1 Co 11.17-33: A Maturidade Espiritual é Expressa no Culto Público por meio da Ceia do SENHOR como Manifestação da Unidade, Amor e Temor

1 Coríntios: Maturidade Cristã   •  Sermon  •  Submitted
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A Ceia do SENHOR

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Transcript

Introdução

A Cidade de corinto era uma cidade conhecida pela carnalidade, sexualidade, filosofia pagã e arrogância. A igreja vinha absorvendo essas características e confundiu a mensagem do evangelho com a filosofia humana, especialmente após o impacto de um excelente orador como Apolo. De modo que a igreja ficou dividida entre os líderes de acordo com suas preferencias pessoais.
O propósito da Carta é Desenvolver a Maturidade da Igreja de Corinto.

Desenvolvimento

Paulo incia a argumentação de que a Maturidade Espiritual é Expressa Pela Unidade [1.10-4.21].
Agora nesse segundo bloco ele dá Sequencia demonstrando como A Maturidade Espiritual é Expressa pela Unidade na Santidade e Testemunho [5.1-6.20].
Após falar a respeito da Unidade e Pureza da Igreja que revelam a maturidade, entramos em um grande bloco da argumentação de Paulo que é bem difícil de definir logicamente, visto que provavelmente foram questionamentos da igreja de corinto que demonstra que A Maturidade Espiritual não Busca o Bem-Estar Individual, mas Comum [7.1-14-40]
Iniciando com Orientações a Respeito do Casamento que Demonstram a Maturidade Espiritual [7.1-40] em seguida lida com a Unidade da Igreja e a liberdade ou os direitos [8-11] e inicia com a superioridade da Unidade em relação aos direitos, conhecimento e liberdade [8.1-13] e então Demonstra em seu Ministério os Direitos Cedidos em prol da Igreja e do Reino [9.1-27] e encerra esse bloco da unidade ao colocar o outro acima dos seus direito demonstrando que a Liberdade do Cristão não Produz Comunhão com os Demônios [10.1-11.1]
Paulo inicia agora um novo bloco do Capítulo 11 ao 14 em que lida com o culto público demonstrando que a Maturidade no Culto Público não é expressa pela autopromoção, mas submissão a tradição apostólica revelada [11.2-14.40]
Paulo nesse bloco vai lidar com o papel das mulheres em público e sua relação hierárquica que nada tem relação com valor ou dignidade, A ceia do SENHOR, Os dons Espirituais e as relações na igreja.
Assim Paulo começa Argumentando que a Maturidade Espiritual é expressa no culto publico por meio dos papeis dados por Deus e Submissão [11.2-16] em seguida demonstra que A Maturidade Espiritual é Expressa na Ceia por meio do Amor, Unidade e Temor [11.17-33]

Contexto

A igreja de Corinto era uma igreja dividida e orgulhosa de tal forma que o principal momento de união de uma comunidade havia se tornado expressão da arrogância e partidarismo deturpando plenamente o significado daquele momento para a vida da igreja.
Cristãos ricos faziam banquetes enquanto excluíam seus irmãos seja pela condição social ou partidária dentro da comunidade. Dessa forma estava escarnecendo do corpo, assim após Paulo evidenciar o papel da mulher no culto ele introduz o tema do corpo ao demonstrar que a Ceia era a máxima expressão do corpo de Cristo e precisava ser desfrutada da forma adequada para refletir esse corpo.
Paulo corrige os corintios lembrando o valor da ceia para uma comunidade que é o corpo de Cristo e como a ceia tinha um papel central de adoração, instrução e comunhão do culto cristão.

A Ceia do SENHOR é uma Celebração do Corpo de Cristo [11.17-22]

Paulo inicia condenando os corintios, ao contrário do incio do capítulo que os coríntios são elogiados por seguirem a tradição apostólica [11.2] nessa perícope Paulo destaca que não tem condições de elogiá-los, afinal sua postura era absolutamente reprovável. Eles ignoraram a unidade da igreja, a condição de corpo e comunidade que é destacada na ceia do SENHOR.
Ele corrige os corintios porque as reuniões não produziam bons frutos, era comum toda a reunião os cristãos cearem ou pelo menos semanalmente, esse momento havia se transformado em uma manifestação egoísta, gananciosa e de uma comunidade dividida por questões de convicção e social. De modo que era um,a vergonha para igreja.
Ao afirmar que as divisões poderiam produzir bons frutos ele naturalmente não incentiva, mas destaca sua esperança que em meio a essas divergências um grupo de fiéis se destaque em meio a tamanha vergonha.
Paulo lembra que desse modo a reunião nada tinha a ver com a Ceia do SENHOR, afinal não esperavam uns pelos outros e enquanto alguns comiam demais outros passavam fome. Quem sabe ainda havia na mente dos corintios o ambiente das refeições pagãs que apenas os ricos participavam e fechavam negócios, de qualquer modo Paulo os lembra que essa atitude era uma vergonha para o evangelho porque a Ceia do SENHOR é uma celebração do corpo de Cristo.
Provavelmente a Ceia do SENHOR era uma refeição em que dado momento as palavra do SENHOR eram repetidas e os irmãos levavam a comida para compartilhar em adoração e comunhão.
Há três possibilidades para o problema dos ricos comerem, mas que difícil será solucionados
Chegavam antes ao contrários dos pobres que precisavam trabalhar e não tinham o suficiente para se saciar
Devoravam tudo de forma gananciosa sem dividir
Locais privilegiados para a elite
Paulo destaca que ao contrário do que os coríntios elitizados pensavam a igreja pertence a Deus e não a eles.
As palavras duras contra os ricos em uma sociedade voltada a honra seria constrangedor para os ricos quando a carta fosse lida publicamente na igreja. Uma repreensão publica por parte do apóstolo com intensão de buscar o arrependimento e a correção.
Os Corintios tinham perdido a noção que significava a Ceia do SENHOR de modo que trata de relembrar e constratar o sacrifício de Cristo na ultima ceia com a arrogância deles.

