O Corpo da Ressurreição [1Co 15.35-49]

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Introdução

Captação

Velório de um cristão em frente a um incrédulo.

Contexto

Percebemos evidências da ressurreição e eternidade em toda a carta dos coríntios. Nos primeiros 4 capítulos a sabedoria de Deus é superior a sabedoria humana e o que mantém a igreja unida. Essa sabedoria aponta para a cruz que é uma vergonha para os filósofos, mas poder de Deus para salvar.
No capítulo 5 a disciplina é realizada no meio do povo de Deus olhando para o reino e na expectativa de redenção eterna apesar do testemunho horrível.
No capítulo 6 a esperança da restauração do corpo é a referencia para a pureza do corpo diante das prostitutas
No capítulo 7 há uma referencia breve a eternidade quando Paulo lida com o casamento e a aliança
Nos capítulos 8 a 10 o que motiva os sacrifícios ministeriais de Paulo e deveria motivar os coríntios a abrir mão de seus direitos é a esperança e relacionamento do corpo
No capítulo 11 a Ceia demonstra que a salvação é passada, presente e futura na esperança de redenção de todas as coisas e não deveria ser voltada a autopromoção
Nos capítulos 12 a 14 deve nortear os dons, em especial no capítulo 13 em que o amor permanece porque é o que se mantém na Eternidade, afinal os dons tem um período para terminar.
Assim fica evidente que o capítulo 15 não é apenas uma correção ou conclusão da carta. Mas destaca o ponto mais fundamental do evangelho que precisava estar claro para os coríntios.
Na última mensagem percebemos a realidade evidente da ressurreição, agora Paulo começa a explicar um pouco melhor como será o corpo da Ressurreição.

Relevância

Vivemos em uma sociedade cada vez mais científica em que o sobrenatural é deixado de lado como radical e impossível. Toda a forma a forma de enxergarmos o mundo tem sido moldada desde o iluminismo por uma cosmovisão naturalista que elimina qualquer elemento sobrenatural ou que não pode ser explicado pela ciência.
Essa forma de enxergar o mundo tem impactado até mesmo a igreja e teólogos com a teologia liberal e suas vertentes que tem negado a ressurreição, sua realidade e poder e influenciado especialmente os jovens.
Assim é necessário que nossos jovens e adolescentes possam compreender de fato que Cristo ressuscitou e essa é a razão de sua esperança eterna e essa esperança deve transformar a forma como vivemos os nossos dias, nos afastando da depressão, ansiedade e desespero cada vez mais comum nessas gerações mais novas que não sabem lidar com a frustração.
Não se limitando a essas gerações precisamos compreender de fato que Cristo ressuscitou e isso muda a forma como sirvo na igreja, testemunho, trabalho, vivo minhas relações amorosas e familiares. Para compreender o evangelho a ressurreição é necessária e ninguém permanece igual quando compreende a realidade sobrenatural do evangelho.

O Corpo da Ressurreição é Físico e Distinto [15.35-41]

Paulo começa provocando mais uma vez os “sábios coríntios” que não compreendiam o básico, demonstrando ao coríntios que o corpo da ressurreição é um corpo físico e distinto. A comparação que Paulo utiliza para a compreensão dos coríntios a semelhança do que ele fez outras vezes na carta é a agricultura, neste capítulo mesmo ele já utilizou a ideia das primícias e agora ele relembra aos coríntios que para que nasça algo novo da semente é necessário que ela morra primeiro, então a negação da ressurreição não faria sentido e o processo do corpo glorificado seria semelhante a esse sendo necessário primeiro a morte.
Do mesmo modo que a semente ganha um corpo após a morte assim ocorrerá conosco, após a nossa morte o processo é semelhante a semente, Deus dará um corpo conforme determinou. E destaca que cada espécie tem um corpo distinto comparando espécies ou “categorias” de animais.
Em segui distingui o que ele chama de “corpos celestes” e “ corpos terrestres” destacando que os corpos celestes ainda que físicos são superiores aos terrestres. A palavra aqui traduz planetas, estrelas ou conjuntos de “corpos celestes” pensando principalmente em aspectos físicos e não seres absolutamente espirituais.
Destacando inicialmente que o corpo da ressurreição será físico, glorioso e superior ao natural. Assim inicialmente desde o inicio do capítulo 15 Paulo vinha afirmando a certeza da ressurreição e sua importância para o evangelho, em seguida demonstra como não há outra forma de compreender a ressurreição que não seja física e neste bloco demonstra que esse “corpo espiritual” ou “celestial” é superior ao natural.

