Exposições em Gálatas - Sermão 1: O resumo do verdadeiro evangelho

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Introdução

Irmãos, talvez não haja perigo maior para a vida de uma igreja do que se afastar do evangelho de Cristo. A igreja que esquece o cerne das boas novas trazidas por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo está fadada a substituí-lo por quaisquer outras mensagens, travestidas como pérolas do evangelho de Cristo, mas que, no fundo, não passam de pérolas falsas.
Uma igreja que não compreende o que é o verdadeiro evangelho, que não reconhece sua autoridade, que não conhece seus efeitos, que não compreende o seu propósito é incapaz de progredir na proclamação desse evangelho e, consequentemente, na expansão do Reino de Deus. A consequência disso é uma igreja que se rende a qualquer falso evangelho que lhe seja apresentado e que esteja concordante com seus desejos pecaminosos. Assim, a igreja que deveria influenciar o mundo, é influenciada por ele; essa igreja que deveria ser um manacial de vida, pode até parece-lo aos olhos dos homens, mas aos olhos de Cristo exalam o mau cheiro da morte espiritual:
Apocalipse 3.1–6 (ARA)
Ao anjo da igreja em Sardes escreve:
Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti. Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas. O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
À parte do verdadeiro evangelho, não há salvação, não há transformação genuína de vidas. Ou os indivíduos seguirão o caminho do legalismo, onde incorrerão na hipocrisia de proclamarem algo que sequer são capazes de cumprir, ou seguirão o caminho do liberalismo, onde se entregarão ou concordarão com os mais diversos tipos de práticas libertinas. Seja o que for, os dois caminhos são dois lados da mesma moeda, sobre a qual não repousa a graça e paz de Deus, mas sua santa ira.
A igreja de Cristo precisa constantemente lembrar e guardar a mensagem do verdadeiro evangelho para se manter viva e resplandecente nesse mundo. Esse evangelho precisa ser lembrado, guardado, vivido e defendido por aqueles que são os embaixadores do Reino de Deus nesse mundo. Em vista disso, a epístola aos Gálatas talvez seja uma das mais belas defesas do verdadeiro evangelho de Cristo, a qual todos os cristãos deveriam fazer coro contra os ensinamentos de falsos profetas.

Contexto geral da epístola aos Gálatas

A Gálatas é uma das epístolas paulinas e talvez tenha sido o primeiro livro do Novo Testamento escrito pelo apóstolo, sendo por isso, talvez, o primeiro livro canônico do NT. A carta é endereçada às igrejas da Galácia, o que por si só não traz muitas informações, visto tratar-se de um amplo território da Ásia Menor, seja na Galácia do Norte (povos celtas) ou Galácia do Sul, onde Paulo e Barnabé haviam implantado algumas igrejas.
Quando olhamos para os relatos de Atos, tudo parece apontar para a segunda opção. Após sua conversão, Paulo realizou uma série de viagens missionárias a povos gentios e, no decorrer dessas viagens, vemos cinco visitas de Paulo à igreja de Jerusalém:
Três anos após sua conversão, Paulo visita Jerusalém, após pregar o evangelho em Damasco os judeus tentarem o matar (At 9.26). Nesta visita, Paulo se juntou a Barnabé;
Para levar as ofertas levantadas para os pobres de Jerusalém (At 11.30);
Durante o Concílio de Jerusalém, onde os apóstolos discutiram e definiram que os judeus que tentavam impor a circuncisão aos gentios o faziam erroneamente e deviam deixar esses ensinamentos (At 15.1-35);
Ao final da sua segunda viagem missionária (At 18.22);
Ao final de sua terceira viagem missionária, quando levou ofertas aos pobres da Judeia (At 21.7).
Entre a segunda e terceira visita a Jerusalém, Paulo e Barnabé imlantam várias igrejas na Galácia do Sul, dentre elas nas cidades de Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe. Também entre essas visitas, o texto de Atos nos deixa entender que surgiram judeus que tentaram impor suas práticas legalistas aos cristãos gentios convertidos, declarando que sua salvação dependeria de tais práticas (At 15.1). Esses ensinamentos foram levados tanto à Jerusalém, quanto às igrejas da Galácia. Esse tema foi exatamente o que foi discutido no Concílio de Jerusalém entre os Apóstolos, os quais repudiaram esses ensinamentos. O fato de Paulo não fazer nenhum menção ao Concílio de Jerusalém, ou suas definições, em sua epístola aos Gálatas, parece nos levar a entender que ela foi escrita após a implantação das igrejas naquela região, por Paulo e Barnabé, e o Concílio de Jerusalém, mas especificamente entre as duas primeiras visitas de Paulo a Jerusalém.
O cenário então da epístola aos Gálatas é esse: Paulo e Barnabé haviam acabado de pregar o Evangelho de Cristo aos gentios da Galácia, de modo que o número de cristãos cresceu rapidamente naquela região; entretanto, alguns judeus estavam trazendoatacando a autoridade apostólica de Paulo e trazendo um “outro evangelho”, que não era aquele que Paulo e Barnabé haviam pregado, de modo que os gálatas estavam se submetendo a tais ensinamentos. A surpresa de quão rápido estavam se deixando levar por um falso evangelho é tão grande para Paulo, que o tom dessa epístola é consideravelmente duro e exortativo, de modo que até mesmo sua saudação exclui sua comum oração de graças aos destinatários.

