Uma carta para os dias atuais

Exposição em Colossenses  •  Sermon  •  Submitted
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Assunto: Série Exposição em Colossenses
Tema: Uma carta para os dias atuais
Autor: Ricardo Moreira
Local: 18ª Igreja Presbiteriana Renovada de Goiânia
Data: 10/09/2022
Texto chave: Colossenses 1:1
Colossenses 1.1–2 “1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus, e o irmão Timóteo, “2 aos santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos, graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai.” (Colossenses 1.1–2, RA).

1. INTRODUÇÃO

· Os corpos celestes exercem alguma influência sobre nossa vida?
Milhões de pessoas que consultam o horóscopo todos os dias diriam que sim. Nos Estados Unidos, circulam diariamente cerca de 1.750 jornais e, desses, 1.220 trazem informações astrológicas!
· Existe alguma relação entre a alimentação e a vida espiritual?
· Deus comunica-se conosco de maneira direta em nossa mente ou apenas por meio de sua Palavra, a Bíblia?
· As outras religiões têm algo a oferecer aos cristãos evangélicos?
Essas perguntas poderiam são identificadas como perguntas atuais de nosso dia a dia. Apesar de parecerem extremamente contemporâneas, essas questões são tratadas por Paulo em sua magnífica Epístola aos Colossenses.
Esta carta é tão relevante para nós hoje quanto era para os cristãos do ano 60 d.C., quando Paulo a escreveu.
Sobre estes assuntos, entre outros, que iremos tratar nesta série expositiva de Colossenses.
Vamos tratar de questões polemicas e atuais para nossa igreja.
Pretendo fazer uma exposição minuciosa dessa carta, por isso, não quero me prender ao tempo, nem à quantidade de mensagens que serão realizadas. Sempre que tiver a oportunidade de falar, estudaremos uma pouco mais dessa epístola tão importante para nossas vidas hoje em dia.

2. CONTEXTUALIZAÇÃO

2.1. A cidade de Colossenses

· Uma cidade inexpressiva
Colossos era uma dentre três cidades situadas a cerca de 160 quilômetros de Éfeso. As outras duas eram Laodicéia e Hierápolis (Cl 4:13, 16). Uma rota comercial importante cortava a região, transformando-a em ponto de encontro do Oriente com o Ocidente. Durante algum tempo, as três cidades cresceram e prosperaram igualmente, mas, aos poucos, Colossos foi ficando para trás. Para os padrões de hoje, não passava de uma cidade pequena; e, no entanto, a igreja de lá era importante o suficiente para o apóstolo Paulo lhe dar atenção especial.
Filosofias de todo tipo misturavam-se nessa região cosmopolita, e não faltavam charlatães religiosos. Havia uma grande comunidade judaica em Colossos e também um afluxo de novas idéias e doutrinas do Oriente, criando um ambiente propício para as mais diversas especulações religiosas e heresias.

2.2. A igreja de Colossenses

A igreja dali não tinha sido fundada por Paulo, e, pelo que parece, ele ainda não havia estado lá quando escreveu a Epístola aos Colossenses. É provável que Epafras, companheiro de trabalho de Paulo, tenha sido o primeiro a anunciar o evangelho em Colossos (1:7; 4:12).
O apóstolo ouviu falar de sua fé (Cl 1:4, 9), mas não chegou a se encontrar pessoalmente com esses cristãos (Cl 2:1). Uma igreja de pessoas desconhecidas numa cidade pequena recebe uma carta inspirada do grande apóstolo Paulo!

