Hebreus 1.1-4: O Deus que se Revela por meio da Encarnação

O Deus que se Revela   •  Sermon  •  Submitted
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A Escritura Revela a Deus

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Transcript

Introdução

Vimos na primeira mensagem que Deus se revela por meio da criação e se não fosse a auto revelação isso não seria possível, por isso a Escritura inspirada por Deus. O auge da revelação pessoal de Deus não é geral (alcance) como acontece na criação podemos identificar um criador todo poderoso. Na escritura vemos a revelação específica (alcance) um Deus que se revela de forma precisa e particular.
O cumprimento dessa escritura a revelação dada aos profetas nas Antiga Aliança evidencia a ultima e definitiva forma de revelação de Deus a encarnação! Os paralelos da encarnação e das escrituras é evidente e não casual. Plenamente Humana e divina e a ponta para Deus e sua obra redentora.
A Encarnação é a Imagem do Deus invisível revelado nas Escrituras.

Data

Das questões introdutórias de Hebreus parece que a data é das poucas que podemos ter mais segurança. Em 95 ela é mencionada por Clemente de Roma estabelecendo um limite seguro. As questões internas referindo-se ao sistema sacrificial e ao templo parece apontar para uma data de no máximo 70, afinal o argumento da superioridade do cristianismo com o templo destruído seria um argumento definitivo não utilizado.
Referencias a resistir até sangrar parece apontar para a perseguição de Nero e Timóteo preso parece uma data relativamente próxima das ultimas cartas paulinas, Timóteo visita Paulo antes de sua morte e é preso em Roma.
Deixando uma data provável entre 68 a 70, quando o julgamento dos judeus e a destruição pelos romanos era evidente e uma onda de judaísmo nacionalista assume a nação para a libertação perseguindo aqueles que não se submetiam e pressionavam os judeus a voltar para o templo.

Local e Público

Assim o público assumindo essas características eram judeus, como sugere toda a carta, de Roma, caso as percepções estiverem corretas que sofriam intensas perseguições.

Contexto

Intensa Perseguição tanto de judeus para retornarem ao judaísmo legalista e serem libertos da opressão romana, quanto dos romanos que oprimiam iniciativas nacionalistas dos judeus e logo iriam varrer o judaísmo do império destruindo completamente o templo e Jerusalém.
Muitas pessoas estavam se afastando da fé seja pelo retorno ao judaísmo e expectativa de libertação seja pelo medo de perderem a vida nas perseguições do império romano. Nesse período em que a igreja começa se afastar cada vez mais do judaísmo deixando de ser visto como uma “seita judaica”.

Propósito

Encorajar estes cristãos hebreus à perseverança fiel em meio à perseguição demonstrando a superioridade de Cristo em Sua pessoa e obra e expondo as sinistras consequências da incredulidade.

Mensagem

A superioridade de Cristo em sua pessoa e obra fornece aos crentes vacilantes um forte incentivo em direção à maturidade e à perseverança na fé.

Transição

Nas semanas anteriores percebemos como Deus se revela por meio da criação de formar geral e da Escritura de forma específica. Mas aqui percebemos o ápice da revelação específica o filho é o sangue da Nova Aliança, mas é também a fonte e alvo da revelação.
A posição dessa descrição em uma carta tão desafiadora como a de Hebreus que lidava com intensa perseguição e apóstatas retornando ao judaísmo por causa da perseguição social ou ao império com medo da morte é relevante sem dúvida alguma.
Essa introdução é importante porque ela é o inicio da descrição do principal tema doutrinário da carta a pessoa e obra de Cristo! Essa doutrina é a base para o combate a apostasia em um período extremamente intenso. Cristo é o centro da vida cristã e a base da fidelidade em circunstâncias extremas.
Uma compreensão adequada da pessoa e obra de Cristo é fundamental para o evangelho aqui Cristo é um meio de revelação.

Deus se revelou no Passado por Meio da Antiga Aliança [1.1]

O autor de Hebreus começa a descrever como Deus se revelou de muitas maneiras no passado, fato que vimos nas semanas anteriores. O fez por meio da criação, de sonhos, profecias, Urim e Tumin e etc. Todos itens que descrevem, como vimos na semana passada a Escritura tanto do AT quanto do NT ainda que faltassem alguns livros do Cânon havia a consciência de que os apóstolos ao lado dos profestas, ainda que em um outro momento da História da Redenção escreviam a Escritura.
O autor de Hebreus escrevendo a judeus inicia seu argumento com a lógica partindo do conhecido e indiscutível, Deus no passado se revelou de diversas maneiras e isso demonstra o interesse de Deus cumprindo o seu plano em todas as eras. O autor não está minimizando a revelação anterior, mas demonstrando como ela apontava para algo maior do que si.