Divisão do texto

Gálatas 1.1-2a - A autoridade da pregação do evangelho
Gálatas 1.2b-4a - Os efeitos do evangelho genuíno
Gálatas 1..4b-5 - O propósito do evangelho genuíno

A autoridade da pregação do evangelho genuíno (Gl 1.1-2a)

Gálatas 1.1–2 (ARA)
Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos, e todos os irmãos meus companheiros,
Paulo inicia sua epístola aos gálatas identificando a si e o seu ofício. Aqui ele está deixando bem claro que quem estava direcionando as palavras duras e exortativas que seguirão era o mesmo Paulo que até pouco tempo atrás havia levado o Evangelho de Cristo a eles. O mesmo Paulo que havia sido instrumento para levar o evangelho da salvação para os gálatas, aqui, agia como instrumento da exortação ao pecado daqueles irmãos. Eles haviam recebido de Paulo o evangelho, mas não estavam guardando ele.
Depois de identificar sua autoria, Paulo então identifica seu ofício. Ao contrário do que os falsos mestres estavam pregando e proclamando, aquele que levara o evangelho de Cristo ao gentios da Galácia tinha toda a autoridade apostólica para isso. O termo “apóstolo” significa “enviado” ou “mensageiro”, de modo que alguns estudiosos declaram que referia-se a uma pessoa que agia em nome de outra, como alguém que possui uma procuração assinada para agir em nome dela.
No Novo Testamento, esse termo é usado tanto em um modo comum, para aqueles irmãos que realizavam missões, quanto em um modo mais exclusivo àqueles cuja doutrina era o fundamento da Igreja de Cristo. Paulo aqui está trazendo para si a autoridade da aplicação exclusiva do termo.
Os irmãos gálatas não deviam sucumbir aos argumentos que os falsos mestres utilizavam para atacar o apostolado de Paulo, como alguém que não havia sido separado por Cristo entre os doze. Eles não deveriam pensar que Paulo estava sendo enviado em suas missões e implantando igrejas em nome de homens ou através do poder influenciador de homens. A procuração que Paulo possuía para pregar o evangelho com autoridade não havia sido dada a ele por nenhum homem carnal, mas pelo próprio Cristo. Logo após Jesus se manifestar diante de Paulo quando este estava a caminho para Damasco, o Próprio Jesus aparece a Ananias declarando seu chamado a Paulo:
Atos dos Apóstolos 9.10–16 (ARA)
Ora, havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. Disse-lhe o Senhor numa visão: Ananias! Ao que respondeu: Eis-me aqui, Senhor! Então, o Senhor lhe ordenou: Dispõe-te, e vai à rua que se chama Direita, e, na casa de Judas, procura por Saulo, apelidado de Tarso; pois ele está orando e viu entrar um homem, chamado Ananias, e impor-lhe as mãos, para que recuperasse a vista. Ananias, porém, respondeu: Senhor, de muitos tenho ouvido a respeito desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e para aqui trouxe autorização dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome. Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome.
O próprio Jesus Ressurreto havia convocado a Paulo para ser um instrumento precioso em suas mãos para proclamação do Seu evangelho. Quando avaliamos o versículo 1, verificamos que Paulo reivindica para si a autoridade de três fontes:
A primeira delas no Cristo Ressurreto que o chamou no caminho para Damasco;
A segunda no Próprio Deus Pai, que ressucitou a Cristo concluindo sua obra salvífica, de modo que Paulo havia sido chamado em virtude dela (Deus ressucitou a Cristo e Este o convocou) e para proclamação dela;
Em terceiro, pelo reconhecimento do corpo de Cristo, incluindo, claro, o reconhecimento dos demais apóstolos reconhecidos por Cristo.
O evangelho pregado por Paulo não era o evangelho da glória, nem mesmo a mensagem de homens comuns, nem em favor de homens interesseiros e soberbos, mas as mensagem validada por Cristo, por Deus Pai e pelo reconhecimento de sua Igreja. Os gálatas são, então, chamados a lembrarem disso e rechaçarem a mensagem daqueles que pregam em favor dos seus próprios interesses pecaminosos ou pelos interesses pecaminosos de outros.