2.3. O escritor Paulo

Paulo, que estava na cadeia em Roma (4:3, 10, 18), tinha recebido notícias das falsas doutrinas que estavam sendo ensinadas aos cristãos de Colossos (2:8, 16–23) e por isso escreveu esta epístola para combater esses falsos ensinamentos e trazer os colossenses de volta à verdadeira fé, que Epafras havia anunciado. Ele havia ensinado que somente Jesus Cristo pode salvar, somente por meio dele é que os pecados são perdoados. Portanto, que os colossenses continuem fiéis, tendo a sua fé construída sobre um alicerce firme e seguro; e que não vão atrás de ensinamentos inventados por qualquer um. Paulo fala da nova vida que os cristãos têm por estarem unidos com Cristo e de como essa vida se manifesta especialmente no amor de uns para com os outros (3:12–14).

2.4. As heresias em Colossenses

Nessa mesma época, Epafras foi a Roma pedir a ajuda de Paulo. Algumas doutrinas novas estavam sendo ensinadas em Colossos e se infiltrando na igreja, causando transtornos. Assim, Paulo escreveu esta carta aos colossenses a fim de refutar esses ensinamentos heréticos e de apresentar claramente a verdade do evangelho.
A heresia que ameaçava a paz da igreja de Colossos era uma combinação de filosofias orientais e de legalismo judaico com elementos de uma crença que os estudiosos da Bíblia chamam de gnosticismo[1].

2.4.1. O gnosticismo

Em primeiro lugar, essa heresia prometia às pessoas uma união tão íntima com Deus a ponto de atingirem a "perfeição espiritual". Os que aceitassem os ensinamentos e cerimônias prescritas pelos gnósticos alcançariam a plenitude espiritual. Falava-se, ainda, de um "conhecimento pleno", de uma profundidade espiritual que só os iniciados poderiam desfrutar. Dizia-se que tal "sabedoria" os libertava das coisas terrenas e os ligava às coisas celestiais.
É evidente que esses ensinamentos não passavam de filosofia humana, com base em tradições, não na verdade divina (Cl 2:8). Desenvolveram-se a partir da seguinte pergunta filosófica: por que o mal existe no mundo se a criação é obra de um Deus santo? Ao especular e ponderar sobre tal questão, esses filósofos chegaram à conclusão de que a matéria era má. Em seguida, concluíram, equivocadamente, que um Deus santo não poderia ter contato com essa matéria má, de modo que deveria existir uma série de "emanações" de Deus em sua criação. Acreditavam em um universo espiritual poderoso, que usava as coisas materiais para atacar a humanidade. Também aceitavam uma forma de astrologia, crendo que seres angelicais governavam sobre os corpos celestiais e influenciavam os acontecimentos na Terra (ver Cl 1:16; 2:10, 15).

2.4.2. O legalismo judaico

Além dessas especulações vindas do Oriente, havia também uma forma de legalismo judaico. Os mestres acreditavam que o rito da circuncisão era benéfico para o desenvolvimento espiritual (Cl 2:11). Ensinavam que a Lei do Antigo Testamento, especialmente as regras alimentares, também ajudava a alcançar a perfeição espiritual (Cl 2:14-17). Uma série de normas precisas determinava o que era mau e o que era bom (Cl 2:21).
Temos alguma heresia semelhante nos dias de hoje? Sem dúvida! E é igualmente falaz e perigosa. Quando consideramos Jesus Cristo e a revelação cristã apenas parte de uma filosofia ou sistema religioso mais amplo, deixamos de lhe dar preeminência.
Os cristãos devem guardar-se de misturar a fé cristã com quaisquer outras coisas, como ioga, meditação transcendental, misticismo oriental, por mais atraentes que sejam.