Corpo Glorificado [15.42-49]

Agora Paulo especifica as características desse corpo Espiritual distinto. Não podemos confundir e ideia de corpo espiritual ou celestial com algo não físico, o argumento de Paulo aos coríntios é justamente o oposto. Esse corpo mais distinto e espiritual é físico e glorioso.
Paulo retoma a ilustração da semente para explicar sua percepção clara que a ressurreição dos mortos, do qual Cristo é a primícia, é parte do processo é muito superior ao corpo natural ainda que seja um corpo de fato, ele é glorioso.
Provando esta hipótese ele argumenta que o corpo que é semeado perecível ressuscita (colhe) imperecível, em desonra, glória, fraqueza, poder natural se torna espiritual.
Paulo está lidando diretamente com a mentalidade dos coríntios de que o poder, sabedoria e honra estariam apenas na espiritualidade livre do corpo. E argumenta que a semelhança da semente que morre para produzir algo superior isso também ocorrerá com o corpo na ressurreição produzindo um corpo superior.
Em seguida saindo um pouco do ambiente agrícola ele lida com a Teologia do AT para organizar a sua ideia, e ainda que não seja a passagem mais famosa da comparação de Cristo e Adão, é provavelmente a primeira vez que ele faz essa relação.
Para provar a existência de um corpo espiritual em contraste com natural ele relembra Gn 2.7
Gênesis 2.7 NVI
7 Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente.
E argumenta que o último Adão não é apenas um ser vivente, mas um espírito vivificante, fazendo uma referencia a morte espiritual do primeiro Adão e vida espiritual do último Adão. E lembra que não foi o espiritual que veio antes, mas o natural. E continua as comparações de antes e depois ao argumentar que o primeiro Adão vem da terra, os que são da terra são semelhantes ao homem terreno (primeiro Adão), e por isso tivemos a imagem do primeiro Adão. Em contrapartida o Segundo Homem, ou Último Adão, veio dos céus (claro nos evangelhos), os que são dos céus são semelhantes ao homem celeste (Segundo Adão) logo teremos a imagem do homem celestial.
Há um debate aqui por causa dos manuscritos se a melhor tradução é tenhamos ou teremos. A diferença é se devemos buscar essa imagem ou uma garantia. Olhando o fluxo do texto claramente escatológico mais do que exortativo quanto a vida cristã, me parece que a garantia de que teremos esse corpo glorificado na ressurreição em que Cristo é a primícia faz muito mais sentido do que a ideia de que precisamos buscar esse corpo glorificado, me parece muito mais uma consequencia, até mesmo quando olhamos outras partes das escrituras como Rm 8 28-30
Romanos 8.28–30 NVI
28 Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. 29 Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou.

Conclusão

O texto desenvolve claramente a ideia de que a Ressurreição é necessária e o passo lógico quando olhamos para o exemplo da natureza (semente) e para a relação do primeiro e do último adão o primeiro natural e o último espiritual. Assim ele lida com elementos desafiadores para nós até hoje em especial em termos escatológicos, visto que o corpo físico é necessário, um bom motivo para sermos milenaristas pelo menos, afinal o corpo físico não é necessário na eternidade, mas nos novos céus e na nova terra sem dúvidas. Com base nesse texto é o que conseguimos extrair da escatologia, apesar do argumento paulino até o final do capítulo ele ainda lidar com outros aspectos escatológicos.

Proposição

Ressurreição é Necessária para o Corpo Físico Glorificado Semelhante ao do Filho

Princípios Eternos

A esperança cristã é de uma ressurreição superior a natural
A ressurreição e o corpo glorificado são essenciais para a teologia cristã, é o centro da nossa esperança
Temos esperança em tempo desafiadores por causa da garantia da ressurreição
A forma como morremos não interfere na ressurreição porque o corpo glorificado é superior
Não precisamos nos preocupar com a morte ou danos físicos o corpo glorificado é superior
A morte é necessária na teologia cristã, para que se evidencie o corpo espiritual do segundo Adão
Até nosso corpo deve ser semelhante ao do Filho porque somos, agora, do céu com corpos espirituais e desse modo devemos viver de acordo
Não preciso me preocupar com a morte, visto que um corpo superior me é garantido

Desafios

Liste seus medos quanto a morte e a deterioração do corpo, em seguida entregue a Deus confiando que o corpo glorificado é uma garantia para aqueles que estão em Cristo
Se não tem certeza dessa esperança procure um cristão maduro, certifique-se se sua conversão em Jesus Cristo e se ainda não fez renda-se a cruz
Ore para que a esperança da ressurreição no corpo espiritual marque a vida de seus irmãos e de sua igreja
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