Os efeitos do evangelho genuíno (Gl 1.2b-4a)

Gálatas 1.2–4a (ARA)
às igrejas da Galácia, graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do [nosso] Senhor Jesus Cristo, o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados
Agora, Paulo identifica seus destinatários, deixando claro que sua epístola era direcionada a todas as igrejas da Galácia, de modo que, por isso todas deveriam ouvir e atentar para as palavras de autoridade que seriam ditas em diante.
As palavras que seguem na saudação de Paulo podem parecer apenas a expressão que Paulo criou para saudar seus leitores e que comumente inicia suas epístolas: “Graça e Paz”. Entretanto, precisamos entender que todas as saudações de epístolas paulinas foram adaptadas ao contexto específico dos seus destinatários, de modo que o Apóstolo sempre incluia ou inseria elementos que tornavam aquilo que poderia ser uma simples saudação, em uma saudação instrutiva e exortativa.
Aqui não é diferente. Paulo após identificar-se como um enviado da autoridade não humana, mas divina, agora declara os efeitos que a mensagem dEstes que o enviou traz consigo: “graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do nosso Senhor Jesus Cristo.” O enviado traz a mensagem do Emissário e essa mensagem traz consigo peso de abundante graça e paz.
Os gálatas deveriam entender como discernir o verdadeiro evangelho de qualquer outro falso evangelho que lhes fosse apresentado. O evangelho de Cristo traz consigo Graça, de modo que a obra salvífica é totalmente dEle, não temos parte em nada, enquanto o falso evangelho que estavam ouvindo tenta usurpar essa Graça através da ação legalista do homem; não só isso, mas o evangelho da graça traz consigo a paz que vem da completude e liberdade da harmonia entre os salvos e Deus, enquanto o falso evangelho traz consigo a perturbação de sempre tentar-se justificar diante de Deus através de obras (Gl 1.6-7).
A mensagem do evangelho verdadeiro, do evangelho de Cristo, se resumem sucintamente em graça e paz. Esses são os efeitos que a pregação do evangelho traz consigo. Todos aqueles que o proclamam verdadeiramente, proclamam ao mundo a graça e a paz que vem da parte de Deus e de Jesus Cristo.
De onde vem a graça? De onde vem a paz? Vem exatamente do fato de que a salvação não vem de homens, nem de suas obras, mas vem da parte de Deus Pai e através de Jesus Cristo, nosso Senhor. E por que vem dEles? Poque foi o próprio Deus quem enviou seu Filho para essa obra e o Próprio Filho entregou a si mesmo pelos nossos pecados.
Cristo é o descendente da mulher que pisou na cabeça da serpente (Gn 3.15), vencendo o pecado e a morte! Ele não foi coagido, obrigado, ou comprado por obras humanas para isso, pelo contrário, ele voluntariamente e graciosamente entrgou a si, removendo o peso de nossas iniquidades e colocando-as sobre Ele, de modo que Ele as carregou e foi esmagado por elas, mas ressucitou em Glória e Majestade! Esse é o verdadeiro evangelho, o evangelho da graça que nos traz paz!
Isaías 53.4–6 (ARA)
Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
Esse é o verdadeiro evangelho: Cristo, graciosamente, entrgou a si mesmo pelos nossos pecados para nos trazer paz para com Deus, através da justiça dEle e não da nossa própria. Somos justificados pela fé em Cristo Jesus, não em nossas proprias obras.