A Ceia do SENHOR é um Memorial da Obra de Cristo [11.23-26]

Após as duras palavras Paulo explica em detalhes porque a Ceia do SENHOR não poderia ser celebrada com arrogância, partidarismo ou individualismo. E destaca o papel da Ceia do SENHOR como uma ordem direta de Cristo que servia de memorial, instrução e esperança para uma igreja que vivia a manifestação do Reino de Deus enquanto aguardava a sua Consumação completa.
O que os coríntios precisavam vivenciar não era o reflexo do paganismo, mas algo totalmente novo em que essa comunidade distinta e diversa era plena, unida e completa apesar das diferenças e a Ceia do SENHOR desfrutada de modo maduro era a maior evidencia e testemunho.
Paulo desenvolve cada elemento da Ceia de modo que os coríntios percebessem o absurdo que vinham praticando e corrigissem a rota compreendendo seu papel como igreja, comunidade e corpo.

Pão é o Corpo de Cristo que nos Substituiu

A Ceia deveria ser tomada em memória de Cristo lembrando da substituição do corpo de Cristo entregue no lugar todos os corintios convertidos daquela igreja.

O Cálice da Nova Aliança

De modo semelhante o Cálice representava o sangue derramado no lugar dos corintios, mas além de substituir estabelece uma nova relação entre Deus e os homens que é diferente de tudo o que eles vinham experimentando até aquele momento. Uma nova relação entre Deus e os homens.
A Nova aliança na Teologia do AT, especialmente em Jeremias é um elemento escatológico da restauração final de Israel, de modo que a igreja desfruta dessa manifestação de acordo com o propósito de Deus, mas aguarda a consumação definitiva. É uma comunidade, portanto, do reino de Deus e os critérios humanos não se enquadram.

Anúncio da Consumação do Reino

Por um lado o pão e o cálice apontam para a manifestação do Reino nos últimos dias que nos substitui e tonou povo de Deus e corpo de Cristo, mas a medida que desfrutamos da Ceia de alguma forma anunciamos a consumação do Reino e o retorno glorioso do Rei.

A Ceia do SENHOR Exige Reverencia e Temor [11.27-33]

Não há outra resposta para a ceia do SENHOR que não seja um profundo temor a Deus. Esse Rei poderoso que é anunciado não deve ser levado de forma leviana, mas ao contrário com muito temor!
A conclusão do argumento é lógica. Vivemos um momento novo o cálice da nova aliança e o corpo entregue estão para demonstrar isso, portanto se o momento que deveria ser desfrutado em unidade e comunhão anunciando o reino é feito como manifestação do orgulho e divisões trazendo vergonha e humilhação ao reino e seu rei então cuidados e consequências são o esperado.
Ainda que um auto exame em todas as áreas da vida seja adequado nesse momento, a grande preocupação de Paulo é o corpo de Cristo, peca contra o corpo, precisa discernir o corpo. Assim a ceia é um momento de reflexão e autoexame não apenas como indivíduo, mas como corpo.
Paulo chama atenção dos coríntios que muitos já estavam doentes e morreram porque não discerniram o corpo, afinal humilharam o corpo dividindo e excluindo seus membros no momento sublime em que a unidade e a obra de Cristo deveria ser exaltada.
O autoexame comunitário é necessário para que não pequemos contra o corpo provocando divisões e humilhe a igreja de Cristo diante do mundo quando esta deveria ser um baluarte da verdade uma comunidade que manifesta o reino e não o egoísmo. Pecar contra o corpo e o sangue é perder o propósito da Ceia e consequentemente pecar contra o corpo de Cristo que existe por causa da obra que a ceia representa.
Encerra afirmando que a ceia não é uma refeição qualquer e individual, mas comunitária que exalta a pessoa e a obra de Cristo que é manifesta em seu corpo no culto.
A condenação serve de alerta para não sermos condenados com o mundo, portanto antes da ceia é necessário um autoexame como cristão e como igreja.

Princípios Eternos

A Ceia do SENHOR é a celebração da unidade do corpo de Cristo
Unidade deve marcar a comunidade apesar das diferenças
A Ceia é um memorial da pessoa e obra de Cristo em favor da igreja
a Ceia é um meio de anunciar a morte do SENHOR até a sua volta em poder e glória
A Ceia me lembra tanto a manifestação do reino nos últimos dias quanto sua consumação futura
Comer indignamente da ceia é promover as divisões no corpo que humilham o evangelho e a igreja que é o corpo de Cristo
Auto exame é pessoal, mas principalmente comunitário, afinal a ceia é uma celebração do corpo
Comer da ceia indignamente é passível de juízo, não brinque com Deus
Auto exame nos livra do juízo
A Celebração da Ceia é o ponto alto da unidade do corpo por meio do Rei manifestando o seu Reino

A Ceia do SENHOR é a Manifestação do Reino até a sua Consumação

Desafio

Ore para que sejamos uma igreja unida pelo corpo, sangue e esperança da obra de Cristo
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