SL 46 - Salmos do Filhos de Corá - Salmo de Louvor - Deus nosso refúgio e fortaleza

Salmos dos filhos de Corá  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Liturgia

Isaias 51.12-16 “12 “Eu, eu sou aquele que os consola; quem, então, é você, para que tenha medo do homem, que é mortal, ou do filho do homem, que não passa de erva? 13 Por que você se esquece do Senhor, que o criou, que estendeu os céus e fundou a terra, e todo o dia, sem cessar, teme a fúria do opressor, que se prepara para destruir? Onde está a fúria do opressor? 14 O exilado cativo depressa será libertado, lá não morrerá, lá não descerá à sepultura; o seu pão não lhe faltará.” 15 “Pois eu sou o Senhor, seu Deus, que agito o mar, de modo que bramem as suas ondas. O meu nome é Senhor dos Exércitos. 16 Confio a você as minhas palavras e o protejo com a sombra da minha mão, para que eu estenda os céus, firme a terra e diga a Sião: ‘Você é o meu povo.’ ””
Cânticos
Orações de agradecimentos

Texto

Salmo 46 (NAA)JHY
Ao mestre de canto. Dos filhos de Corá. Em voz de soprano. Cântico
1 Deus é o nosso refúgio e fortaleza,
socorro bem presente nas tribulações.
2 Portanto, não temeremos, ainda que a terra se transtorne
e os montes se abalem no seio dos mares;
3 ainda que as águas tumultuem e espumejem
e na sua fúria os montes estremeçam.
4 Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus,
o santuário das moradas do Altíssimo.
5 Deus está no meio dela; jamais será abalada.
Deus a ajudará desde o romper da manhã.
6 Bramam nações, reinos se abalam.
Deus faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve.
7 O Senhor dos Exércitos está conosco;
o Deus de Jacó é o nosso refúgio.
8 Venham contemplar as obras do Senhor,
que tem feito desolações na terra.
9 Ele faz cessar as guerras até os confins do mundo,
quebra o arco e despedaça a lança;
queima os carros no fogo.
10 Aquietem-se e saibam que eu sou Deus;
sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.
11 O Senhor dos Exércitos está conosco;
o Deus de Jacó é o nosso refúgio.

