1 Co 15.12-19: Negar a Ressurreição é Negar o Evangelho

1 Coríntios: Maturidade Cristã   •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Paulo demonstra como a negação da ressurreição dos crentes ou de Cristo era necessariamente negar o evangelho.

Notes
Transcript

Introdução

Captação

Uma menina debruçada na janela de sua casa chorava pela morte de seu animal de estimação. Com muita tristeza, observava o jardineiro enterrar o amigo de tantas brincadeiras.
O avô que a observava aproximou-se, deu-lhe um abraço e chamou-lhe a atenção para outra realidade. Pegou-lhe pela mão e a conduziu para outra janela. Abriu as cortinas, mostrou-lhe um jardim florido e disse: – ” Está vendo aquele pé de rosas amarelas bem ali à frente ? Lembra que você ajudou a plantá-lo ? Era apenas um pequeno galho cheio de espinhos e hoje veja como está lindo.
A menina enxugou as lágrimas que ainda corriam e abriu um largo sorriso mostrando as abelhas que pousavam sobre as flores e as borboletas que faziam festa entre as rosas que enfeitavam o jardim.
O avô, satisfeito pôr tê-la ajudado a superar aquele momento difícil disse: “A vida nos oferece sempre várias janelas. Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza sem que possamos alterar o quadro, voltamo-nos para outra e certamente nos deparamos com uma paisagem diferente.”

A Ressurreição dá significado ao Evangelho e Esperança ao Cristão Independente das Circunstâncias

Contexto

Percebemos evidências da ressurreição e eternidade em toda a carta dos coríntios. Nos primeiros 4 capítulos a sabedoria de Deus é superior a sabedoria humana e o que mantém a igreja unida. Essa sabedoria aponta para a cruz que é uma vergonha para os filósofos, mas poder de Deus para salvar.
No capítulo 5 a disciplina é realizada no meio do povo de Deus olhando para o reino e na expectativa de redenção eterna apesar do testemunho horrível.
No capítulo 6 a esperança da restauração do corpo é a referencia para a pureza do corpo diante das prostitutas
No capítulo 7 há uma referencia breve a eternidade quando Paulo lida com o casamento e a aliança
Nos capítulos 8 a 10 o que motiva os sacrifícios ministeriais de Paulo e deveria motivar os coríntios a abrir mão de seus direitos é a esperança e relacionamento do corpo
No capítulo 11 a Ceia demonstra que a salvação é passada, presente e futura na esperança de redenção de todas as coisas e não deveria ser voltada a autopromoção
Nos capítulos 12 a 14 deve nortear os dons, em especial no capítulo 13 em que o amor permanece porque é o que se mantém na Eternidade, afinal os dons tem um período para terminar.
Assim fica evidente que o capítulo 15 não é apenas uma correção ou conclusão da carta. Mas destaca o ponto mais fundamental do evangelho que precisava estar claro para os coríntios.

Relevância

Vivemos em uma sociedade cada vez mais científica em que o sobrenatural é deixado de lado como radical e impossível. Toda a forma a forma de enxergarmos o mundo tem sido moldada desde o iluminismo por uma cosmovisão naturalista que elimina qualquer elemento sobrenatural ou que não pode ser explicado pela ciência.
Essa forma de enxergar o mundo tem impactado até mesmo a igreja e teólogos com a teologia liberal e suas vertentes que tem negado a ressurreição, sua realidade e poder e influenciado especialmente os jovens.
Assim é necessário que nossos jovens e adolescentes possam compreender de fato que Cristo ressuscitou e essa é a razão de sua esperança eterna e essa esperança deve transformar a forma como vivemos os nossos dias, nos afastando da depressão, ansiedade e desespero cada vez mais comum nessas gerações mais novas que não sabem lidar com a frustração.
Não se limitando a essas gerações precisamos compreender de fato que Cristo ressuscitou e isso muda a forma como sirvo na igreja, testemunho, trabalho, vivo minhas relações amorosas e familiares. Para compreender o evangelho a ressurreição é necessária e ninguém permanece igual quando compreende a realidade sobrenatural do evangelho.

Negar a Ressurreição dos Crentes é Negar a Ressurreição de Cristo [15.12-13]

Na ultima mensagem compreendemos que a Ressurreição é uma realidade poderosa. Agora Paulo desenvolve seu argumento demonstrando as consequências de negarmos essa realidade.
Ele inicia destacando que negar a ressurreição dos mortos como alguns, que ele considerava um grupo com um ensino perigoso, vinham fazendo era o mesmo que negar a ressurreição de Cristo! Parece que os coríntios estavam tentando tornar o evangelho mais aceitável para o seu mundo. Assim mesmo que eles pregassem a ressurreição de Cristo, e Paulo os considera crentes, eles negavam a ressurreição e o porvir por conta da cultura greco-romana.
Na tentativa de deixar o evangelho mais palatável sem perceber eles desfiguraram tudo aquilo que o evangelho é, representa e eliminaram seu poder e eficácia.
Paulo inicia uma série de argumentos que funciona como peças de dominó enfileiradas revelando porque a ressurreição não poderia ser negada de forma alguma ainda que não fosse bem aceita pela sociedade.
Se a Ressurreição não existe então Cristo de fato não ressuscitou! Aqui ele já demonstra o tamanho do absurdo que os coríntios vinham fazendo ao negar a ressurreição.