O propósito do evangelho genuíno (Gl 1.4b-5)

Gálatas 1.4b (ARA)
Para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai,
Paulo, agora, declara o propósito do evangelho da graça e da paz. O fato de não terem parte na obra da salvação, não os exime da práticas das boas obras, nem muito menos os estimula às práticas das más obras. Na verdade, o proprio Paulo mais adiante declara que a liberdade trazida pelo verdadeiro evangelho não trata-se deliberdade quannto às boas obras, nem trata-se de libertinagem:
Gálatas 5.13 (ARA)
Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.
O propósito do evangelho é que aqueles alcançados por ele, usurfruam dessa liberdade que vem da paz com Deus e que se concretiza no cumprimento de Sua vontade. Mas qual a vontade de Deus? Paulo declara que a vontade de Deus é que nos santifiquemos através de uma vida que manifesta claramente os efeitos desse evangelho.
Ele declara que a obra salvífica de Cristo tem como propósito nos desarraigar deste mundo perverso, deste mundo que jaz no maligno. A palavra aqui para “desarraigar” traz o sentido de arrancar, remover ou libertar. Cristo morreu pelos nossos pecados e venceu cada um deles na cruz, de modo a nos libertar do julgo da escravidao do pecado deste século, de modo a arrancar as raízes que ligam nossa carne aos pecados deste mundo que jaz no maligno. O propósito da obra de Cristo é cumprir a contade do Pai, a saber a nossa santificação.
A pergunta que podemos fazer é de onde vem o braço que arranca as nossas raízes do solo manchado pelo pecado desse mundo? Mais adiante, Paulo responde a essa pergunta:
Gálatas 5.16–17 (ARA)
Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.
Aqueles que foram salvos pela obra salvífica de Cristo receberam o Espírito Santo de Deus para viverem desarraigados deste mundo mau. Aqueles que tentam se justificar pelas obras, aprofundam mais e mais suas raízes neste mundo e vivem segundo a carne, mas aqueles que são nascidos do Espírito vivem segundo o Espírito Santo de Deus e se mantêm desarraigados deste mundo perverso.
O próprio Jesus já havia ensinado isso a Nicodemos:
João 3.5–6 (ARA)
Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.
O resumo completo do verdadeiro evangelho é: temos paz com Deus porque Cristo cumpriu a vontade do Pai e, graciosamente, se entregou pelos nossos pecados, de modo que podemos usurfruir dessa graça e paz em uma vida de genuína santidade.
Gálatas 1.5 (ARA)
a quem seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!
À luz da mensagem do verdadeiro evangelho, o apóstolo não tem outras palavras a não ser louvar e glorificar a Deus através de uma doxologia. Entender claramente a mensagem do evangelho de Cristo deve nos levar a uma condição de louvor, adoração e ações de graças. Entender a magnitude da graça e da paz que nos foram direcionadas deve nos fazer louvar a Deus com nossas vidas, em santificação, e com nossas bocas.
Não estudamos, entendemos ou proclamamos o evangelho para pertencermos a algum grupo ou para aumentarmos nossos conhecimentos, mas por compreendermos que são as boas novas da nossa salvação graciosa.

Conclusão e aplicações

Irmãos, os apóstolos chamados por Cristo possuem autoriddade outorgada pelo próprio Cristo, de modo que suas palavras foram escritas fundamentadas pela própria procuração assinada e entregue por Cristo. Além disso, precismos também lembrar que a doutrina dos apóstolos é o próprio fundamento da Igreja de Cristo, sobre o qual todo o edifício está sendo edificado. Considerando a autoridade apostólica fundamental, precisamos considerar a autoridade daquele que nos pastoreia. Com isso, não quero dizer que os pastores possuam autoridade apostólica, como alguns declaram, desde que todos os apóstolos já encontram-se com Cristo. Mas precisamos considerar, irmãos, que aquele que nos pastoreia, estando fundamentado na doutrina dos apóstolos, foi escolhido por Deus e reconhecido por Sua Igreja, de modo que toda palavra pregada deve ser recebida como de fonte com autoridade entregue por Deus.
Não só isso irmãos, mas mantenhamos sempre firme em nossas mentes a suma do evangelho de Cristo, o evangelho que nos traz a liberdade da graça e da paz, que nos livra do legalismo e da libertinagem, para uma vida de santificação. Cristo tirou o peso da culpa que pesava sobre nós, se entregando pelos nossos pecados, mas venceu o mau e a morte, de modo a não mais vivermos pela carne, mas pelo Espírito Santo enviado por Ele.
Mantenhamo-nos como uma igreja viva que resplandece nesse mundo, lembrando e guardando o verdadeiro e único evangelho de Cristo e. consequentemente, louvando vigorosamente a Deus pela graça e paz que nos foram direcionadas de Sua parte, através de nossas obras em amor e nossas doxologias diante dos homens.
Romanos 1.16 (ARA)
Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;