2.4.3. Em suma. Os problemas enfrentados na carta

Os problemas enfrentados pela igreja de Colossenses são muito parecidos com os problemas que enfrentamos hoje
· PRIMEIRO. SINCRETISMO RELIGIOSO.
· Quando nossa fé acaba sendo misturada com outras filosofias e religiões
· Exemplo 1: Quando crentes misturam elementos das religiões afro-brasileiras com o culto cristão. Ungir elementos para ficarem poderosos; Invocar o Espírito Santo como se invoca o espírito maligno lá no terreiro (1 Co 3.16[2]; 2 Co 1.22[3])
· Exemplo 2: Evocar elementos da religião judaica para dentro do culto cristão, com a construção de templo de Salomão, Arca, Menorá, etc
· Exemplo 3: Mistura de legalismo e misticismos com o culto cristão.
· Este sincretismo será enfrentado com vigor pelo Apóstolo Paulo.
· Toda mistura polui, contamina. Não tem uma mistura que purifica, mas toda mistura contamina. Se você tem Cristo mais alguma coisa, esse “alguma coisa” contamina o saudável de Cristo.
· SEGUNDO. A MANEIRA COMO CRISTO É APRESENTADO. EXISTEM DIVERSOS CRISTOS.
· Cada uma fala de Cristo a partir de seus desejos e gostos.
· Tem uma Cristo para cada um. Tem o Cristo Amoroso; Tem o Cristo mestre, que nos ensina; tem o Cristo da justiça social;
· Não que estes aspectos de Cristo estejam errados, mas são todos aspectos, ou atributos de Jesus Cristo; é apenas uma visão parcial de Cristo
· Quando eu me apego somente à um ou alguns dos aspectos/atributos de Cristo, você não crê no Cristo verdadeiro, você fatiou, Cristo. Ou você crê em num Cristo total, ou você não está crendo em Cristo.
Cristo é amor
Mas é modelo também
1 Pedro 2:21 (2:21) Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas,
Cristo é amor - Mas é disciplinador também. Hebreus 12:6 Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho.
Cristo é amor - Mas se você não pegar sua cruz, não é digno Dele (Mt. 10:38)
Cristo é amor - Mas ele veio trazer a espada e não a paz Mt. 10:34: “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada”
Cristo é amor - Mas é juiz também 2 Coríntios 5:10 “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.”
“O problema dos homens é que Deus nos criou à sua imagem e semelhança, e infelizmente nós retribuímos o favor, criando Deus à nossa imagem e semelhança”. (Heber Campos)
· TERCEIRO. PRAGMATISMO RELIGIOSO.
· Pragmatismo é o movimento de tentar fazer de tudo para que Deus faça uma revolução. Estão sempre buscando uma nova estratégia, uma nova onda que a igreja está adotando para lotar as igrejas.
· Cristo não era deixado de lado, mas era deixado de lado, era misturado com algumas práticas e técnicas para melhorar o desempenho do cristão

2.5. Conclusão sobre as heresias

A Igreja de hoje precisa encarecidamente da mensagem de Colossenses. Vivemos em uma época na qual a tolerância religiosa considera "todas as religiões igualmente boas".
Alguns tentam aproveitar o que há de melhor em cada sistema religioso e criar a própria religião particular.
Para muitos, Jesus Cristo é apenas um dentre vários mestres religiosos com a mesma autoridade que outros. Pode ser proeminente, mas, por certo, não é preeminente.
Vivemos uma era de "sincretismo". Muitos procuram harmonizar e unir diversas linhas de pensamento e criar uma religião superior. Em sua tentativa de entender as crenças de outros, nossas igrejas evangélicas correm o risco de diluir a fé.
O misticismo, o legalismo, o sincretismo com outras religiões, o asceticismo e as filosofias humanas estão se infiltrando silenciosamente nas igrejas. Não negam a Cristo, mas o desentronizam e o privam da preeminência que lhe é devida.

