A FAMÍLIA CHEGOU AO FIM?

FAMÍLIA EM APUROS: O drama entre verdades e mentiras   •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Jesus é aquele que anda entre as tormentas da vida, o casamento, a família é um desses espaços que tem sofrido com estas tormentas. Mas, como Pedro muitas vezes achamos que podemos adentrar às tempestades pecaminosas então nos damos conta que não conseguimos e afundamos. somente a mão de Cristo nos tira do afogamento e somente sua voz poderosa acalma a tempestade.

Notes
Transcript

Introdução

É Bauman que cunha o termo sociedade líquida, que afinal serve para aplicarmos aos vários arranjos sociais.
Para ele os tempos pós-moderno apresentam uma estruturação (se é que podemos chamar de estrutura) uma forma de relação fluída e descompromissada.
As antigas instituições marcadas por sua rigidez são substituídas por relacionamentos líquidos que podem ser desfeitos a qualquer momento.
Um outro aspecto interessante dos novos tempos é que as famílias vivem um tipo de big brother da internet.
As relações familiares são expostas nas telas dos celulares onde há monetização. Vejam, não estou fazendo juízo de valor aqui, pelo menos por enquanto mas constatando o que vemos.
Ao mesmo tempo acompanhamos a desconstrução dos arranjos tradicionais, os conceitos, as normas, as leis que se adequam a contemplar estas mudanças, a moral e a ética.
Se nos novos arranjos familiares estranhamos e acusamos que existe um projeto para destruir a família como organização cristã fundante da sociedade, por outro lado historicamente varremos para debaixo do tapete da boa imagem os segredos mais esdrúxulos dessas famílias.
Russell Moore em seu livro, A Família em Meio a Tormenta diz o seguente:
Boa parte do que acontece em nossas famílias permanece encoberto, sejam os incômodos de conflitos emocionais, seja o trauma bem real de algum segredo familiar. Isso ocorre porque, em nossa cultura e em muitas outras, a família costuma ser uma arena para vencer e exibir. Nossa família espelha, para o mundo exterior, o tipo de pessoa que queremos que os outros pensem que somos. Se algo não vai bem em nossa família, temos medo de que as pessoas concluam que há alguma coisa terrivelmente errada conosco. Assim, a despeito do fato de que a família quase nos mata de susto às vezes, sorrimos enquanto enfrentamos a situação.
Diante de um quadro desses em que vemos as famílias conduzidas ao meio de uma tormenta que respostas bíblicas nós temos? É o fim da família como a conhecemos? Ou será que ressignificar, repensar ou talvez fazer uma autocrítica não seja o começo de reposicionar a família no caminho que Deus planejou?

A Tormenta

Esse texto nos serve como metáfora para ilustrar como lidamos com a crise familiar.
Jesus é aquele que anda entre as tormentas da vida, o casamento, a família é um desses espaços que tem sofrido com estas tormentas.
Mas, como Pedro muitas vezes achamos que podemos adentrar às tempestades pecaminosas então nos damos conta que não conseguimos e afundamos.
somente a mão de Cristo nos tira do afogamento e somente sua voz poderosa acalma a tempestade.
Deveria ser a família um campo de restauração, de cura e não de individualismo idólatra.
Assim como Pedro achamos que temos capacidade de lidar com os pecados tormentosos dos nossos tempos.
Esquecemos que a família (ou a casa como diz James Smith) são pequenas expressões do reino de Deus.
Sua perspectiva é que a igreja tem um papel formativo essencial na composição das famílias.
O teólogo ortodoxo Alexander Schmemann fala[..]: Um casamento que não crucifica constantemente seu próprio egoísmo e autossuficiência, que não ‘morre para si mesmo’ para elevar o que está além, não é um casamento cristão. O verdadeiro pecado nos casamentos de hoje não é o adultério, ou a falta de ‘ajuste’, ou a ‘crueldade mental’. É a idolatria pela família em si, a recusa em compreender o casamento como algo voltado para o reino de Deus.
As famílias portanto sobrevivem, mas sobrevivem como instituições do Reino e não como núcleos privados girando em torno dos seus próprios interesses.

Afinal Para Que Serve a Família?

As famílias que resistem aos dois pólos, o pólo do relativismo moral e o pólo do relativismo ético serão as que sobreviverão as tormentas.
Devemos ser famílias que resistem a uma fé simplória onde o que praticamos não repercute na vida. Vejamos o que diz Smith:
Nossas práticas de discipulado de segunda a sábado não devem enfocar apenas o acúmulo de conhecimentos bíblicos –– afinal, não somos animais litúrgicos no domingo e coisas pensantes no resto da semana. Nossas práticas diárias precisam ampliar e amplificar o poder formador das práticas semanais de culto, mesclando-as em nossas liturgias diárias.
Ou como diz Russell Moore:
A família é um dos retratos do evangelho que Deus colocou no mundo ao nosso redor. Através de um vidro bem escuro, conseguimos vislumbrar flashes, dentro da família, de algo que se encontra no cerne do próprio universo: a paternidade de Deus e a comunhão das pessoas umas com as outras.
Eu diria que a família é um dos meios pelos quais Deus nos envia a proclamar as boas novas.
É a expressão comunitária da graça benevolente do Pai.

Conclusão

Podemos concluir de tudo isso que nossas famílias podem encontrar em Deus e sua graça esperança.
Mas, não esperança para se resguardar dos problemas, mas para com a mente de Cristo expressar seu amor.
Como tem sido sua família nessa missão? Com o que você tem mais se preocupado, em manter as aparências ou a ser essa vitrine da graça de Deus?
Encerro com a seguinte citação do James Smith:
A liturgia do casamento indica que o casamento é um chamado para servir ao próximo; o marido e a esposa formam uma aliança com Deus e entre si, de modo que se tornam um pequeno “povo” que é enviado, como Israel e a igreja, para testificar perante as nações. O casamento é para o bem comum. Isso é lindamente expresso na conclusão do ofício de casamento cristão da Igreja Metodista Unida, que culmina em um “envio”.
O pastor se volta para os recém-casados com uma bênção e uma incumbência:
Que o Deus eterno conserve o amor que vocês têm um pelo outro,para que a paz de Cristo possa habitar em seu lar.
Vão e sirvam a Deus e ao próximo em tudo o que fizerem.
Então o pastor vira-se para a congregação com uma bênção e uma incumbência semelhantes:
Testifiquem do amor de Deus neste mundo,para que aqueles que não conhecem o amor encontrem amigos generosos em vocês.
Que a graça do Senhor Jesus Cristo,e o amor de Deus,e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês. Amém.
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