Introdução

Meus irmãos depois de passarmos pelos 5 salmos de lamento, e em específico o último SL88 onde nas profundezas da escuridão e depressão o salmista se despede, pois nela ele se encontra em vida mas sabe que seu redentor o resgatará ao fim.
Agora iniciamos a série de 5 salmos de Corá - Salmos de Louvor e o primeiro da série é o SL 46 e os demais 47 / 48 / 84 / 87.
Deus é o verdadeiro refúgio!
Como nosso coração precisa dessa mensagem...
Esse mundo está em trevas enormes adversidades enormes mudanças, politica, humanitária, estruturas, todas abaladas… Cientistas não se acertam, As grandes autoridades batem cabeça e tomam decisões cada vez mais longe da palavra de Deus e agem como se Deus não existisse.
Precisamos ouvir que Deus é o nosso refúgio! e essa mensagem do texto do salmo 46 mostra 3 verdades sobre a soberania de Deus em nossas vidas e na vida do mundo.
dos versos 1-3 ele vai falar sobre a Proteção de Deus como fortaleza segura
os versos 4-7 Ele vai mostrar eus como o Deus Presente o Deus que está conosco.
e por fim os versos de 8-11 - É o poder de Deus .. a convocação do Senhor.
Então eles que celebram a presença e a proteção de Deus. Esse salmo se concentram na presença do eterno em Jerusalém (Sião é a localização do monte do templo de Jerusalém). Depois de identificar Deus como o Provedor de refúgio e força, o salmista celebra Sua proteção em desastres naturais (vv. 1-3) e contra nações inimigas (vv. 4-7). O salmista convida as pessoas a contemplar as obras de DEUS em geral.
Então nós vamos olhar para esse cenários dessas verdades da Proteção de Deus, da presença de Deus e do Poder de Deus para com seu povo.
Bom vamos verso-a-verso e olhar a profundeza do que o salmista quer nos trazer.
Sl46.1 “1 Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.”
. Aqui o salmista começa com uma expressão ou sentimento geral, antes de começar a falar do livramento mais específico. Ele começa estabelecendo que Deus é suficientemente poderoso para proteger a seu próprio povo e fala isso claramente e dá base suficiente de esperança pra gente… Tribulação aqui é quando estamos acoados, num beco sem saída, e somos nós MUITAS vezes que nos colocamos nessa situação, e Deus vem em nossa direção com opessoas caídas que somos, precisaremos constantemente da ajuda do Senhor. E no tempo certo ele nos socorre!
.O Senhor será uma segurança e abrigo para seu povo nos tempos de necessidade. Ele fortalece seu coração e elimina sua fraqueza. Um coração não enfraquecerá se for fortalecido em meio à luta. É nos momentos de necessidade que a ajuda aparece, para que a fé sagrada e o reino sejam sustentados, pois existem muitas tentações e perturbações o tempo todo. e o principal isso acontece para que Deus seja louvado e glorificado. Porque Ele é a ajuda presente, tanto para libertá-los de seu sofrimento quanto para lhes conceder a graça de sustentá-los corajosamente.
Sl46.2-3 “2 Portanto, não temeremos, ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; 3 ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes estremeçam.”
.O salmista descreve catástrofes naturais, como terremotos, águas tempestuosas e montanhas instáveis, que simbolizavam as forças do caos no antigo Oriente Próximo . Esses versículos lembram o poder de Deus sobre o caos, conforme a gente vê na criação (ver Gênesis 1:2 e nota). falar de Exodo 19 Yahweh agindo para libertar, assemelha-se a várias passagens em Êxodo. A fumaça e as nuvens que envolvem Yahweh lembram a descrição de Sua aparição no Monte Sinai em Êxodo 19:16-19
O salmista declara que ele e todos aqueles (nós também somos incluídos) que recitamos esse salmo com ele não temeremos as forças do caos porque Deus é o refúgio e a força deles (Sl 46:1).
Queria até trazer um exemplo de uma escritora que algumas das irmãs aqui conheceram na conferência fiel para mulheres de uns anos atras, a escritora Elizabeth Elliot - Ela sofreu a perda de dois maridos. O primeiro, Jim Elliot, foi morto pelos índios Auca, no Equador, quando tentava levar o evangelho a eles. O segundo, Addison Leitch, foi lentamente consumido pelo câncer. Ao relatar como foram essas experiências, ela se referiu a este salmo, dizendo que no primeiro choque da morte "tudo o que parecia mais confiável cedeu. As montanhas estão caindo, a terra está cambaleando. Em um momento como esse, é um conforto profundo saber que, embora todas as coisas pareçam estar abaladas, uma coisa não está: Deus não é abalado". Ela acrescentou que o mais necessário é fazer o que o salmista faz mais tarde, "aquietar-se" e saber que Deus é Deus. Deus é Deus, quer reconheçamos isso ou não. Mas descansar nessa verdade nos conforta e infunde força em nosso espírito vacilante.
SL46.4-7 “4 Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. 5 Deus está no meio dela; jamais será abalada. Deus a ajudará desde o romper da manhã. 6 Bramam nações, reinos se abalam. Deus faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve. 7 O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.”
.A cidade de Deus é a igreja, devemos entender “cidade de Deus” como toda a igreja cristã, na qual Deus habita com sua Palavra e Espírito, com os quais ele a santifica, Somos morada do Senhor.