2.6. Os destinatários

“1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus, e o irmão Timóteo, “2 aos santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos, graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai.” (Colossenses 1.1–2, RA).
2.6.1. Primeira característica: Santos
O apóstolo Paulo conhecia os problemas daquela igreja, foi informado de todos os problemas por Epafras, mas mesmo assim Paulo os chama de Santos.
O adjetivo “Santos” que Paulo menciona, não é um Santo em comportamento, mas é um Santo em posição. Paulo sabe em que aqueles cristãos precisam melhorar em sua convicção em relação a Cristo, mas isso não muda o fato de que eles são posicionalmente Santos.
O termo santo passou a significar possessão e uso exclusivos de Deus. Os santos são aqueles que foram separados por Deus para glorificá-lo.
2.6.2. Segunda característica: São fiéis a Cristo
“1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus, e o irmão Timóteo, “2 aos santos e fiéis irmãos em Cristoque se encontram em Colossos, graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai.” (Colossenses 1.1–2, RA).
Eles eram fiéis a Cristo, mas estavam sendo enganados. Mesmo os fiéis podem ser enganados.
2.6.3. Terceira característica: Passaram a ter dois endereços
“1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus, e o irmão Timóteo, “2 aos santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos, graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai.” (Colossenses 1.1–2, RA).
Observe a construção da frase. Os cristãos a quem Paulo envia esta carta eram santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontravam em Colossos. Eles estavam em Cristo e em Colossos. Tinham dois endereços: uma morada celestial e outra terrena.
É como se Paulo quisesse dizer o seguinte: “Olha irmãos santos e fiéis, vocês estão em Cristo, e da mesma forma que estão em Cristo, devem estar em Colossos”.
O que vocês são enquanto estão reunidos na igreja, devem continuar sendo na cidade de vocês.

3. AÇÕES DE GRAÇAS PELOS COLOSSENSES

Colossenses 1.3–8 (RA) 3 Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós, 4 desde que ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com todos os santos; 5 por causa da esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho, 6 que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade; 7 segundo fostes instruídos por Epafras, nosso amado conservo e, quanto a vós outros, fiel ministro de Cristo, 8 o qual também nos relatou do vosso amor no Espírito.

3.1. Ação de graças pelos complicados

É interessante notar que Paulo inicia a carta agradecendo pela vida dos Colossenses, mesmo sabendo de seus problemas.
Paulo quase sempre começa as suas cartas com uma palavra de gratidão. O mais interessante é que ele agradece a Deus por vidas de igrejas bem complicadinhas.
Romanos 1:8 (ACF2007) (1:8) Primeiramente dou graças ao meu Deus por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé. (Romanos mesmo havendo briguinhas entre os Fortes e os fracos) 1 Coríntios 1:4 (ACF2007) (1:4) Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada em Jesus Cristo. (Coríntios tão repletos de divisões e imoralidades) Filipenses 1:3 (ACF2007) (1:3) Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, (Filipenses que tinha um problema de unidade na igreja) 2 Timóteo 1:3 (ACF2007) (1:3) Dou graças a Deus, a quem desde os meus antepassados sirvo com uma consciência pura, de que sem cessar faço memória de ti nas minhas orações noite e dia; (Timóteo sendo meio covarde enquanto pastor) Filemon 1:4 (ACF2007) (1:4) Graças dou ao meu Deus, lembrando-me sempre de ti nas minhas orações; (Filemom mesmo este estando amargurado com a desonestidade do seu escravo Onésimo) 1 Tessalonicenses 1:2 (ACF2007) (1:2) Sempre damos graças a Deus por vós todos, fazendo menção de vós em nossas orações, (Tessalonicenses que tinha umas ideias escatológicas meio esquisitas)
É um excelente exercício a gente agradecer a Deus por pessoas que estão inacabadas, por gente complicada, por gente que ainda precisa de ser trabalhado por Deus.