Negar a Ressurreição é Tornar a Pregação e Inútil e os Pregadores Mentirosos [15.14-16]

Se Cristo não ressuscitou a pregação é inútil, falsa ou mentirosa. Vidas não podem ser transformadas por uma mentira. Os dons não fariam sentido, os sacrifícios seriam em vão e os mortos terminariam suas jornadas sem propósito.
Os pregadores, em especial os apóstolos, que os coríntios tanto admiravam e teria sido motivo de divisão, não passariam de mentirosos e seriam falsas testemunhas de Deus, afinal pregavam que Deus havia ressuscitado Cristo e isso não passaria de uma mentira.
Afinal se os mortos não ressuscitam Cristo também não ressuscitou e o evangelho é falso, inútil e mentiroso.
Hoje é muito comum vermos a negação da divindade e ressurreição de Cristo em diversos ambientes, até mesmo no meio teológico de seminários, o que não faz o menor sentido. O evangelho que a Bíblia precisa ser atualizada, ou que Jesus é um grande mestre da ética não faz o menor sentido quando olhamos para a doutrina dos apóstolos.
Qualquer desenho do evangelho que não passe pela ressurreição de Cristo faz dos apóstolos mentirosos e do evangelho algo inútil. Como Paulo destacou no inicio do capítulo a ressurreição é a essência do evangelho. O evangelho sem ressurreição simplesmente não existe.

Negar a Ressurreição é Negar a Redenção de Vivos e Mortos [15.17-18]

Negar a ressurreição de Cristo é negar a redenção e o perdão dos pecados. Se Cristo não ressuscitou então a fé é inútil e os coríntios não tem esperança quanto a culpa do pecado. Não há como separar a ressurreição sobrenatural do verdadeiro evangelho de perdão de pecados.
Na história houve diversas tentativas de transformar o evangelho em código de ética ou filosofia e simplesmente não deu certo porque retirou-se o que é essencial no evangelho, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e ressuscita inaugurando um novo tempo na história do mundo e separa para si um povo escolhido que será transformado para a eternidade.
Ao negar a redenção a esperança dos que morreram em Cristo se esvai, ou seja, se Cristo não ressuscitou não temos mais esperança na morte, e a cosmovisão naturalista tem razão e o desespero com a morte como consequência fazem total sentido.
O evangelho produz esperança justamente porque defende uma forma de enxergar o mundo olhando para a eternidade por causa da ressurreição de Cristo.

Sem a Ressurreição somos dignos de Pena [15.19]

Se Cristo não ressuscitou somos dignos de pena porque a nossa esperança é falsa e cremos em uma mensagem mentirosa. Não há outra forma do evangelho ter poder e fazer sentido que não seja por meio a ressurreição de Cristo,
É a ressurreição de Cristo que dá significado ao evangelho e as nossas vidas como cristãos que enxergam o mundo pela ótica sobrenatural do evangelho. Desse modo não importa o que eu passo a minha esperança está na redenção e consumação de todas as coisas com o retorno glorioso do Cristo ressurreto e isso é a minha esperança

Princípios Eternos

Evangelho é loucura para o mundo e deve ser pregado plenamente, seu sucesso depende do poder de Deus
Muitas vezes na tentativa de adequar o evangelho nos o desfiguramos
Negar a ressurreição é negar o evangelho
A essência do evangelho está na esperança dos crentes no Reino de Deus e dos novos céus e nova terra
Cristão vive olhando para o futuro a restauração de todas as coisas
Ressurreição e salvação são conceitos inseparáveis
Salvação é espiritual e não ética, financeira ou de qualquer outro tipo
Ressurreição inaugura um novo tempo e evidencia a redenção e separação de um povo eleito.
É a ressurreição de Cristo que dá esperança para um mundo em trevas
É a ressurreição de Cristo que dá esperança em meio a morte
Por causa da ressurreição não me desespero em momentos críticos da minha vida independente da área (financeira, familiar, profissional ou pessoal)
A ressurreição deve motivar a minha caminhada com Deus no dia a dia independente da correria
A ressurreição deve motivar a minha generosidade com irmãos e com a igreja
A ressurreição deve motivar o meu serviço e envolvimento com a igreja local e com o povo de Deus

A Ressurreição dá significado ao Evangelho e Esperança ao Cristão Independente das Circunstâncias

Desafio

Identifique e ore por pessoas que precisam ser impactadas pela ressurreição de Cristo crentes ou não
Olhe para a sua vida e reflita se a ressurreição de Cristo tem produzido o efeito que deveria
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