreende como um movimento de Deus que ele não poderia ignorar, apesar de seu forte desejo de estar com os coríntios.
A porta aberta é uma referencia em diversos textos a oportunidades de evangelismo! Aqui Paulo destaca ainda que havia outro fator de preocupação que é a presença de adversários, de acordo com calvino esse era mais um motivo para Paulo esperar, ele não se preocupava consigo, mas com o reino.
Assim a porte evangelística não poderia ser ignorada e a presença dos adversários motivava Paulo a avançar e não perder essa oportunidade. Ainda que fossem as “feras” mencionadas anteriormente, ou seja uma oposição feroz.
Paulo não recua nas oportunidades que tem de abençoar a igreja com seus dons e talentos independente do contexto ou oposição. Ele edifica a igreja não apenas financeiramente, mas também espiritualmente.
Essa introdução de seu exercício da Obra do SENHOR no aspecto espiritual introduz o desafio para que a igreja valorizasse e tivesse bom proveito da Obra do SENHOR por meio de Timóteo.
A tradução se Timóteo for não é muito precisa, visto que em 1Co 4.17
1Coríntios 4.17 NVI
17 Por essa razão estou lhes enviando Timóteo, meu filho amado e fiel no Senhor, o qual lhes trará à lembrança a minha maneira de viver em Cristo Jesus, de acordo com o que eu ensino por toda parte, em todas as igrejas.
Paulo dá essa certeza de que Timóteo iria para fazer correções doutrinárias e éticas na igreja em nome de Paulo para adequar essa prática a de todas as igrejas, Corintio não era unica, mas parte do corpo de Cristo espalhado por todo o mundo.
Assim a melhor tradução é quando Timóteo for, ou seja, a incerteza não estava se ele iria, mas quando ele chegaria. A expressão grega pode ser traduzida tanto por “se” quanto “quando” ainda que a maioria das vezes a primeira opção seja a melhor, nesse contexto parece ser a segunda.
Paulo estava preocupado com a hostilidade da igreja contra Timóteo então ele lembra os coríntios que o ministério de Timóteo servindo a “Obra do SENHOR” é diferente do que eles o farão levando as contribuições não é a edificação financeira da igreja, mas a edificação espiritual da igreja por meio do cuidado, pastoreio e ensino.
Os coríntios talvez quisessem receber Apolo 1Co 16.12
1Coríntios 16.12 NVI
12 Quanto ao irmão Apolo, insisti que fosse com os irmãos visitar vocês. Ele não quis de modo nenhum ir agora, mas irá quando tiver boa oportunidade.
E o próprio Apolo se recusa talvez percebendo a necessidade espiritual de Corinto de se submeter a liderança da igreja e não apenas a lideres de suas preferencias. Por essa razão Paulo relembra o ministério de Timóteo e seu papel solicitando aos coríntios que hajam de acordo e não o desprezem por ser na “visão deles” possivelmente menos capacitado que Apolo que se recusou a ir esperando momento mais oportuno.
Deixa claro que desprezar Timóteo é desprezar Paulo, seu ministério e o evangelho que lhes fora pregado. A exortação fica ainda mais significativa quando lembramos que Timóteo estava junto com Paulo e Silvano quando iniciam o projeto em Corinto 2Co 1.19
2Coríntios 1.19 NVI
19 pois o Filho de Deus, Jesus Cristo, pregado entre vocês por mim e também por Silvano e Timóteo, não foi “sim” e “não”, mas nele sempre houve “sim”;
Os desafia a ajudá-lo em tudo que ele precise para que exercite a “Obra do SENHOR” e retorne para Paulo.
Timóteo não era covarde, acompanhou Paulo , foi preso e perseguido e pastoreou a igreja, mas não tinha o que chamamos de personalidade forte, assim Paulo o envia para fazer seu trabalho ainda que aparentemente não era o que a igreja desejava, mas era o que ela precisava.
A maior preocupação de Paulo não era que fosse fragilizado, mas que fosse considerado seu representante no exercício da Obra do SENHOR que ele o próprio apóstolo desenvolvia.
A grande preocupação era que Timóteo fosse impedido de fazer seu trabalho por parte dos poderosos da igreja que foram confrontados com sua vida sexual, social, adoração e procedimentos legais e poderiam descontar e tentar impedir Timóteo de fazer seu papel, Paulo tenta evitar esse problema de forma antecipada deixando claro o papel de Timóteo.
Paulo demonstra de forma prática aos coríntios que os homens de Deus que desenvolvem o ministério não são os líderes natos que o mundo espera e o envio de Timóteo ao invés de Apolo era uma forma prática e didática de demonstrar isso.
Muitas vezes a capacidade e carisma prejudicam o evangelho, os corintios precisavam compreender que o evangelho é o poder de Deus e não de líderes específicos pelos quais eles dividiam a igreja, e Apolo apesar de ser um dos nomes não era conivente com isso como ficou evidente em sua recusa de ir.
Após a visita de Timóteo ele deveria ser enviado em paz, ou seja, com tudo o que precisasse e sem problemas desnecessários exercendo o seu papel para a edificação da igreja. E ainda aguardava que os irmãos em Corinto o acompanhasse, pois a viagem sozinho era perigosa.
Finalmente o fato de Paulo insistir com Apolo destaca a boa relação e Apolo não ir pode indicar que estavam em acordo quanto a necessidade dos coríntios de olhar mais para o evangelho e menos para líderes específicos e Apolo retornar apenas iria aumentar as divisões, este não seria o melhor momento. Outra razão que alguns indica, é que ele não queria deixar Paulo em Éfeso sozinho com a grande oportunidade ministerial e oposição. Independente do motivo, chama atenção o fato de Apolo não ser mencionado em 2 Coríntios e não ser mencionado mais, nem sequer sabemos se Apolo retornou.
Paulo deixa claro que ambos estão no evangelho e não disputam por discípulos pessoais, ambos são cooperadores do reino.
Os irmãos mencionados, provavelmente são aqueles mencionados no final da carta que pretendem visitar os coríntios.

Obra do SENHOR é a edificação da igreja financeira e espiritual

Princípios Eternos

Obra do SENHOR é qualquer atividade financeira para a edificação do Reino e da igreja
Obra do SENHOR é qualquer atividade para a edificação da igreja
Cuidado financeiro da igreja exige prudencia, planejamento e prestação de contas
Cuidado Espiritual da igreja exige condições adequadas, recepção, respeito e apoio sem combates desnecessários
O evangelho é mais importante do que os líderes
O evangelho é mais importante do que a minha expectativa de lideres

Desafios

Ore para que Deus levante a igreja para ser ativa na Obra do SENHOR de forma completa
Se envolva financeiramente de forma ativa
Se envolva nos ministérios de forma ativa
Facilite o próximo ministério independente de quem venha, o evangelho é mais importante do os líderes ou minhas expectativas humanas
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