Interessante também a gente notar que a nesses versos, que tinham inimigos a que sempre se achegavam para acabar com a cidade, e eles estavam marchando contra Jerusalém. Nesse momento de perigo, os que residiam em Jerusalém estavam seguros, porque Deus estava no meio deles. O Eterno estava com eles. Nesse cenário, o "rio" do versículo 4 é o riacho de Siloé, o único suprimento natural de água doce em Jerusalém. O "lugar santo" é o monte do templo. Assim, com grande beleza poética, em contraste com a imagem do caos nos versículos 2-3, Então vem a IMAGEM de perfeita paz e segurança de Jerusalém aqui no verso 4.
Só que tem mais um significado que devemos tratar tbm!
."cidade de Deus", diz respeito não apenas à segurança da Jerusalém terrena, mas também à natureza e à segurança do povo de Deus em toda a história. Ela aponta para a nova Jerusalém espiritual, um símbolo do céu, que foi preparada por Deus como a morada final dos santos. Nesse quadro de referência, o "rio" do versículo 4 é o rio que flui do trono de Deus (ver Ezequiel 47:1-12; Zacarias 14:8; Apocalipse 22:1-2) e o "lugar santo" é a morada de Deus no céu. Essa é a cidade pela qual Abraão esperava, não uma mera Jerusalém terrena, mas "a cidade com fundamentos, cujo arquiteto e construtor é Deus"
Pode sofrer todo tipo de desamparo, mas não teremos falta do amparo e ajuda de Deus.
Em relação ao verso Sl46.6 “6 Bramam nações, reinos se abalam. Deus faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve.” - Que circunstâncias terrenas estão por trás desse relato da defesa de Jerusalém por Deus que os filhos de corá relatam aqui? Há duas teorias principais.
1. A destruição dos exércitos de Amon, Moabe e Monte Seir durante o reinado de Josafá (2 Crônicas 20:1-30). Quando Jeosafá foi informado de que exércitos do leste estavam vindo contra ele, apelou a Deus pedindo ajuda e Deus respondeu, dizendo que livraria os habitantes de Jerusalém. O povo não deveria lutar contra os exércitos invasores, mas deveria se posicionar em um ponto alto para ver o que aconteceria. Quando o fizeram, viram os soldados de Amon e Moabe se voltarem contra os soldados do Monte Seir. Ou seja, os exércitos lutaram entre si e se destruíram. O texto diz: "Quando os homens de Judá chegaram ao lugar que dá para o deserto e olharam para o vasto exército, viram apenas cadáveres no chão; ninguém havia escapado" (v. 24).
Sl46.6 “6 Bramam nações, reinos se abalam. Deus faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve.”
2. A destruição do exército do rei assírio Senaqueribe durante o reinado de Ezequias (2 Reis 18-19). Esse é o mais conhecido dos dois incidentes. Nessa ocasião, o comandante de campo de Senaqueribe ficou diante dos muros de Jerusalém e conclamou o povo a se render, gabando-se de que nenhum dos deuses das nações havia sido capaz de resistir aos exércitos assírios. Ele então enviou uma carta a Ezequias, gabando-se da mesma coisa. Quando Ezequias a recebeu, entrou no templo e a apresentou ao Senhor, e Deus lhe respondeu por meio do grande profeta Isaías, que disse que Deus defenderia a cidade e que Senaqueribe voltaria a Nínive e pereceria ali. Naquela noite, Deus enviou um anjo pelo acampamento dos assírios, matando 185.000 soldados. O relato diz: "Quando o povo se levantou na manhã seguinte - lá estavam todos os cadáveres! Então Senaqueribe, rei da Assíria, levantou acampamento e se retirou. Ele voltou para Nínive e ficou lá" (2 Reis 19:35-36).
Sl46.6 “6 Bramam nações, reinos se abalam. Deus faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve.”
Sl46.7 “7 O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.” - Falaremos do 7 ao final junto com o 11.
Salmo 46:8-10 “8 Venham contemplar as obras do Senhor, que tem feito desolações na terra. 9 Ele faz cessar as guerras até os confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo. 10 Aquietem-se e saibam que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.”
. Quando o versículo 9 diz: "Ele faz cessar as guerras até os confins da terra", não está apresentando Deus como um negociador da paz, mas como um conquistador. Em outras palavras, essa paz não deve ser comparada aos tratados de paz comum que vemos nos jornais, pactos de desarmamento negociados entre nações que são muito muito poderosas. Ela é mais parecida com o bombardeio dos Aliados no Iraque, que estabeleceu a "paz" impondo-a à parte conquistada.
Há uma ilustração interessante desse contraste nos dias do império romano. Uma medalha romana foi cunhada por Vespasiano após a conclusão de suas guerras na Itália e em alguns outros lugares, mostrando a deusa da paz segurando um ramo de oliveira em uma mão e uma tocha incendiando pilhas de armaduras na outra. O ramo de oliveira representa uma paz negociada. A tocha e a armadura destruída representam uma paz imposta. Ambas são paz, mas é a segunda que está sendo apresentada no Salmo 46:8-10.
