Pv 8

Devocional Familia  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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0 capítulo 8 estabelece um nítido contraste com o anterior.
Enquanto este trata da adúltera atraindo, os filhos dos homens, no capítulo 8 a Sabedoria convida as pessoas a segui-la e apresenta fortes razões para isso.
O progresso do pensamento pode ser traçado mais ou menos assim: a sabedoria é:
(a) o guia que se oferece a todas as pessoas (1-5)
(b) a parceira da moralidade (6-13)
(c) As recompensas da sabedoria (14-21)
(d) o próprio princípio da criação (22-31)
(e) a única necessidade da vida (32-36).
8:1-5. Á sabedoria, guia de todas as pessoas.
Este capítulo, que vai levantar voo além do tempo e do espaço, começa no nível da rua, para deixar claro, em primeiro lugar, que a sabedoria de Deus é tão relevante ao centro comercial (2, 3) como ao próprio céu (22); em segundo lugar, que está disponível ao maior ignorante (5); em terceiro lugar, que é ativa para nos procurar —de modo que nossa própria busca, embora deva ser sincera (17, 34), é uma resposta, e não uma busca incerta.
8:6-13. Á sabedoria como outro lado da moralidade.
Se os versículos 1-5 mostram o aspecto terreno da sabedoria, 6-13 revelam que ela é tudo menos “mundana” .
Por definição, a sabedoria e a piedade coincidem totalmente, e esta passagem faz uma exposição da excelência moral que é evidente em si mesma, em termos daquilo que é certo, contrastado com o errado, e do que tem valor verdadeiro (10,11).
8:14-21. As recompensas da sabedoria.
De 14 até 17a, os pronomes possessivos e pessoais, meu, eu, me são enfáticos, de tal modo que a própria sabedoria, e não seus beneficiários (14-17) nem seus benefícios (18-21), domina o cenário.
Os benefícios são materiais ou imateriais? Certamente ambos, embora a parte imaterial predomine. Se os homens em posições de autoridade (15, 16) precisam da sabedoria, é visando a justiça, e não as vantagens. Se ela confere as riquezas (18), estas se vinculam com a honra e justiça.
O v. 19 deixa a questão fora da dúvida, e vai ainda além dos vv 10, 11. A sabedoria não somente é mais excelente do que o ouro, assim como a fonte toma precedência sobre o produto; o próprio produto (fruto) da sabedoria é melhor do que o ouro.
Aquele produto pode incluir a prosperidade, mas somente como parte de uma totalidade muito maior, que será especificada em 35: a vida e o favor divino.
8:22-31. O papel da sabedoria na criação.
Essa passagem sobre a sabedoria pode ser aplicada ao Senhor Jesus, uma vez. que o NT se refere a ele como a Sabedoria (1Co 1:24,30; Cl 2:3). Nenhum outro texto da Bíblia aplica essa verdade de forma tão bela e clara como os versículos a seguir.
A seção é introduzida pela expressão enfática: O SENHOR. Aqui temos a credencial suprema da sabedoria, apresentada de modo maravilhosamente artístico.
Primeiro, a sabedoria é aquilo que Javé, como Criador, considerava primário e indispensável.
Segundo, a sabedoria é mais antiga do que o universo, e fundamental a ele. Nenhuma partícula de matéria (26b), nenhum traço de ordem (29) veio a existir senão através da sabedoria.
Terceiro, a sabedoria é a fonte da alegria, pois a alegria se irrompe sempre quando (30b) e onde (31) se exercita a sabedoria do Criador.
A alegria da criação e a alegria da existência — o deleite do Criador e da criatura — ambas fluem do exercício da sabedoria divina; isto é,
da habilidade perfeita de Deus.
A sabedoria através da qual se faz o uso devido do mundo, não é outra senão aquela sabedoria através da qual ele existe.
O Novo Testamento mostra, nas suas alusões a esta passagem (Cl 1:15-17; 2:3; Ap 3:14) que a personificação da sabedoria, longe de ultrapassar a verdade literal, era uma preparação para sua plena declaração, sendo que o agente da criação não era mera atividade de Deus, mas, sim, o Filho, Seu Verbo, Sabedoria e Poder eternos (ver também Jo 1:1-14; Hb 1:1-4).
8:32-36 - A única necessidade da vida (32-36)
Essa passagem trata das conseqüências eternas envolvidas na reação dos seres humanos ao chamado da sabedoria. Há bênçãos para os que ouvem o ensino e andam nos caminhos da sabedoria;
Há felicidade para aqueles que comparecem todos os dias a suas portas, embaixo de suas ombreiras, a fim
de receber instrução;
Há vida e favor do Senhor para aqueles que a encontram.
Contudo, os que se recusam a buscá-la perderão a vida e sofrerão danos.
Aplicados a Cristo, os dois versículos finais mostram que todo aquele que encontra Jesus recebe a vida eterna e o favor de Deus (cf. Jo 8:51; 17:3; Ef 1:6; 1Jo 5:12), mas o que peca contra ele causa danos a si mesmo, e todos os que fogem dele amam a morte (cf. Jo 3:36b).
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