Deus se Revelou por meio de Cristo nos Últimos Dias [1.2-4]

Esse elemento maior é a pessoa de Cristo! Isso é importante para a carta, visto que o valor de Cristo sendo a revelação máxima de Deus o torna maior que todos os seres e profetas e sua obra superior a todas as instituições. De modo que a apostasia mediante a provação ou perseguição tendo em vista os benefícios eternos e a pessoa de Cristo se tornava absurda.
Assim o autor demonstra que Deus se revela por meio de Cristo “nesses últimos dias” uma linguagem claramente escatológica e relembra os leitores de quem é esse Cristo que é o meio de Revelação do próprio Deus.

Herdeiro de todas as Coisas [1.2]

Deus é o Pai, ainda que ele não seja criado é a linguagem que Deus decide usar para comunicar a seres limitados como nós uma ideia que não compreendemos ou não temos algo comparável.
Cristo é o herdeiro de todas as coisas, uma linguagem paulina semelhante a de Efésios que afirma que somos co-herdeiros com Cristo, ou seja, somos filhos de Deus e herdeiros de todas as coisas da eternidade não porque merecemos algo ou temos algum tipo de filiação direta, mas porque nos tornamos filhos de Deus em Cristo Jesus.

Criador [1.2]

Cristo é o criador eterno e soberano como vimos na primeira semana, características divinas que não deixariam dúvidas aos leitores Cristo é Deus todo poderoso e criador, características que apenas Deus é capaz de ter o que chamamos de “atributos incomunicáveis”.

Resplendor da Glória de Deus [1.3]

Ele é o resplendor da glória de Deus, outro atributo incomunicável da divindade apontando para uma relação misteriosa em que apenas um Deus existe em três pessoas e Cristo é a revelação dessa divindade que é o SENHOR em contraste com o imperador e o messias esperado dos judeus de modo que os cristãos não eram traidores, mas aqueles de fato compreenderam que o judaísmo aponta para o cristianismo.

Expressão Exata de seu ser [1.3]

Usando outra linguagem paulina Jesus é a “imagem do Deus invisível” de colossenses ou uma ideia mais desenvolvida por João um pouco mais adiante ele é o Logos de Deus e quem vê a Cristo vê o Pai porque ele é a expressão exata de Deus, ideia que sem duvida não agradaria nem o império e nem os judeus, mas serviria de esperança aos cristãos.

Sustenta todas as coisas por meio de sua Palavra [1.3]

Jesus não apenas criou o universo, mas também sustenta o universo com a sua Palavra, uma referencia clara a criação em que Deus cria o universo com a palavra e Cristo que participou da criação e é também criador e eterno agora é quem sustenta o universo. Mais uma vez uma linguagem bem parecida com a de Colossenses.

Redenção e Regeneração [1.3]

Cristo esse Deus todo poderoso que foi descrito semelhante ao pai em natureza, poder e autoridade se importa com a criação e não está alheio a ela. Foi o agente da salvação que nos purificou dos pecados ou nos regenerou, ideia que será melhor desenvolvida quando coloca Cristo como o cordeiro e sacerdote.

Assenta a direita do pai nos céus [1.3]

Sendo semelhante ao Pai e agente da salvação ele se assenta junto ao Pai demonstrando sua autoridade que vai além de todos os limites humanos, o que é relevante a um publico que está sendo rejeitado pela família e perseguido pelo estado.
A esperança da eternidade em Cristo é a unica coisa que motiva esses crentes não há mais nada para se segurar.

Superior aos Seres Espirituais Criados [1.4]

Autor conclui esse trecho de forma natural esse Cristo que é a revelação de Deus é superior aos seres espirituais que nos surpreendem de modo que a apostasia não faz sentido nem pela pressão social nem pela perseguição física. Como será demonstrado na carta Cristo é suficiente e nas advertências, textos tão complicado de compreendermos, fica evidente o absurdo que é a apostasia quando compreendemos a pessoa e a obra de Cristo.

Princípios Eternos

Olhe para a pessoa e obra de Cristo em momentos desafiadores do dia a dia
Cristo é suficiente para atender a todas as áreas da nossa vida seja espiritual, emocional ou física
Cristo é Deus e homem, por isso o único capaz de providenciar a salvação
Cristo é superior a todo ser criado, afinal ele é criador e eterno
Cristo deve ser o centro da experiencia Cristã e eclesiástica
Cristo deve ser o centro das festividades de fim de ano e do resto do ano
Cristo deve ser o centro do meu trabalho
Cristo deve ser o centro da minha mente e coração
Quando eu compreendo que é Cristo os conflitos na igreja, família ou qualquer outro ambiente quer poderia me “afastar” são irrelevantes

Deus se Revela em Cristo como Incomparável, Absoluto e Soberano Redentor

Desafios

Independente da sua rotina separe um tempo para se relacionar com Deus
Se estiver desanimado ou pensando em desistir olhe para o Cristo Soberano

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