Portanto, nesse cenário, "aquietai-vos e sabei que eu sou Deus" não é um conselho para levarmos uma vida contemplativa, por mais importante que isso seja. Elisabeth Elliot não estava errada ao dizer que essa deveria ser nossa meta nos tempos de turbulência emocional - O que ela disse lá : é um conforto profundo saber que, embora todas as coisas pareçam estar abaladas, uma coisa não está: Deus não é abalado". Em vez disso, significa: "Abaixe suas armas. Renda-se e reconheça que sou o único Deus vitorioso". É claro que o momento para fazer isso é agora, enquanto uma paz desejável pode ser sua por meio da obra de Jesus na cruz. Se você não se render agora, um dia o fará, apesar de si mesmo, embora seja para julgamento e não para bênção. Isso se deve ao fato de que Deus é Deus e, no final, o poder e a santidade dele serão exaltados. Ninguém pode esperar resistir a Ele.
Alguns testemunhos de homens e pais da igreja do passado nos trazem sobre esse texto:
. NIKOLAUS SELNECKER: somos aconselhados a reconhecer o livramento maravilhoso da igreja de Deus e a contemplar bem como Deus preserva e protege tão maravilhosamente sua Palavra, acima e contra toda a razão humana. Quando Deus se torna conhecido com uma única palavra – por exemplo, com o ressoar de um trovão ou qualquer outra coisa – todos devem se esconder e se submeter ao seu poder. Em Atos 2, lemos que três mil pessoas se converteram por meio de um sermão de Pedro. Paulo caiu ao chão quando Cristo lhe perguntou: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Davi não soube o que fazer quando Natã declarou: “Eis o homem!”. Por isso, devemos observar cuidadosamente como Deus age entre os reis, príncipes, hereges e até entre os santos, até guiá-los e convertê-los, e como Cristo destrói e arruína todos os seus inimigos. Isso ainda acontece. Esses exemplos estão diante dos olhos daqueles que apenas prestam atenção
. Por isso, devemos observar cuidadosamente como Deus age entre os reis, príncipes, hereges e até entre os santos, até guiá-los e convertê-los, e como Cristo destrói e arruína todos os seus inimigos. que foram destruídos – o diabo, o mundo, o pecado, a morte e o inferno – pois, quando a pregação do evangelho alcançou até os confins da terra e seus adversários foram mortos, Cristo começou a liderar vitórias magníficas com seus apóstolos e servos. Desse modo, ouvimos que Cristo se torna supremo e triunfa sempre que derrotamos nossos inimigos – o pecado, a carne, o diabo, o mundo, a morte – com a palavra, a fé e a oração.
Phillip Melanchton - amigo de Lutero e reformador diz assim sobre esse texto - Então, ele declara: “Sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra”. Isso significa que sempre que vocês estiverem em perigo, não precisam ter medo e não devem buscar refúgios ilícitos, como se não existisse Deus ou como se ele não se importasse com vocês. Mas, antes de tudo, vocês devem olhar para Deus, que se revelou nesse povo de Israel, pedir que ele os ajude e esperar que cumpra suas promessas. E saibam que, certamente, esse louvor o agrada e é especial para ele, pois ele não se revela e não faz promessas por nada, mas deseja ser reconhecido e que os testemunhos sobre ele sejam visíveis na igreja e diante de seus inimigos.
Versos 7 e verso 11 - Sl46.7 “7 O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.”
. Deus é aclamado com 2 nomes distintos - Senhor dos Exércitos e Deus de Jacó - cada um com seu significado. Primeiro, ele é "o SENHOR Todo-Poderoso". As palavras são literalmente "o SENHOR dos Exércitos (Jeová Sabaote)". "Exércitos" se refere aos exércitos de Israel, por um lado, e aos exércitos angelicais de Deus, por outro. Isso torna o nome especialmente adequado a esse salmo, uma vez que ele se baseia em uma libertação histórica do povo dos exércitos terrestres, independentemente de sua origem, e também espera uma libertação final, quando Deus subjugará as forças hostis do homem rebelde para sempre.
Temos uma visão maravilhosa do poder das hostes de Deus na história de Eliseu em Dotã. A cidade de Dotã havia sido cercada pelos exércitos de Ben-Hadade, da Síria, em uma tentativa de capturar Eliseu, e eles foram descobertos de manhã cedo pelo jovem servo de Eliseu. Quando ele viu os soldados e carros posicionados ao redor da cidade, correu para dentro e gritou para Eliseu, dizendo: "Oh, meu senhor, o que devemos fazer?" (2 Reis 6:15). Eliseu orou para que Deus abrisse os olhos de seu servo para que visse as hostes celestiais que o protegiam e, quando Deus o fez, o servo viu que as colinas estavam cheias de cavalos e carros de fogo ao redor de Eliseu. Eliseu lembrou ao seu servo que "os que estão conosco são maiores do que os que estão com eles" (2 Reis 6:16).
Segundo, Deus é o Deus de Jacó. Jacó foi o terceiro dos três patriarcas judeus e o menos notável dos três. Ele era um planejador, como seu nome indica. Levou uma vida inteira para aprender a confiar em Deus. No entanto, o Deus de Abraão era o seu Deus, assim como ele era o Deus de Abraão. "O Deus de Jacó é o Senhor dos Exércitos. Mais maravilhoso ainda, o Senhor dos Exércitos é o Deus de Jacó".
Esse também é o seu Deus meus irmãos, se você se achegou a ele por meio da fé em Jesus Cristo. E se ele é o seu Deus, então ele está com você em todos os momentos, O Senhor Todo-Poderoso está com você? O Deus de Jacó é seu refúgio, como foi para Lutero, João Wesley, Melanchthon, john Huss, e tantos outros martires? Certifique-se de que ele é o seu Deus. As tempestades da vida vão vir.. vai chegar, e a maior de todas será o julgamento final. Faça de Cristo seu refúgio agora, enquanto ainda há tempo.