3.2. Os pilares da fé cristã

A tônica de Paulo nesta oração de ações de graças pela vida dos Colossenses está baseada na tríade cristã: , Amore Esperança.
Não é a primeira vez que Paulo usa essa tríade da vida cristã. Ele a usa em:
1Coríntios 13.13 “13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” (1Coríntios 13.13, RA) 1Tessalonicenses 1.3 “3 recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo,” (1Tessalonicenses 1.3, RA)
3.2.1. A fé
Uma distinção importante da palavra fé usada aqui no texto.
Na teologia escolástica há outras duas expressões utilizadas para mostrar aspectos diversos da fé que se tornaram clássicas:
a) “Fides quae creditur” (A fé pela qual se crê) = É a fé pela qual a pessoa acolhe a graça e volta-se para Deus em quem crê. Relaciona-se com o conteúdo da fé. Fé doutrinal ou dogmática
b) “Fides qua creditur” (A fé que se crê - relacional) = O que se crê. É o objeto, o conteúdo da fé (fé passiva).
Sendo assim, muito provavelmente Paulo está aqui se referindo à “Fides qua creditur” ou seja, ao objeto da fé deles, Jesus Cristo. Paulo está agradecendo a Deus pela fé que eles têm em Cristo Jesus, pois a carta está sendo enviada justamente para corrigir desvios em sua fé, “Fides quae creditur”, ou seja a Fé doutrinal ou dogmática.
“Fé, amor, esperança, esses três” caracterizam a vida da igreja. Acontece que esse “amor” não é algo indefinido, um sentimento universal, mas “amor para com os santos”.
Consequentemente, está inseparavelmente ligado com fé autêntica, decorrente do renascimento.
Somente quem nasceu de novo é capaz de ter uma fé (relacional) inabalável, e uma amor horizontal “à todos os santos”, sem acepção.
3.2.2. O amor
Não há nenhuma possibilidade de uma pessoa dizer-se cristão, e não amar o próximo, quem quer que seja.
1João 5.1 “1 Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus (salvo, é regenerado); “e”[4] todo aquele que ama ao que o gerou (Pai) também ama ao que dele é nascido (todos os crentes nascidos de novo).” (1João 5.1, RA)
E aqui no texto, Paulo cita o amor dos Colossenses para com “do amor que tendes para com todos os santos”.
Esse tipo de amor representa um milagre da nova criação divina.
1João 3.14 “14 Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque[5]amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte.” (1João 3.14, RA)
3.2.3. A esperança é a causa da fé e do amor
3 Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós, 4 desde que ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com todos os santos; 5 por causa da esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho,
Note a importância que Paulo dá à esperança. A esperança aqui é causa da fé e do amor.
Mas “esperança” não designa aqui a atividade subjetiva de esperar (eu espero em Deus), mas seu conteúdo objetivo, o “bem da esperança”. É o que mostra nitidamente o adendo “que está preparada para vós nos céus”
A esperança está no futuro. O fim dos poderes destrutivos deste mundo, o reinado dos céus sobre esta terra, o fim do diabo e da morte, o juízo universal, o novo céu e a nova terra (tudo isso constitui o “bem da esperança” bíblico)
Que empobrecimento e deturpação o evangelho sofreu desde então no cristianismo! Ouvimos tão pouco a respeito da esperança bíblica do futuro. Mas justamente ela é o verdadeiro alvo do evangelho, que por isso também é e continua sendo o “evangelho do reino” na pregação apostólica.

3.3. O evangelho da verdade

5 por causa da esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho, 6 que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade;
Muitas mensagens e ideias podem ser consideradas verdadeiras, mas somente a Palavra de Deus pode ser chamada de verdade. Jesus é a verdade (Jo 14.6). Sua Palavra é a verdade (Jo 17.17). O evangelho é a verdade absoluta e invencível.
Num mundo cheio de relativismos, de incertezas, de subjetivismos, precisamos de verdades absolutas para confiar. E o evangelho é uma dessas verdades absolutas.
Notas:
__________________________________________________________________
[1]Esse nome vem do termo grego gnosis, que significa "saber" (um agnóstico é alguém que não sabe). Os gnósticos consideravam-se "conhecedores" das verdades profundas de Deus. Eram a "aristocracia espiritual" da igreja. [2]1 Coríntios 3:16 Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? [3]2 Coríntios 1:22 O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações. [4] Conjunção coordenativa aditiva. Passam a ideia de adição, de soma. [5] Conjunção coordenativa explicativa
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