Conclusão

.Permaneçam firmes, pois Deus está com vocês - O Senhor será uma segurança e abrigo para seu povo nos tempos de necessidade. Ele fortalece seu coração e elimina sua fraqueza. Um coração não enfraquecerá se for fortalecido em meio à luta. É nos momentos de necessidade que a ajuda aparece, para que a fé sagrada e o reino sejam sustentados, pois existem muitas tentações e perturbações
. Deus é um apoio presente - sabemos que a igreja dos crentes neste mundo sempre sofre muitas coisas, como todos os que desejam viver piedosamente. Observe o exemplo de Cristo. Ainda assim, como nosso Deus e Senhor, que deseja ser a única esperança dos crentes, conhece e estabelece todas as coisas, ele também ordena que recorram a ele em todas as suas ansiedades. Ademais, ele é sua força, a quem ninguém é capaz de resistir, visto pelos piedosos como alguém que pode auxiliá-los e os auxiliará, então ele deve ser invocado sempre, em todas as situações e nas grandes dificuldades que possam surgir. Na verdade, ele é uma ajuda presente, tanto para libertá-los de seu sofrimento quanto para lhes conceder a graça de sustentá-los corajosamente
. A promessa do consolo - a natureza nos leva à conclusão de que nenhuma sociedade de pessoas é capaz de durar, a não ser que tenha um local fixo e governantes estabelecidos para defendê-la. A igreja não tem lugar fixo e não é defendida com o consentimento de seus líderes, mas oprimida e abusada. A sociedade de pessoas é desprezível, como os problemas dos apóstolos e nossas próprias dificuldades diárias confirmam. Em meio a esses espetáculos, o que mais a razão humana pode pensar além de que a verdadeira doutrina e os estudos doutrinários serão em breve apagados da face da terra?
Ao contrario da lógica dos homens, esse Filhos de Corá que escreveu esse salmo nos consola dizendo que Deus é nosso refúgio e fortaleza. O Mundo não nos defende, a igreja é sempre um incômodo. Deus nos defende e nos protege de todo o mal. A igreja do Senhor precisa desse consolo, para sabermos que durará, mesmo se não tiver um local fixo ou a proteção dos líderes poderosos.
Salmos 1–72 A Promessa do Consolo

Isaías 51: “Ponho as minhas palavras na tua boca e te protejo com a sombra da minha mão, para que eu estenda novos céus”, ou seja, “estabeleço o ministério do evangelho, que não será defendido pelos poderes terrenos: será atacado de maneira selvagem. Por isso, garanto sua defesa. Protegerei os ministros do evangelho, as igrejas, as escolas, os estudos profundos, ainda que o mundo – em sua loucura – tente destruir o evangelho”

H. J. Selderhuis, Timothy F. George, e Scott M. Manetsch, Salmos 1–72, trans. Heber Carlos de Campos Jr., Paulo José Benício, e Vagner Barbosa, 1a edição., Comentário Bíblico da Reforma (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2018), 383.
João Calvino, Salmos, ed. Franklin Ferreira, Tiago J. Santos Filho, e Francisco Wellington Ferreira, trans. Valter Graciano Martins, Primeira Edição., vol. 2, Série Comentários Bíblicos (São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2009–2012), 318.
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